Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Mensagens afogadas

A mudança do acesso à internet da rede discada para banda larga trouxe um lado negativo: o aumento no número de mensagens indesejadas que chegam diariamente às caixas de correio eletrônico. Quanto mais banda, mais fácil para os propagadores de spam mandar mensagens.

Para tentar dimensionar o problema, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio da Comissão de Trabalho Anti-spam (CT-Spam), criou o Projeto SpamPots. Em 325 dias de atividade, o projeto contabilizou mais de 370 milhões de mensagens indevidas.

Segundo o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, do CGI.br, nos últimos anos as reclamações sobre spams enviados por meio do uso indevido de máquinas brasileiras com proxies (servidores que ligam os computadores dos usuários com a internet) abertos ou proxies instalados por códigos maliciosos têm crescido continuamente, chegando a 55% do total recebido no último mês de junho.

Os dez mais

‘É muito importante a obtenção de dados que nos permitam entender melhor o perfil do abuso de proxies no Brasil, de modo a facilitar a proposição de formas de prevenção mais efetivas’, disse Cristine Hoepers, analista de segurança do Cert.br.

Os resultados preliminares do projeto revelam números surpreendentes. O número de destinatários para os 370 milhões de e-mails seria de quase 3,3 bilhões, o que representa uma média de 8,9 destinatários por spam. No total, foram identificados 160.512 IPs únicos de 157 países diferentes, que enviaram em média 2,3 mil mensagens cada um.

A lista dos dez países que mais abusam do Brasil, de acordo com os resultados preliminares, traz Taiwan em primeiro lugar, com 281,6 milhões de e-mails capturados, ou 76% das ocorrências. A China vem em segundo lugar, com 58,9 milhões, ou 16% do volume analisado. Estados Unidos, Canadá, Coréia, Japão, Hong Kong, Alemanha, Brasil e Panamá são os outros países que aparecem na listagem e que, juntos, somam menos de 8%.

Clique aqui para mais informações sobre o Projeto SpamPots.

******

www.agencia.fapesp.br