Tuesday, 24 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

A orfandade política e a onda conservadora

Nem o mais otimista dos reacionários ou o mais incrédulo dos revolucionários acreditaria na forma magnânima que um “Cansei popular” impregnou no imaginário brasileiro. A onda de indignação fez barulhos diversos, desalojou demônios que estavam no fundo da Caixa de Pandora, um festival de vandalismo gratuito em diversas cidades. Além de estragos substanciais dentro e fora do governo Dilma e na própria trajetória das esquerdas mais progressistas. A onda catártica que repentinamente assolou o país, com brados nacionalistas que redundam no bordão o “Gigante acordou”, mostrou-se muito mais um ímpeto difuso por “mudanças” moralistas e oníricas, calcadas no descontentamento da realidade cotidiana. Algumas lições que devemos nos esforçar com maior desprendimento apaixonado na tentativa de compreender tal repentino fenômeno.

1. Reinventando a roda

A opção conservadora por um nítido rancor à “corrupção”, à “política” e aos partidos políticos dá o tom moralista dessa onda de “indignados” que nutre perigosas sementes adesistas a qualquer chamado e penderá para qualquer discurso mais influente. O tom nacionalista repentino e a retórica do “apartidarismo” e do sentido “apolítico” demonstram um caráter messiânico de desejos por reformas sem estarem conectados com política e, muitas vezes, sem compromisso mais vigorosos com a democracia. A sanha agressiva de expulsar bandeiras de partidos políticos (leia-se “partidos de esquerda”) demonstrou a intolerância de setores que adotaram o movimento contrário à democracia representativa. Apostaram no “quanto pior, melhor”, para seus interesses mais escusos.

O ufanismo triunfalista ventilado de que as redes sociais e sua “horizontalidade de poder” (uma bela metáfora que versa sobre nada para lugar algum) poderão substituir os moldes tradicionais da representação política é tão sólida quanto às máscaras de carnaval em patéticos vídeos postados no YouTube e os rostos encobertos de alguns de seus militantes. Neste interim, são sintomas pertinentes da Pós-Modernidade em que muitos dos esclarecidos jovens da “geração Playstation” dão mais importância às midiáticas mascaras de carnaval, em especial do “revolucionário” Guy Fawkes, do que as ideias políticas que deveriam nortear qualquer trajetória de mobilização. Não deixa de ser curioso que uma dos bordões mais utilizados pelos manifestantes nas passarelas dos protestos é “Vem pra rua”, originalmente o jingle de campanha publicitária de uma indústria automotiva, a Fiat. Aliás, nos país do carnaval, tal sintoma não poderia ser diferente! Logo, cai por terra a premissa triunfalista da capacidade orgânica da nova “juventude tecnológica”. Também nítida a capacidade de agregar descontentes raivosos, desconsolados com o futuro, curiosos de plantão e baladeiros arroz-de-festa ao esquema de adesões eletrônicas, conhecido como flash mob, ou seja, mobilizações instantâneas e anônimas, via redes sociais, sem uma liderança específica para praticar algum dado fim que se aglomeram tão rapidamente quanto sua velocidade de dispersão. Pertinente frisar que tais mobilizações não obedecem a uma pauta de reivindicações e tampouco se traduz em uma plataforma de ideias mais firmes ou correntes de sólidas articulações.

O canibalismo praticado pelos grandes meios de comunicação contra o movimento inicialmente projetado pelo MPL (Movimento Passe Livre) é sintomático. Quando o MPL tentou retomar o monopólio de sua mobilização, já era tarde, a Grande Mídia abraçou o movimento que contava com a participação desde o arauto midiático da direita, como Arnaldo Jabor, quanto o tom verborrágico-apocalíptico de José Luiz Datena, se rendiam às manifestações e se postulavam como porta-vozes televisivos dos últimos acontecimentos.

O caráter caótico das marchas mostra que a indignação é a deliberação catártica do “nó preso na garganta”, que traduz a um rancor da política e o glamour da despolitização com um estranho charme patriótico. A partir dai nada de orgânico é realmente construído com belas metáforas apolíticas, bom mocismo voluntarioso e vazio substancial. O neoliberalismo ventilou há anos que o fim da política (leia-se os partidos de esquerda mais progressistas) seria necessária para uma nova ordem de prosperidade. O “canto da sereia” neoliberal seduziu de forma sistêmica a sociedade brasileira. Logo, a incompetência das esquerdas ocupando o poder e o desafio frustrada de romper com o modelo neoliberal jogou o país no retorno do conservadorismo flertando com o fascismo de plantão. O grande capital corroeu as fundadoras bandeiras reivindicatórias das esquerdas, em especial, do PT, e que restou foi à servidão voluntária dos governos neopetistas.

2. O “gigante” sonambulo no Círio de Nazaré

Dado seu caráter pouco democrático e monopolizador, quando toda a Grande Mídia aplaude e incentiva, repentinamente, algo que antes ela sempre teve asco, alguma coisa de podre no reino brasileiro estaria no ar. Curiosamente, o bordão que o “gigante acordou”, ecoado sintomaticamente nos quatro pontos cardeais brasileiros, após as primeiras manifestações de rua, demonstra o tamanho da alienação presente em nossa sociedade, a qual foi passiva com seu próprio tempo histórico e ignorante perante sua própria História. Há motivo para uma repentina estratosférica indignação? Se sim, não partiu dos que deveriam estar realmente indignados: a patuleia que leva o país literalmente nas costas, o povo mais humilde e que conta cada centavo para esticar o precário orçamento até o final do mês. Por sinal, eles, os menos favorecidos economicamente, justamente é o mesmo estamento social que tem maior simpatia pelo governo Dilma. Também se mostrou presente certo oportunismo cínico de alguns de seus participantes, a grande maioria da classe média, que reclamaram de tudo, o que antes sempre apoiaram, como entusiasmo patriótico, por exemplo, a presença dos megaeventos no país, a Copa do Mundo, em 2014 e as Olimpíadas em 2016. A Copa das Confederações, torneio preparatório para a Copa do Mundo, evento sendo realizado neste exato momento no país, estão com seus estádios lotados e torcedores brasileiros embranquecidos nas arquibancadas, com algumas manifestações surrealistas de seus participantes reivindicando qualquer coisa na tela da Rede Globo, a detentora oficial dos direitos de transmissão.

O deboche com os valores democráticos por parte significativa da sociedade e a falta de representação política dos partidos engessada por um sistema viciado pelo clientelismo e a corrupção jogaram o país no atoleiro da vala-comum. De repente, todas as poucas conquistas políticas e socioeconômicas dos últimos anos no país caíram por terra, e uma prosopopeia apocalíptica se fez presente: nada mais presta e a Terra Brasilis virou território de ninguém. Todos os pedidos em cartazes flutuantes na onda conservadora têm suas razões de justiça e necessidade, e todos, de uma só vez, mostraram claramente uma situação de orfandade de grande parte da população com relação a sua representação política e a falta de esperança de uma mudança substancial de sua vida material cotidiana em curtíssimo prazo.

É preciso pontuar que não ouve uma revolta popular, como em seus moldes mais clássicos, como muitos poderiam acreditar e outros mais fanáticos já verbalizaram de forma mais imediatista. O que ocorreu foi uma manifestação popular com viés adesista provenientes das classes médias e uma parte menor das classes mais empobrecidas (esta última levada a reboque dos acontecimentos). Em pesquisa realizada pelo DataFolha, o perfil dos manifestantes apresentado na pesquisa mostra que a maioria é masculina (61%), com alto nível superior (78%) e, curiosamente, não possui nenhum partido de preferência (72%). Segundo a pesquisa realizada, outra característica comum era a predominância do transporte público como forma de locomoção. O mais utilizado pelos manifestantes é o metrô (79%), seguido do ônibus (64%), trem (21%) e do carro (20%). Curiosamente, a suposta causa do MPL (Movimento Passe Livre), a tarifa zero, foi defendida por apenas 25% das pessoas entrevistadas. Ainda segundo o DataFolha, metade dos entrevistados citou a corrupção como a principal bandeira. Em seguida aparecem queda na tarifa (32%), contra os políticos (27%), melhora na qualidade do transporte (19%) e contra a PEC 37 (16%) e o restante demais temas a la carte do entrevistado-manifestante (segundo o critério da pesquisa, a soma dá mais de 100% devido à possibilidade de escolhas múltiplas permitidas pelo entrevistado).

Mais sintomática ainda é o comportamento da bem letrada e nutrida, branqueada e materialista classe média brasileira que vive no exterior e que fez ordeiras manifestações em seus países acolhedores em “solidariedade” aos brasileiros que ficaram na Terra Brasilis. A mesma classe média despojada que tem ojeriza por tudo que é brasileiro quando pisam em solo brasuca, sempre comparando de forma depreciativa “o lá maravilhoso e o aqui tétrico”, mas lá fora se acham os mais autênticos dos brasileiros. Seria então alguma “revolta popular” brasileira em terras estrangeiras? Claramente que não. Lembrando que do ponto de vista da ideologia política, tal grupo, em geral, tem ojeriza à esquerda e são eleitores de candidatos à direita do espectro político.

O que causa estranheza não é a mobilização popular, sendo isto algo rotineiro na vida pública brasileira, apesar de sua invisibilidade perante a Grande Mídia, mas um aglomerado das pessoas que mais foram favorecidas pelo “boom” econômico brasileiro dos últimos anos. Pertinente notar que sem uma pauta definida com as mais variedades de pedidos reivindicatórios, verificados na totalidade das manifestações, que mais lembra uma gigantesca procissão religiosa de Nossa Senhora do Círio de Nazaré, mais conhecido como Círio de Nazaré, celebrada na cidade de Belém, no Pará, e nacionalmente conhecida pela devoção catártica de seus participantes. Sintomática a perda de referencial político de boa parte dos brasileiros, canalizando grande energia para assuntos tão técnicos (como a atípica popularidade da PEC-37) profundamente quanto existencialistas.

Também deve ser ressaltada a explosiva violência engendrada por uma parcela pequena, mas significativa (não vamos minimizar os fatos e sua notória concretude) que penetraram entre manifestantes, como uma horda de gafanhotos sem controle, para produzir uma série de atentados contra o patrimônio público e saques generalizados em lojas, bancos e destruição massiva de tudo que aparecer pela frente. É pertinente dizer que a voracidade dos “arruaceiros”, termo utilizada pela presidenta Dilma em pronunciamento à nação ontem, está longe de serem figuras meramente indignadas, mas um pequeno coletivo predisposto a cometer atos de vandalismo com fins criminosos e deixando um lastro de sensível destruição. Não faltaram vândalos oriundos da classe média e que após presos pela política, pediram “desculpas” pelos seus atos nas delegacias. Seria um afã orgástico da irretocável classe média, tão crítica da corrupção e dos péssimos modos dos políticos, sempre culpando os pobres por sua pobreza, se travestirem em uma nuvem de gafanhotos pequeno-burguesa, se aproveitando da turba para destruir tudo pela frente?

A violência descontrolada foi observada nos casos mais nítidos no Rio de Janeiro, Salvador, Belém e, particularmente, Brasília, entre outras cidades. Situações de tamanha sanha de violência que demonstrou claramente o despreparado das polícias locais para conter atos de violência e vandalismo generalizado. Deve-se ter em mente as cenas do vandalismo presentes no Itamaraty demonstrou um caráter apocalíptico, um verdadeiro clima de guerra civil no coração do poder, nunca observado no Brasil e, sem o menor lastro de conteúdo sistêmico que justifique tamanha barbárie descontrolada de seus ferozes participantes.

3. Problemas estruturais e o ovo da serpente

É mais fácil abraçar o clamor popular do que fazer quaisquer críticas mais construtivas perante o engajamento energético para um vazio reivindicatório, que por mais justo que sejam os desejos, desde ganhar o primeiro prêmio em alguma loteria da Caixa até ter assento garantido na final da Copa do Mundo, a ser realizada no próximo ano. As manifestações populares são tão salutares no ambiente democrático assim quanto seu grau de organicidade para que se possam ser traduzidas em operações realísticas pelos governantes e, assim, eles também serem cobrados pelas suas leniências. Por outro lado, a adesão visceral do PT no âmbito federal ao neoliberalismo populista refletiu seu distanciamento dos reais movimentos sociais e sindicais, a perda de referência nas ruas e que, naturalmente, se refletirá nas urnas.

A tarifa dos transportes públicos foi o estopim do gozo refreado da turba indignada e dos golpistas para jogarem gasolina na fogueira. Curiosamente, aos que mais reclamaram das tarifas, setores da classe média, utilizam cada vez menos o transporte público, pois o modelo neoliberal petista permitiu aos manifestantes comprarem veículos “como nunca antes neste país”, tal como poderia dizer o ex-presidente Lula. A opção pelo transporte individual foi outro grande erro acumulado que as gestões petistas em âmbito federal e que conduziram ainda mais ao deslocamento de suas propostas históricas. A Grande Mídia, com ares golpistas, está há meses buscando desestabilizar o governo Dilma, utilizam-se agora na estratégia criar um “terrorismo midiático” embarcada na onda dos manifestantes órfãos e indignados.

Em 1964, assim como agora, em 2013, uma onda conservadora varreu o país, cada um ao seu modo, mas com muitas similaridades entre si, traduzida na “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, formada por setores conservadores da sociedade brasileira que repudiavam o então presidente João Goulart e a suposta “ameaça comunista”, e que chegou a levar um milhão de pessoas na ocasião nas ruas do antigo Estado da Guanabara, em 02 de abril de 1964. A Marcha de 1964 conduziu à derrubada do governo João Goulart e bateu palmas para o entronamento dos militares (somente anos depois, a classe média com ares golpistas percebeu o ovo da serpente que havia colocando no ninho dos abutres). Contando com a campanha da Grande Mídia como o “cupido”, quase meio século depois, a segunda onda conservadora da atualidade namora na possibilidade de diminuir o tempo de vida política do governo Dilma, curiosamente, tal como Goulart, gestão formada pela centro-esquerda.

Nesta última sexta-feira, 21/06, um dia depois que as marchas pelo país bateram todos os recordes de mobilização e violência, cuja estimativa foi de um milhão de pessoas, o senador Cristovam Buarque (ex-PT) e atual PDT, discursou no Senado Federal pedindo a extinção dos partidos políticos e a convocação de uma Assembleia Constituinte para o país. A fala de Cristovam foi enfática: “Talvez eu radicalize agora, mas acho que para atender o que eles querem nós precisaríamos de uma lei com 32 letras: estão abolidos os partidos, estão abolidos todos os partidos. Isso sensibilizaria a população lá fora. Hoje, nada unifica mais todos os militantes e manifestantes do que a ojeriza, a desconfiança, a crítica aos partidos políticos”, afirmou o honorável senador cujo fundador do seu partido, Leonel Brizola, deve ter se revirado no túmulo várias vezes sabendo que um agregado do PDT é um atual militante golpista (ainda por cima, um ex-petista)!

4. Céu turvo e os perigos de uma forte guinada conservadora

Ademais, resta a certeza que o mundo da Alice tupiniquim pregoado pelos governos neopetistas de Lula e Dilma ruiu e não estamos mais nos trilhos do Éden dos Trópicos via o endosso de bolsas-esperança, o fôlego do microcrédito familiar, o ufanismo dos megaeventos esportivos e discursos polianas. O namoro do governo Dilma com a ficcional “nova classe média”, azedou e acirrou a crise instalada na parceria. Tal como na onda de descarte de relacionamentos frágeis ejaculados no ritmo das baladas da Pós-Modernidade, o namoro com o governo Dilma já virou passado e, para a classe média cheia de vontades materialistas oníricas, como diz o bordão da intimidade popular: a “fila anda” (o que demonstra a fragilidade dos que arrogavam na “onda vermelha” permeando a sociedade brasileira após o início do governo Lula, em 2003).

A onda catártica da moralidade cívica ao menos poderá engendrar um componente que permitirá aos partidos de esquerda, em especial ao PT, saírem da zona de conforto que estavam imersos nos últimos anos e reconduzi-los para o tocante de uma realidade mais factível. Todavia, os abutres mais oportunistas da direita e seus plantonistas fascistas voluptuosos de uma sanha golpista foram igualmente acordados no turvo momento político que o país foi atirando nos últimos dias.

Os sindicatos, em sua esmagadora maioria, precisam sair da mamata que se encontram, se nutrindo de verbas públicas e de seus associados, com lideranças pífias, inodoras e corruptas, e vegetando numa zona de conforto que não representa a realidade dos seus filiados. A falta de participação dos sindicatos nas mobilizações é mais um sintoma do esfacelamento das representações organizadas dentro do cenário nacional.

O vazio de lideranças ficou evidenciado na catártica marcha da orfandade brasileira. Na desertificação da política nacional, há um terreno a ser disputado entre vários grupos de interesses, e mais enfaticamente, entre os golpistas reacionários conservadores da direita e uma pequena esquerda alucinógena e revolucionária. Se um dos dois grupos tiver sucesso (uma hipótese mais remota), levarão o país a mais um retrocesso político sem precedentes. Portanto, cabem as forças de uma renovada centro-esquerda que observem com cautela o panorama que se aventura pela frente, sem cair em propostas messiânicas e sem distanciarem da realidade.

De concreto até o momento, o oceano na realidade nacional se encontra turvo. No maremoto dos acontecimentos, as esquerdas mais progressistas se encontram norteadas e perdidas e a densidade da névoa de instabilidade ainda permanece sobre o céu brasileiro. O lema do desespero sintomático que rondou os últimos dias foi propício para os apocalípticos de plantão, com relação às marchas, e seus manifestantes e simpatizantes bradavam: “Melhor isto do que nada!”. Desta maneira, por mais justas que sejam as reivindicações (as poucas com algum norte definido), ainda precisam de uma condução orgânica, tarefa que exige maior esforço político e participação popular (curiosamente, para os grupos que se dizem “apolíticos” seriam atos desconexos a serem orquestrados!).

Quanto maior o grau de despolitização da sociedade e de suas marchas reivindicatórias com um tom messiânico arraigado, maiores serão as possibilidades de cooptação de qualquer movimento seja pela pauta da Grande Mídia, seja pela pauta dos elementos fascistas e golpistas. Diante da construção do desgaste artificial da presidenta Dilma, e a sua consequente queda-livre de popularidade em poucos dias, todo cuidado ainda é pouco e os ares ainda cheiram um forte odor de enxofre golpista e, possivelmente, poderemos ter os vinte centavos mais caros dos últimos tempos.

A História não é cíclica, mas são pertinentes seus sintomas e consequências históricas.

Referências:

Folha de S. Paulo. “Corrupção é principal motivação de manifestantes em SP, diz Datafolha”. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 jun. 2013. Cotidiano, on-line. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1299344-corrupcao-e-principal-motivacao-de-manifestantes-em-sp-diz-datafolha.shtml>. Acesso em: 21 jun. 2013.

GUERREIRO, Gabriela. “Cristovam Buarque defende fim dos partidos. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 jun. 2013. Cotidiano on-line. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1298975-cristovam-buarque-defende-fim-dos-partidos.shtml>. Acesso em: 21 jun. 2013.

******

Wellington Fontes Menezes é mestre em Ciências Sociais e licenciado em Física