Nove pessoas, incluindo o vencedor do prêmio Nobel de Medicina, John Sulston, que são fiadores do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, devem pagar 93,5 mil libras (mais de R$ 300 mil) depois que ele violou os termos de sua liberdade condicional. Assange pediu asilo, em junho, na embaixada do Equador em Londres, para evitar ser extraditado para a Suécia, onde enfrenta acusações de assédio sexual. Se ele deixar o prédio, pode ser preso. O pagamento tem que ser feito até dia 6/11.
O grupo optou por assegurar garantias para Assange em fevereiro e, agora, contestou a decisão, alegando que não deveria ser obrigado a pagar as quantias solicitadas, que vão de 5 mil libras (R$ 16 mil) a 20 mil libras (R$ 65 mil). O juiz Howard Riddle, da corte de magistrados de Westminster, disse que levaria em conta a “integridade” dos envolvidos, como Phillip Knightley, ex-jornalista do Sunday Times; Caroline Evans, agente literária; e Sulston. “Eles agiram com base em suas crenças e princípios. No que é considerado como uma era do egoísmo, isso é admirável”, disse, reforçando, entretanto, que teria que considerar atributos antigos do sistema de fiadores para evitar que suspeitos fujam. Para ele, o grupo falhou na tarefa básica de garantir que Assange se entregasse. Informações de Ben Fenton e Jane Croft [Financial Times, 8/10/12].