Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cobrança pelo acesso ao site já tem data definida

Depois de muito anúncio, já há uma data definida para cobrança pelo acesso online do New York Times. O jornalão americano divulgou esta semana que cobrará US$ 15 ao mês pelo acesso ao site aos usuários mais frequentes, em uma aposta de que leitores pagarão pelas notícias que estão acostumados a ter de graça. A mudança acontecerá em duas etapas – a primeira, esta semana, para os leitores do Canadá, o que permitirá avaliar a experiência antes do lançamento global. No dia 28/3, será o lançamento nos EUA e em outros países.


Internautas poderão ler 20 artigos por mês sem pagar, um limite que executivos dizem que não afastará visitantes casuais, responsáveis pela maior parte das visitas. Ao clicar no 21º artigo, visitantes terão a opção de comprar um dos três pacotes digitais – US$ 15 por mês para acesso ao site e aplicativos móveis; US$ 20 para acesso web e aplicativo para iPad; e US$ 35 para o plano completo. Todos os assinantes da versão impresso do NYTimes ou do International Herald Tribune terão acesso gratuito e ilimitado em todas as plataformas digitais do NYTimes, exceto e-readers como Kindle e Nook.


Em um esforço para garantir que os mais de 30 milhões de leitores mensais não sejam impedidos de visitar o site, nem todas as visitas contarão para o limite de 20 artigos. O site permitirá que as pessoas visitem o NYTimes.com de sites de busca, como Facebook e Twitter. Haverá, no entanto, um limite de cinco artigos ao dia para os que visitarem o site por meio do Google. ‘O dia de hoje marca uma transição significativa para o New York Times, na medida em que lançamos as assinaturas digitais. É um passo importante que esperamos ver como um investimento no jornal, que fortalecerá nossa habilidade de fornecer um jornalismo de alta qualidade para leitores em todo o mundo e em qualquer plataforma’, afirmou, na quinta-feira (17/3), o publisher do jornal, Arthur Sulzberger Jr., em carta aos leitores.


Nenhuma organização de mídia americana do porte do NYTimes tentou cobrar pelo conteúdo depois de permitir acesso irrestrito. A iniciativa está sendo observada atentamente por editoras, que tentam transformar o jornalismo online em um negócio rentável. Lucros publicitários de jornais americanos caíram 6,3%, para US$ 25,8 bilhões, em 2010, comparado a 2009, que foi o pior ano registrado pela Associação de Jornais dos EUA. No New York Times Media Group, que inclui o International Herald Tribune, lucros publicitários caíram 2,1% em 2010, para US$ 780,4 milhões. Informações de Jeremy W. Peters [New York Times, 17/3/11].