Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Estupro de menor em capa de jornal

Merece atenção a publicação escandalosa de imagens de menor sendo estuprado realizada pelo jornal Diário da Manhã (14/03/2013). É no mínimo degradante e chamou a atenção de muitos profissionais de imprensa que moram ou, como eu, têm origens em Goiás. Nenhuma criança merece estar estampada na capa de um jornal sofrendo abuso. Seria importante a abordagem desse ato do DM pelo Observatório (além das denúncias a Conselhos Tutelar e da Criança e Adolescente, que sei que já foram feitas), para que esse tipo de coisa não volte a ocorrer (Alysson Assunção, jornalista, Rio de Janeiro, RJ)

 

Jornal Nacional

Não assisto ao Jornal Nacional. Aliás, não assisto nada na Rede Globo, mas na quinta-feira (14/03) minha esposa pediu para por na novela e quando mudei o canal estava no fim do dito jornal, com uma enviada passando informações do Vaticano. Pois bem, em determinado momento essa enviada começou a falar sobre um renomado vaticanista de um jornal italiano que escrevera sobre os bastidores do conclave e que a “disputa” estava acirrada entre o novo papa e um cardeal canadense, se não me engano. Depois de dizer isso, a moça disse: “Mas isso não importa” e se despediu do apresentador do jornal. O que me espantou (embora se possa esperar tudo dessa emissora) foi esse desmerecimento. Como assim, “não importa”? E se o “segundo colocado” tivesse sido eleito? Como poderia ser? O que poderia se esperar dele? Acho que a atitude dessa moça só reforça o jeito Rede Globo de se fazerem as coisas, ou seja, sempre manipulando as pessoas. Vocês, que estão nesse meio, por favor me respondam: não há nada que possa ser feito para que a Rede Globo pare de manipular o povo brasileiro? Na minha opinião, o grande mal que assola este país é essa organização (Carlos Henrique Monteiro Fiaiz, comerciário, São Caetano do Sul, SP)

 

Mensalão

Como o Observatório da Imprensa analisa com isenção a atuação da mídia, gostaria de ressaltar pontos que ninguém questionou no julgamento dos mensaleiros. 1) Não houve o bloqueio de bens de todos os condenados para ressarcimento dos danos ao erário. 2) O mandante recebe pena menor que o intermediário. 3) O intermediário nos negócios paga o pato, ou seja, recebe a maior pena, é o maior vilão. 4) O destempero do relator, que não respeita opiniões contrárias nem a própria mídia (Marcus Vinicius Campos, auditor, São José do Rio Preto, SP)

 

A rebelião dos boleiros

Primeiro foi Neymar. No sábado (16/3), logo após o jogo contra o Guarany, em Campinas, pelo campeonato paulista, desabafou: “Há seis anos venho repetindo a mesma coisa. E vocês dizendo besteira. Só vou decidir sair ano que vem.” No domingo (17) foi a vez do costumeiramente impassível Ney Franco, técnico do São Paulo, cercado de repórteres antes do jogo entre seu time e o Oeste, diante de perguntas impertinentes: “Parece que a imprensa paulista está cheia de procuradores de outros técnicos. Eu vou para o jogo de um campeonato que eu lidero.” O comentarista do canal, aborrecido com a resposta aos colegas, interveio, salvador: “Ele não pode criticar o diretor do São Paulo, então critica a imprensa.” Evidente, a dificuldade de os jornalistas assimilarem respostas não-protocolares. Alguns repórteres acham que o microfone é seu salvo-conduto. E corporativismo intensivo não é só o médico (Silvia Chiabai, jornalista, Vitória, ES)