Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Telecomunicações estão no amarelo

Daqui a sete meses o Rio de Janeiro será uma das sedes da Copa das Confederações, uma espécie de teste para a Copa do Mundo, em 2014. Em 2016, a cidade abrigará os Jogos Olímpicos. Para alguns representantes da indústria de telecomunicações, o pouco tempo gera preocupação.

– A infraestrutura para o evento está em sinal amarelo; para o legado, em vermelho – disse ontem Rodrigo Cardoso Uchôa, diretor de Novos Negócios da Cisco Systems, durante a Futurecom 2012.

Fornecedora oficial de TI nas Olimpíadas de Londres, a empresa, até agora, só feitos pedidos para três estádios a serem usados na Copa das Confederações, disse Uchôa. O presidente da Bull no Brasil, Alberto Lemos Araujo Filho, também cita a qualidade do serviço:

– Encontrei, próximo ao Riocentro, na zona das Olimpíadas, vários pontos cegos.

O presidente-executivo da Juniper Networks, Kevin Johnson, lembrou que esses eventos trarão dois grandes desafios para as operadoras: distribuição de conteúdo para todo o mundo e atendimento a um número grande de pessoas, em espaços restritos:

– Em Londres, o volume de tráfego gerado foi sete vezes maior que em Pequim. No Brasil deve ser sete vezes maior que em Londres – afirmou.

Estima-se que durante a Copa do Mundo, em 2014, haverá um milhão de novos usuários da telefonia móvel, afirmou Franco Bernabè, presidente da Telecom Italia e da GSM Association, que reúne operadoras de celular de todo o mundo.

Mas Ricardo Bancovsky, representante do Comitê Organizador da Copa, afirmou que em 2013 o país estará pronto para atender às demandas. Mesma posição de Elly Resende Silva, do Comitê Organizador das Olimpíadas de 2016, e do diretor de Soluções da Huawei, Sérgio Toscano Battaglia.

Ainda na Futurecom, uma pesquisa mostrou que a rede Wi-Fi é a forma de acesso à internet preferida entre os usuários de dispositivos móveis no Brasil. O estudo, divulgado pela Cisco, mostra que o Wi-Fi é o predileto de 78% dos usuários de laptops, de 75% das pessoas que têm tablets e de 57% das que têm smartphones.

Como principal vantagem, foi apontada a velocidade de acesso. O difícil, porém, é achar um Wi-Fi público: segundo a Cisco, o Brasil só tem 0,5% dos 777 mil pontos espalhados pelo mundo.

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[Bruno Rosa, Paulo Justus e Sérgio Matsuura, de O Globo]