Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

A política da pobreza

A violência, principalmente nas camadas mais baixas de nossa sociedade, é extremamente viável para uma minoria tanto populacional como econômica que se beneficia de tais conflitos através do medo que acerca a grande massa de pessoas que vivem no Brasil – este medo as deixa passivas em relação a problemas de nível nacional, tais como corrupção política e econômica ou a falta de investimentos em setores como pesquisa científica e educação. Olhando pelo lado de uma sociedade que sofre com a desigualdade social, é possível entender a violência como a conseqüência da busca por uma melhor qualidade de vida ou pela simples necessidade.


A violência é, muitas vezes, causa de uma falta de conhecimento gerada por uma educação pública precária em grande parte do país. A escola detém, além do conhecimento, um papel de socialização. É fato comprovado que investimentos em uma educação básica de qualidade geram, a longo prazo, uma diminuição significativa da criminalidade, além de beneficiarem outros setores precários em nosso país, como a pesquisa tecnológica já aqui citada.


Senso de reivindicação


O governo brasileiro, num ato democrático, deveria ir a favor da grande maioria populacional e contra uma minoria corrupta que prejudica o aumento da qualidade de vida em prática e o andamento de projetos sociais. É também fato que a política brasileira é controlada por pequenos grupos industriais hegemônicos que defendem seu lucro a custo de qualquer dano social, manipulando a população de acordo com seus interesses, gerando a violência causada pela desigualdade social, pelo desemprego, pela ignorância ou por uma simples, porém marcante, imposição ideológica.


Em síntese, devem ser feitos investimentos em educação visando a uma diminuição da violência a longo prazo, deve-se investir em segurança e educação para as camadas baixas da sociedade e ir contra as vontades da elite brasileira, que dispõe de segurança e educação privados e de qualidade. Falta também um senso de reivindicação na população brasileira, o que traria benefícios também em outros campos, e não uma estagnação em relação à violência, gerada direta ou indiretamente por questões políticas e econômicas.

******

Estudante, Mafra, SC