Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

CNN lança serviço de vídeo na internet

A CNN lança na próxima segunda-feira (12/12) seu primeiro serviço de transmissão de vídeos ao vivo na internet. Chamado de Pipeline, ele se diferencia dos outros produtos online da rede por não se sustentar em textos ou pedaços gravados de vídeos. Além das transmissões em tempo real, serão disponibilizados diariamente – para quem pagar a taxa de US$ 25 anuais – vídeos gravados e acesso ao arquivo de imagens da CNN. O novo serviço vem sendo desenvolvido desde 2004 e tem equipe, estúdio e apresentadores próprios na sede da CNN, em Atlanta.


A proposta de Pipeline não é ser uma versão da CNN para internet. O serviço terá tom e conteúdo diferenciados. Será dada prioridade, por exemplo, para vídeos mais crus, com pouco comentário dos apresentadores ou repórteres. A programação não terá anúncios publicitários.


O serviço será disponibilizado a partir de um link no sítio CNN.com. Usuários de computadores PC, depois de feita a assinatura, poderão baixar um programa que executa o Pipeline. Já usuários de Mac terão que se contentar, por enquanto, com a versão online. Usuários de PC têm ainda a vantagem de poder diminuir o tamanho da tela do programa e deixá-la no canto inferior do monitor.


A idéia dos responsáveis pela novidade é desobstruir outras atividades que estejam sendo feitas no computador e, com isso, levar as pessoas a deixar Pipeline ligado ao longo do dia. Um dos objetivos do projeto é que as pessoas possam assistir à programação enquanto estão no trabalho ou longe de um aparelho de TV. ‘Você não vai achar nada parecido na internet’, afirma David Payne, vice-presidente sênior do serviço de notícias da CNN e administrador geral do sítio da rede.


Até agora, poucas companhias de mídia tiveram sucesso com serviços pagos na internet, diz Scott Leith [The Atlanta Journal-Constitution, 3/12/05]. O Wall Street Journal é uma rara exceção, com seus 764 mil assinantes pagos. O New York Times ainda engatinha no TimesSelect. Michael Castengera, professor de jornalismo da Universidade da Georgia, acredita que a CNN é sábia em pelo menos tentar algo novo. ‘Hoje, qualquer um que esteja fazendo algo inovador é inteligente. A grande questão é qual será o tamanho do sucesso [do empreendimento]’, afirma.