Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Roriz e o Correio Braziliense

Desde a época do afastamento do Ricardo Noblat da direção do Correio Braziliense, ficou comprovado e evidente a ‘rorizização’ do maior jornal de Brasília. Leio o Correio aos domingos porque é o único jornal relativamente razoável da capital. Agora, a total omissão na edição de domingo (24/6) do grampo do Roriz, atual senador e governador por 16 anos do Distrito Federal, foi no mínimo achar que todos os leitores deste jornal são estúpidos.

Não é possível que um assunto escandaloso, que foi destaque nos principais telejornais, revistas e jornais do país, passe batido no Correio Braziliense. Francamente. O Correio poderia disfarçar um pouquinho e fazer uma média com os leitores mais atentos, colocando uma notinha na última página tratando do assunto – afinal, a edição de domingo trata ou deve tratar dos principais assuntos da semana. É lamentável.

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Procurei nos jornais de Brasília e outros, com lupa, alguma notícia sobre o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz flagrado numa gravação telefônica com o ex-presidente do BRB (Banco Regional de Brasilia), preso numa operação policial por desvio de uma dinheirama. Ali, ele (Roriz) falava textualmente ‘…é um bom lugar para o encontro, lá a gente divide e cada um fica com o seu’ no mesmo dia em que um saque destinado ao ex-presidente de 2 milhões e tanto de reais era feito.

Fora um notinha ligeira no site Correioweb, escondeu-se embaixo do tapete a informação. Passou-se da fase da editorialização (leia-se manipulação) da informação para a negação. Só falta colocar na capa uma bela receita de pudim com calda de marmelada. (João de Ferro, poeta, Amargosa, BA)

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Na matéria da Agência Estado divulgada no site da UOL no domingo (24/6), sobre o espancamento da domestica Sirlei Dias de Carvalho Pinto, não constam os nomes dos agressores, ambos maiores de idade. E mesmo após confissão por parte de um dos envolvidos, ainda sim a manchete parece tender a uma suposta inocência, quando chama estes delinqüentes de ‘acusados’. O correto não seria, desde a confissão, que a manchete já os apontasse como agressores? (Marcos Roberto Cotrim Brito, cortador de couro, Londrina, PR)

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Estou assustado com a situação da imprensa: não temos notícias nos jornais sobre a greve da Saúde na cidade de São Paulo. No Hospital São Paulo, na Vila Mariana (administrado pela Unifesp), muitos funcionários estão em greve, os médicos não… Mas a verdade é que não serei operado na próxima semana como estava programado, porque o serviço está em greve. Em algumas unidades de administração estadual como o CRT-DST/AIDS , na mesma Vila Mariana , as faixas fora do prédio denunciam uma greve e parece que boa parte dos funcionários está em greve mesmo. Os jornais estão escondendo as notícias? Por que a imprensa não divulga nem uma linha sobre o assunto? Estamos sob censura novamente? Acordo com o governador para não divulgar? Não sei se outras unidades estão em greve, mas ouvi comentários que sim! Quem responde? Acho que imprensa deveria manter a população bem informada, pois essa é a sua missão. (Tarcisio Conte, administrador de empresas, São Paulo, SP)

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Assinei uma TV a cabo aqui em Belo Horizonte principalmente por ter a TV Cultura de São Paulo em sua grade. A TV a cabo se chama NET. De uns dias para cá, a TV Cultura foi substituída por um canal católico que se chama Canção Nova. Me considerando lesado como consumidor, liguei para a NET para saber o porquê desta mudança. Disseram que a responsável por esta mudança seria a própria TV Cultura e não a NET. Gostaria de saber o porquê desta mudança. É revoltante este tipo de situação e me considero lesado como consumidor. Gostaria que a TV Cultura me orientasse quanto ao assunto, caso a NET seja responsável por este ato. É um absurdo adquirirmos um produto e nos empurrarem um outro produto goela abaixo. Agradeço e espero ter de volta a TV Cultura de São Paulo em minha casa. (Sérgio Achtschim, bancário, Belo Horizonte, MG)

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Matéria do Correio da Bahia de 21/06/2007: ‘João Henrique consegue censurar na Justiça a Rádio Metrópole. Depois de mandar tirar outdoors, prefeito agora não quer receber críticas no ar. O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB), conseguiu ontem, na Justiça, censurar a Rádio Metrópole. A pedido do gestor, a juíza da 2ª Vara Cível de Salvador, Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho, expediu ontem uma liminar determinando que a Rádio Metrópole se abstenha de vincular, divulgar, publicar, noticiar e transmitir quaisquer informações sobre o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB). A medida de cerceamento à liberdade de imprensa atinge, além da emissora de radiodifusão, a revista Metrópole, site, blog, outdoors, busdoors, mobiliários urbanos e matérias pagas ou não, além de outros meios de comunicação e publicidade. E proíbe qualquer alusão e referências explícitas ou implícitas, depreciativas ao nome, à honra, ao caráter, à intimidade, à vida privada e a imagem do autor (João Henrique), devido ter ingressado `na vida pública há 20 anos, ser casado, pai de dois filhos, caráter ilibado e evangélico´. A petição requerida pelo advogado do prefeito, Alessandro Santana de Souza, visa, segundo documento impetrado na Justiça, preservar a imagem do gestor, que alega estar sendo `vítima de constantes ataques à sua honra, caráter, intimidade e vida privada´’. (Lourenco Souza, servidor público, Salvador, BA)

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Capiciosa esta questão [da urna eletrônica do OI]. Quer dizer que o OI já CONDENOU o senador antes do julgamento? Isto mostra claramente o comportamento do OI, que tanto critica ‘linchamentos’. Casa de ferreiro, espeto de pau. (Levi Souza, professor, Campina Grande, PB)

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Interessante a questão deste OI: ‘O que mais serviu para condenar o senador Renan Calheiros diante da opinião pública? A Veja/ O Jornal Nacional/ Ambos/ Nenhum dos dois’. Colocada como enquete; logo incita, no íntimo do despercebido leitor, a máxima: ‘Quem pergunta quer saber’. Mas, será mesmo? Pensando bem… talvez não passe de uma questão retórica, como esta formulada há pouco, apenas para aguçar a curiosidade, pois, na verdade, a mensagem já foi inoculada na cabeça do internauta antes mesmo que ele clique o seu inútil voto. Por isso, o mais interessante é analisar a pergunta. Sim. Esta inocente questão traz crivada logo no início (‘O que mais serviu para condenar o senador Renan Calheiros’) aquele conceito de justiça já tão epidérmico na midia atual: ‘Todos culpados até prova em contrário’ . Ou seja, o homem já está condenado. Do quê? Não sei. Por quê?

Não sei. Só sei que kafkianamente Renan foi pro vinagre. Depois, vem recheada daquelas certezas que só imprensa tem sobre o mundo em que vivemos: ‘…para condenar o senador Renan Calheiros diante da opinião pública?’. Como experts em opinião pública (experts, talvez não seja a palavra adequada), como donos da opinião pública, nossos valorosos senhores vaticinam que a OP já selou o destino do senador. Na enquete do blog de Fernando Rodrigues (Folha de S.Paulo), mais de 1/3 ainda não aderiu, mesmo com a propaganda que o mesmo faz todos os dias. (Douglas Puodzius, pesquisador, São Paulo, SP)

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A mídia fez leve ruído em relação ao controle de natalidade proposto pelo ministério da Saúde. O foco em relação ao item aborto nublou toda a importância. O Brasil dobrou a população desde 1970, principalmente na população de baixíssima renda. Fica impossível que as demais pessoas que já controlam o tamanho de suas famílias sustentem um número infinito de pessoas. Não há imposto, ONGs, caridade, empréstimos ou… o exemplo da China é básico: só recebe direitos um filho, os demais os pais arcam. Já tem sido assim nos kibutz. A mídia tem o dever de propagar, incentivar, alardear as vantagens do controle da família. Dados mostram que 80% de pessoas violentas e drogadas não tiveram pai. O ser humano, no caso o brasileiro, merece respeito, desde embrião até a morte natural. Conceber a esmo, parir por parir, tem nos desmerecido como pessoas e sociedade. (Eunice Leonora Chaplin, professora aposentada, Viamão, RS)

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Contador, 33 anos, Brasília DF