O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) e a Academia Brasileira de Letras (ABL) assinaram, na quinta-feira [14/7], acordo de cooperação. O objetivo é promover a preservação, gestão e difusão dos acervos documentais, bibliográficos e artísticos da ABL e de seus acadêmicos.
O acordo foi assinado pelo presidente do Ibram, José do Nascimento Junior, e pelo presidente da ABL, Marcos Vinicios Vilaça, na sede da Academia, no Rio de Janeiro. “Assinar um termo de cooperação com uma Casa como a ABL é uma honra e motivo de orgulho para o Ibram”, disse o presidente do Instituto.
Caberá ao Ibram prestar consultoria aos técnicos da Academia nas ações de gestão, preservação e divulgação de suas coleções, assim como promover, em conjunto com a ABL, planos de trabalho para a identificação de coleções pessoais de interesse para a memória da literatura brasileira. Também será atribuição do Instituto orientar sobre processos legais de proteção a coleções e sobre a criação de museus relacionados à literatura brasileira.
À ABL caberá tornar disponíveis fontes e bases de dados sobre a história da literatura brasileira. Outra atribuição será a de fornecer dados sobre as coleções pessoais que estão sob a guarda da Academia. O acordo permite, ainda, que as duas instituições estabeleçam novos campos de cooperação.
Nascimento destacou que a assessoria a ser prestada pelo Ibram faz parte da missão do instituto de apoiar entidades que produzem suporte à memória do país. Em sua avaliação, a difusão desses acervos aos cidadãos reforça o conceito de direito à memória e ajuda a manter as produções para conhecimento das futuras gerações. “Só preserva quem conhece. Por isso, quanto mais a população conhecer esses acervos, melhor será a preservação para as próximas gerações”, afirmou.
Para o presidente da ABL, o acadêmico Marcos Vilaça, havia grande disposição e interesse da ABL em efetivar a cooperação com o instituto. “Somos, de certa forma, uma casa de memórias muito solidária com a ideia de sistematização de uma cadeia de museus no Brasil”, disse.
Nascimento informou que, de acordo com o Cadastro Nacional de Museus (mantido pelo Ibram), o Brasil possui hoje 73 instituições museológicas que desenvolvem atividades ligadas à memória da literatura brasileira, sendo que 17 delas têm nomes de escritores da Academia Brasileira de Letras.
Academia
Fundada em 20 de julho de 1897, a Academia Brasileira de Letras tem por fim o cultivo da língua e a literatura nacional. É composta por 40 membros efetivos e perpétuos, eleitos em votação secreta, e 20 sócios correspondentes estrangeiros. A Memória da ABL é formada por acervos arquivísticos e museológicos relacionados com a história da Academia e com a vida e a obra dos patronos, membros efetivos e sócios correspondentes.
Seu acervo museológico é formado por obras de arte, mobiliário de época e peças de arte decorativas, assim como objetos de uso pessoal dos acadêmicos. O Arquivo da ABL tem grande variedade de documentos textuais e iconográficos. É composto por correspondências, discursos, originais de obras literárias, fotografias e periódicos.