A edição de segunda-feira (6/12) do Estado de S.Paulo publica matéria sobre o Instituto Caetano de Campos, motivada por um livro publicado por ex-alunos dos anos 1960. Lemos num parágrafo que ‘lá dentro as professoras ficavam em salas equipadas com pianos de calda, harpas e muitos brinquedos’. Chama a atenção, primeiro, esse plural denotando riqueza. Nem o Conservatório Musical possuía um piano e uma harpa para cada sala. Segundo, esse modelo de pianos. Para quem não sabe, piano de calda era um instrumento especial para tocar melodias melosas e doces canções de amor.
Desconfio que o revisor do texto, percebendo o erro (tem muita gente que troca ‘l’ por ‘u’), corrigiu: calda. Mas se esqueceu da preposição, o certo seria ‘pianos em calda’, como as compotas. No mais estava certo, porque é inconcebível que uma escola normal, ainda mais pública, tenha um piano de cauda em cada classe. Já bastaria ter uma harpa.
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Comunicador