Carioca, criado em Piedade, no subúrbio do Rio, Fernando Molica completa 26 anos de profissão em 2007. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ensaiou os primeiros passos na carreira ainda na infância, colaborando para o suplemento O Jotinha, de O Jornal. Naquela época, no entanto, sonhava ser jornaleiro, ‘para passar o dia inteiro lendo jornais e revistinhas’. Mas foi na adolescência que fez a escolha definitiva pelo jornalismo.
Aos 46 anos, o repórter especial da TV Globo concilia o trabalho na emissora com um cargo na diretoria da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e prepara-se para estrear no universo acadêmico coordenando um curso de MBA da FGV-Rio. Carrega ainda no currículo passagens pelas redações do Globo, Folha e Estadão e a autoria de três livros. Nesta entrevista, Molica remonta sua trajetória profissional, fala sobre os caminhos do jornalismo investigativo e as reportagens que marcaram sua vida e critica o desrespeito à liberdade de imprensa.
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Quando você estreou no jornalismo e foi em qual veículo? Antes já tinha exercido alguma outra profissão?
Fernando Molica – Se for para responder ao pé da letra, usando a lógica dos mil gols do Romário, posso dizer que minha estréia foi em O Jotinha, suplemento infantil de O Jornal. Por volta dos 8/9 anos, eu mandava colaborações eventuais para o tal suplemento. Tinha até carteirinha de repórter-mirim. Mas o trabalho profissional começou em 1981, quando iniciei uma série de frilas para a Bloch Editores. Publiquei matérias na Manchete e na Fatos & Fotos. No mesmo ano comecei a estagiar na sucursal carioca do Estado de S.Paulo e acabei contratado em 1983, assim que me formei.
O que o motivou a se tornar jornalista?
F.M. – Não sei bem, talvez um conjunto de fatores. Sempre gostei da idéia. Inicialmente, confesso, queria ser jornaleiro, para passar o dia inteiro lendo jornais e revistinhas. Mas, depois, no início da adolescência, decidi que iria ser jornalista. Até pensei em fazer publicidade ou cinema, mas a opção pelo jornalismo acabou vingando. Como disse, não sei bem o que me atraiu, não tinha nenhum parente jornalista, nenhum amigo dos meus pais exercia a profissão. Sei que gostava muito de ler jornal, um hábito que adquiri desde cedo – o timaço do Botafogo em 67/68 ajudou a criar esse vício. Outro detalhe importante: o jornal, de alguma forma, servia de ponte para um outro mundo, permitia que eu saísse de Piedade, do subúrbio. Pelo jornal eu sabia de fatos do mundo inteiro, inclusive da minha própria cidade, do que ocorria do outro lado do túnel. Sempre vi o jornal como, na prática, um bom amigo, que me contava boas histórias, que me mantinha bem informado. Ah, sempre gostei de escrever. Isso certamente também contribuiu para a opção.
Ao longo de sua carreira, você tem passagens pelas sucursais cariocas da Folha de S.Paulo e Estadão e na chefia de reportagem do Globo. Como foi sua experiência na redação destes jornais?
F.M. – A passagem pelo Estadão foi fundamental. Em primeiro lugar, eu começava, enfim, a trabalhar em um jornal, um jornal importante. A sucursal era grande, formada por jornalistas mais velhos – na época, eu achava que qualquer pessoa com mais de 30 anos era meio idosa. Esse convívio com profissionais mais experientes foi importantíssimo, aprendi muito com eles. Mas, em 1985, vi um anúncio da Folha para uma vaga de repórter na sucursal do Rio. O salário era o dobro do meu. Mandei o currículo e acabei sendo escolhido. A ida para a Folha representou um recomeço, cheguei lá no auge da implantação do ‘Manual de redação’, um tempo bem radical, em que princípios consagrados do jornalismo passavam por uma crítica muito forte. Foi meio complicado no início, mas acabou sendo uma experiência que redefiniu muitos de meus conceitos sobre o jornalismo. Fiquei seis anos por lá, como repórter e chefe de reportagem. Depois, fui para O Globo e, um ano depois voltei para a Folha, como repórter especial. A ida para O Globo, na chefia de reportagem, representou minha estréia em um jornal local. Um negócio meio louco, na época havia 40 repórteres na editoria Rio. Isso sem contar com os fotógrafos. É muita gente. Pior é que repórter, por definição, é um ser meio indisciplinado, questionador – e é bom que seja assim. E a cidade é, digamos, dinâmica; de tédio a gente não morre, né? Enfim, foi um período muito intenso, conheci profissionais admiráveis, aprendi muito. Mas o convite para voltar a cuidar de um repórter apenas – eu mesmo – foi tentador.
Atualmente você é repórter especial da TV Globo. Quando surgiu o convite para a televisão? Houve algum tipo de dificuldade para se adaptar à linguagem televisiva?
F.M. – Houve, claro. Aos 35 anos eu voltei a ser um iniciante. Não é simples. É claro que, no fundo, trabalhamos com a mesma matéria-prima, a notícia. Mas o processo de produção na TV é bem diferente, desde a apuração até a edição. A minha geração queria trabalhar em jornal, não me lembro que houvesse, na faculdade, alguém que dizia que queria ir para a TV (hoje, pelo que sei, é o contrário). Quando o Evandro Carlos de Andrade e o Luiz Erlanger me chamaram, achei que era para assumir algum cargo de chefia, não imaginava que era para ser repórter. Mas resolvi apostar, tentar aprender a fazer aquele negócio. E o início foi difícil. A TV tem uma gramática própria, você tem que aprender a falar para a câmera, tem que se preocupar com a voz, com a narração, com a ‘conversa’ com o telespectador. O texto também é diferente, mais calcado nas imagens. O trabalho em jornal é mais solitário, na TV envolve muita gente, é preciso aprender a lidar com um trabalho mais coletivo. Mas já estou em TV há 11 anos, acho que está dando razoavelmente certo.
O repórter de TV, aliás, gosta de estar ao vivo porque pode arrancar algo inesperado do entrevistado. Mas até que ponto vai o limite do profissional para não deixar o entrevistado em situação embaraçosa ou constrangedora?
F.M. – Acho que isso vale para qualquer repórter, de TV ou não. O limite entre a ousadia e a grosseria é, às vezes, meio tênue. O problema é que, na TV, todos ficam mais expostos, o entrevistado e o entrevistador. Ao vivo, então, é pior. Como sempre, vale usar o bom senso.
Você é autor do romance Notícias do Mirandão, sucesso de crítica e vendas, de O homem que morreu três vezes e organizou 10 reportagens que abalaram a ditadura. Quando surgiu o lado escritor? Fale um pouco sobre essas obras.
F.M. – Acho que desde a adolescência eu queria tentar ser escritor. Mas o exercício do jornalismo acabou sendo intenso demais, não dava muito espaço para tentar outras possibilidades. Além do mais, como jornalistas, aprendemos a ser muito críticos, o que, de vez em quando, é meio castrador. Comecei a escrever o Notícias do Mirandão mais como um exercício, um desafio – será que vai dar? Talvez, na época, estivesse com saudades de escrever mais, o texto em TV é sempre curto. Achei que seria legal tentar escrever ficção, partir para um texto que dependesse da imaginação, não de um processo de apuração. Apesar de estar ambientado no Rio de Janeiro da atualidade, o livro é ficção pura, trata de um grupo de esquerda que resolve se aliar a traficantes de drogas cariocas para tentar organizar uma reedição da guerrilha urbana. Acho que a experiência jornalística ajudou a escrever o livro. O tempo todo eu ficava me perguntando: e agora, o que pode acontecer, o que é razoável acontecer? O livro foi publicado na Alemanha, deve sair ainda neste ano na França e vai virar filme, dirigido pelo Ruy Guerra, o que me deixou muito feliz.
Já O homem que morreu três vezes nasceu de duas reportagens que fiz para o Fantástico, sobre Antonio Expedito Carvalho Perera, um ex-advogado de extrema-direita que virou aliado da guerrilha no fim dos anos 60, foi preso, torturado, banido do Brasil e que, na Europa, tornou-se fornecedor de armas do ‘Carlos’, o ‘Chacal’, o terrorista-símbolo dos anos 70, o Bin Laden da época. Um personagem espetacular, a história do Perera é de humilhar qualquer ficcionista. Depois escrevi um outro livro de ficção, o Bandeira negra, amor’.
O 10 reportagens que abalaram a ditadura faz parte da coleção Jornalismo Investigativo, um projeto da Abraji, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, com a editora Record. Nossa idéia é recuperar reportagens significativas e publicá-las ao lado de textos de seus autores ou de jornalistas que cobriram aqueles fatos.
Você tem algum projeto editorial em andamento? Gostaria de falar sobre ele?
F.M. – Há duas semanas lançamos, também pela Abraji, o segundo volume da coleção Jornalismo Investigativo, o ’50 anos de crimes’, que traz reportagens sobre 20 casos policiais ocorridos entre os anos 50 e 90. E espero, ainda neste ano, publicar um outro livro de ficção.
Você saberia eleger uma matéria que tenha marcado sua trajetória até agora? Qual e por quê?
F.M. – Em TV, gosto muito das reportagens sobre o Expedito Perera. Também estive na Colômbia, fiz matéria com guerrilheiros das FARC. Foi bem interessante. Na Folha, fiz muitas reportagens sobre religião, principalmente sobre a igreja católica. Acabei, juntamente com um outro colega, antecipando que o Leonardo Boff ia deixar o sacerdócio.
E como você avalia o ensino nas faculdades de jornalismo? Como você observa os focas que hoje chegam ao mercado?
F.M. – Não acompanho assim tão de perto o ensino para poder uma análise mais responsável. Mas acho que ainda persiste uma separação meio doida entre teoria e prática, como se a teoria não fosse essencial para que possamos criticar e melhorar nosso trabalho. Sobre os jovens: não dá para fazer uma crítica geral. O que talvez fique mais evidente seja uma certa preocupação maior com as técnicas, com a prática do jornalismo em si e com a própria carreira. Talvez ocorra hoje uma menor preocupação com temas mais gerais, relacionados ao país. Minha geração começou a trabalhar ainda no regime militar, havia uma grande discussão sobre a abertura, a democratização do país. É possível que houvesse sonhos mais coletivos, uma esperança mais generalizada. Acho que hoje estamos todos mais céticos, mais individualistas, com menos esperança no País. Isso é muito ruim, principalmente quando ocorre entre os jovens.
Falando em ensino, no último dia 29 você coordenou o seminário ‘Novos caminhos do jornalismo investigativo’, na FGV do Rio. Quais são estes novos caminhos?
F.M. – Acredito que estamos passando por um momento muito interessante no jornalismo. Cada vez mais temos acesso a instrumentos e fontes que nos permitem buscar e trabalhar as informações de forma independente. Estamos ficando menos dependentes de fontes como Deputados, promotores, policiais. Não que eles devam ser desprezados, de maneira alguma. Mas está sendo criada uma cultura fundamental no Brasil que tem a ver com o acesso a documentos públicos, a informações públicas. Esta é, inclusive, uma das lutas da Abraji, a busca por uma legislação que deixe claros os critérios para o acesso a documentos públicos. Os recursos oferecidos pela internet e por programas de computador permitem que o jornalista possa analisar esses dados, combiná-los e, no fim do processo, ter em mãos informações inéditas, exclusivas. O seminário procurou discutir essas possibilidades e também alguns limites para o nosso trabalho – o número de processos contra jornais e jornalistas não pára de crescer.
O que o levou a ingressar no mundo acadêmico, agora que você vai coordenar também o MBA em Jornalismo Investigativo e Realidade Brasileira, da FGV?
F.M. – Recebi um convite do CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação da História Contemporânea do Brasil) para organizar e coordenar esse MBA. Fiquei muito animado, acho que é uma chance para estudar, de forma sistematizada, questões e técnicas fundamentais para o exercício do jornalismo, particularmente, do jornalismo de caráter mais investigativo, que busca informações inéditas. O universo acadêmico sempre me fascinou, ainda que, por diferentes razões, acabasse adiando uma volta aos estudos. O convite abreviou o processo e me colocou diante de um desafio muito interessante. Como coordenador, espero aprender muito.
O escândalo de Watergate – que levou à renúncia do presidente Richard Nixon, acusado de envolvimento em escutas telefônicas ilegais, após investigação dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post – é um marco na história do jornalismo investigativo e refletiu o melhor que o jornalismo poderia oferecer à democracia: manter o poder responsável. Ainda hoje é assim?
F.M. – Essa idéia é bem interessante, a de controlar o poder. O falecido Brizola dizia que a política brasileira era uma espécie de clube fechado, e afirmava que era um estranho nesse ninho. Não me cabe julgá-lo, mas acho que a definição dele é boa. O poder cada vez mais se torna algo fechado em si mesmo, como se deslocado da sociedade. Ao vigiá-lo, o jornalismo presta um serviço inestimável. Algo como um ‘cuidado, estamos de olho’. O jornalismo funciona como uma espécie de ombudsman da população, isso, claro, ajuda a, pelo menos, fazer com que os caras pensem um pouco nas conseqüências de algumas das besteiras que pensem em fazer. Já é muito bom.
Um advogado escreveu um artigo em que diz que ‘o jornalismo investigativo pode ser proveitoso para a sociedade, no entanto, por vezes, torna-se conflitante com os objetivos da administração pública e se sobrepõe aos valores do particular, esbarrando no conceito de moral e ética’. Você concorda com esta afirmação? Por quê?
F.M. – Seria bom que ele exemplificasse. O ‘por vezes’ é genérico demais. Não entendi o ‘conflitante com os objetivos da administração pública’. Como assim? A investigação sobre o caso Collor atrapalhou a administração pública? Acho que foi o governo Collor que atrapalhou a administração pública. Mas é certo que cometemos erros, que exageramos que, eventualmente, ultrapassamos alguns limites. Mas o que ele diz serve para praticamente todas as profissões, inclusive para os advogados.
A morte de Tim Lopes deixou uma lacuna na profissão. Qual seria o limite do jornalismo investigativo? Até quando uma investigação é segura para o profissional dessa área?
F.M. – Cada caso é um caso. Não dá para trabalharmos em tese. Cada matéria vai apresentar seus limites, suas dificuldades e seus riscos. Tudo isso tem que ser avaliado pelo profissional e pela sua chefia. O importante é não tomar decisões sozinho.
Qual seria a responsabilidade das empresas em relação aos seus jornalistas? Eles assumem o risco por suas atividades?
F.M. – O melhor é discutir sobre cada pauta, sobre os eventuais riscos. De um modo geral, jornalistas que trabalham em grandes empresas correm menos riscos, mas isso não é uma verdade absoluta, como vimos no caso Tim Lopes. Muitas empresas têm promovido, em colaboração com sindicatos e entidades de jornalistas, cursos em que o repórter aprende a lidar com situações de risco, tiroteios, por exemplo. Várias empresas têm carros blindados, fornecem coletes à prova de balas. Acho que nenhuma matéria justifica o risco excessivo. E é melhor decidir isso em conjunto.
A atividade jornalística acarreta um risco de vida presumido atualmente?
F.M. – Acho que não necessariamente. Depende da situação, do veículo em que o jornalista trabalha, dos interesses que serão contrariados.
Para alguns profissionais, o jornalismo investigativo se diferencia da rotina habitual das redações por fazer a investigação minuciosa dos fatos, pelo tempo que for necessário, por ter a disponibilidade de recursos específicos – tempo, dinheiro, paciência, talento e sorte – e a precisão das informações. São estes realmente os elementos essenciais para uma boa reportagem investigativa?
F.M. – É muito difícil estabelecer uma fronteira: aqui termina o jornalismo mais comum e começa o investigativo. Uma boa investigação jornalística pode ser feita até em um dia, depende do caso. Mas é claro que, de um modo geral, matérias mais aprofundadas precisam de tempo, dinheiro, paciência, talento e, claro, sorte. O dinheiro tem sido um fator preocupante. As redações andam enxutas, com poucas sobras. De um modo geral é complicado tirar uma equipe da pauta e permitir que os profissionais se dediquem a um tema que, volta e meia, exige viagens, uma série de custos. Mas podemos ter atitudes de caráter investigativo no dia-a-dia, mesmo em pautas mais corriqueiras.
Como é o seu trabalho na Diretoria da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)?
F.M. – Tenho me dedicado principalmente à coleção de livros – o último deu um trabalho imenso. Contei com a ajuda de uma colega, a Bianca Encarnação, e de dois estudantes que ficaram encarregados de buscar as reportagens. Mas o trabalho foi muito grande.
Comemoramos recentemente o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e de Expressão e diversas entidades jornalísticas divulgaram relatórios alertando para o crescente número de jornalistas mortos enquanto exerciam suas atividades. Como você analisa essa triste constatação?
F.M. – Pois é, a situação é grave. Ainda não há uma cultura de respeito à liberdade de informação. Temos que ficar muito atentos a isso e exigir a punição dos culpados por esses crimes. Recentemente ocorreu o assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon, em Porto Ferreira, interior de São Paulo. Tudo indica que o crime está relacionado a reportagens que ele publicou. Isso é absurdo, escandaloso. Defender liberdade de imprensa não é uma atitude corporativa de jornalistas, é algo que interessa a toda a sociedade. Quem se achar prejudicado deve recorrer à Justiça, como em qualquer lugar minimamente civilizado.
Você disse, em uma entrevista ao Observatório da Imprensa, que ‘o jornalismo escreve a História todos os dias (…), uma escrita meio complicada, sujeita a erros, às dificuldades naturais da pressa, da falta de uma perspectiva histórica, de um distanciamento dos fatos’. Como resolver isso, a fim de escrever a História tal como ela é?
F.M. – A história, ou a História, será sempre fruto do embate de várias versões. Até hoje não se chegou a um consenso se o Brasil foi descoberto, achado ou invadido por Cabral. E olha que já são mais de 500 anos… Não existe um olhar neutro, imparcial, há sempre um viés ideológico. É normal que seja assim. O que existe mesmo são versões bem fundamentadas e outras que não são fruto de uma boa apuração. Temos que aprimorar essa apuração, o cuidado na busca de boas fontes, de bons documentos. A partir daí temos condições de contar bem nossas histórias.
Qual é sua a relação com a ABI hoje em dia?
F.M. – Admito que já foi maior. Mas acho que, de um tempo para cá, a entidade tem recuperado seu vigor, sua capacidade de mediar discussões importantes para o jornalismo e para a sociedade. A ABI é fundamental para o país.
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Repórter do ABI Online