[do release da editora]
A Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe é uma obra pioneira, plural e tematicamente variada; um instrumento fundamental de difusão e conhecimento de um espaço geográfico, social e cultural de dimensão muito maior do que a submissão com a qual foi historicamente identificado.
Concebida inicialmente pelo Laboratório de Políticas Públicas da UERJ e preparada durante dois anos por uma pequena equipe – dirigida na Boitempo por Aluizio Leite e Antonio Roberto Espinosa –, a enciclopédia tem 980 verbetes, 1.040 fotos em cor, 95 mapas e 136 tabelas exclusivos, 21 gráficos e fichas com dados gerais sobre cada país da região. Concentra-se nos últimos 50 anos da história do continente e encerra um conjunto de quase 1.400 páginas, escritas por autores de cerca de 20 países, tratando da América Latina que emerge como um conjunto por meio de instituições e ações próprias.
Entre os 120 autores que assinam os ensaios e verbetes da obra estão alguns dos mais expressivos intelectuais latino-americanos: Álvaro García Linera, Ana Esther Ceceña, Anibal Quijano, Atilio Boron, Chico de Oliveira, Emir Sader, Fernando Martínez Heredia, Flávio Aguiar, Gerardo Caetano, Héctor Alimonda, Iná Camargo Costa, Luiz Alberto Moniz Bandeira, Marcio Pochmann, Marco Gandasegui, Mike Davis, Néstor García Canclini, Pablo Gentili, Ricardo Antunes, Theotonio dos Santos, Tomás Moulian, Vivian Martínez Tabares, Wilson Cano e muitos outros. Do conselho consultivo fazem parte Boaventura de Sousa Santos, Eduardo Galeano, István Mészáros, Marilena Chaui, Michael Löwy, Pablo González Casanova. E há ainda um extenso colégio de consultores formado por nomes como Aracy Amaral, Sergio de Carvalho, Leda Paulani, Juca Kfouri e muitos mais.
Passo integrador
O projeto da Latinoamericana nasceu da necessidade de resgatar o continente, depois que políticas e concepções neoliberais rebaixaram nossos países a meros campos de investimento e de especulação. A bibliografia sobre a América Latina e o Caribe foi vítima da mesma degradação que sofreram nossas nações. À predominância do capital financeiro correspondeu a prioridade de concepções economicistas, com interesse especulativo, em detrimento da história, da cultura, das identidades, das relações e dos movimentos sociais – enfim, de tudo o que compõe a vida dos países latino-americanos e caribenhos.
Recuperar essa riqueza e propiciar o intercâmbio de conhecimentos produzidos em nossa região são os objetivos principais da Latinoamericana. Uma obra essencial, de referência, mas também de reflexão e debate sobre este pedaço do mundo e os povos que o compõem. Patrocinada por Petrobras, Eletrobrás e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e com apoio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, pretende também ser mais um passo na importante integração da América Latina.
A Boitempo responde por toda a parte editorial da enciclopédia: pela apresentação, pela forma – que compreende o projeto gráfico, todo em cores, as imagens –, pela clareza e equilíbrio da linguagem – títulos, intertítulos, apresentação de tabelas, gráficos, mapas, fotografias e textos, incluindo tradução, correção ortográfica, gramatical, sumário, índices temático e onomástico, remissões intra e pós-textuais nos quase mil verbetes que compõem a Latinoamericana.