Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Debate ambiental precisa evoluir

[do release da editora]

Diante da campanha eleitoral à presidência da República que deverá projetar a sustentabilidade no centro da agenda política, a Editora 34 lança, em agosto, o livro O que os economistas pensam sobre sustentabilidade, organizado pelo jornalista Ricardo Arnt. Trata-se de uma reunião de alentadas entrevistas com quinze dos principais economistas brasileiros, sobre temas como a economia de baixo carbono, a agenda climática e a crise ambiental planetária do século 21.

Antonio Delfim Netto, André Lara Resende, Edmar Bacha, Eduardo Giannetti, Luciano Coutinho, Gustavo Franco, José Roberto Mendonça de Barros, José Eli da Veiga, Luiz Gonzaga Belluzzo, Maílson da Nóbrega, Aloizio Mercadante, Sérgio Besserman Vianna, Pérsio Arida, Luiz Carlos Bresser-Pereira e Ricardo Abramovay discutem a emergência das teses de sustentabilidade e seu discurso transformador, porém frequentemente vago, genérico e sujeito a variadas interpretações e apropriações.

Os principais desafios

Fundamentais para quem deseja compreender melhor a questão, as quinze entrevistas aqui reunidas mostram, por um lado, como os economistas do mainstream encaram as novas propostas, por que as aceitam ou refutam e o que consideram necessário, viável ou utópico. Por outro lado, economistas mais engajados com a agenda ambientalista apresentam suas críticas à teoria econômica.

Apesar das diferenças entre os entrevistados, todos concordam que para alcançar o ‘desenvolvimento sustentável’ a qualidade do debate precisa evoluir. É necessário ampliar a discussão, superar impasses e construir consensos. O que os economistas pensam sobre sustentabilidade procura mostrar as motivações por trás das convicções, ultrapassando clichês como ‘desenvolvimento a qualquer preço’, ‘obstrução do progresso’ e indicando os principais desafios da agenda econômica e política.

O autor

Ricardo Arnt é graduado em Comunicação e mestre em Semiologia pela UFRJ. Trabalha como jornalista desde 1971, tendo passado pela Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, revista Exame, Jornal Nacional, Rede Bandeirantes e pela comunicação corporativa. Foi gerente de comunicação da presidência da Natura e fundador do Instituto Socioambiental. É autor de dez livros, entre eles O que é política nuclear (Brasiliense, 1983), Um artifício orgânico: transição na Amazônia e ambientalismo (Rocco, 1992), O destino da floresta (Relume-Dumará, 1994), Jânio Quadros: o Prometeu de Vila Maria (Ediouro, 2004) e As últimas praias (Terra Virgem, 2006).