[do release da editora]
Paulo Nassar reuniu, com mérito, os principais fundamentos conceituais acerca do registro de experiências das empresas que já perceberam a relevância de investimentos em projetos de recuperação e preservação de sua memória. Relações públicas: a construção da responsabilidade histórica e o resgate da memória institucional das organizações ganha sua terceira edição pela Difusão Editora, agora em coedição com a Editora Senac Rio. Com 240 páginas, a obra está ainda mais atual.
O livro baseia-se em um estudo teórico e metodológico sobre esse tema ainda pouco estudado no Brasil, fundamentado em uma rica e abrangente literatura, além das diversas pesquisas realizadas com grandes empresas situadas no território nacional.
Segundo o autor, hoje é difícil conceber a existência de indústrias sem um grande aporte econômico e social. “Sem esse investimento, muitas empresas não existiriam.” O livro, portanto, é um manifesto contra as narrativas de comunicação e de relações públicas que organizam as informações de maneira mecânica e massificada, sem levar em conta os interesses, os afetos, a história e a memória das pessoas que integram esses ambientes.
De acordo com ele, “durante grande parte do século XX, as relações públicas internacionais e brasileiras fizeram uso de um discurso único, relacionado aos poderes, com base no tempo objetivo, com o intuito de validar políticas, planejamentos e ações voltadas exclusivamente ao aumento da produtividade, do lucro e da competitividade organizacionais. Na obra, busco interpretar e opinar sobre essa trajetória tradicional de relações públicas e apontar, na atualidade, a emergência de uma atitude comunicacional e relacional que incorpore a narrativa das redes relacionais e dos sujeitos vistos, cada vez mais, em suas dimensões subjetivas, culturais, políticas, filosóficas, históricas, sociais e psicológicas”.
Paulo Nassar apresenta também um novo olhar referente aos profissionais da área. “Os relações-públicas devem se preocupar em sensibilizar a alta administração das organizações quanto a seu papel institucional diante do patrimônio social denominado história organizacional, orientando-as quanto às definições de seus caminhos.”
O texto destaca que os investimentos decorrentes dos projetos de construção e divulgação da história das empresas podem contribuir para que as organizações se conscientizem de sua responsabilidade histórica e de seu compromisso social, ao observar que sua memória está sendo construída diariamente. Esta precisa ser documentada e vista pela sociedade, contribuindo, assim, para a preservação da cultura do país.
O autor
Paulo Nassar é jornalista e diretor-executivo da Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), também leciona no Programa de Pós-Graduação stricto sensue é vice-coordenador do curso de especialização Gestcorp – Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, além de autor de vários livros.