Um time de peso compareceu a um encontro, em Chicago, para discutir o futuro do jornalismo, na semana passada. Dentre os participantes da conversa estavam representantes das editoras New York Times, Gannett, EW Scripps e Hearst Newspapers. Segundo a AP, seu executivo-chefe, Tom Curley, também apareceu por lá. John Sturm, presidente da Associação de Jornais Americanos (NAA, sigla em inglês), afirmou que o encontro foi organizado com o patrocínio da entidade. ‘O grupo discutiu temas como proteção de propriedade intelectual e maneiras para tratar de assuntos como este com o Congresso e a administração do presidente Barack Obama’, completou. ‘Com a presença do conselho antitruste, o grupo também ouviu executivos de empresas representando vários modelos para se obter valor com o conteúdo online do jornal’.
O encontro acontece entre fechamentos e pedidos de falência de jornais e um debate entre analistas de mídia sobre se os leitores pagarão por conteúdo online depois de estar acostumados por tantos anos em tê-lo de graça. Enfrentando um declínio nos lucros publicitários impressos e nas vendas em banca e assinaturas, além de um fraco crescimento de anúncios online, diversas editoras de jornais parecem estar dispostas a tentar cobrar por, pelo menos, parte de seu conteúdo na rede.
Previsão
Para o presidente da News Corporation, o magnata Rupert Murdoch, os dias de notícias gratuitas na internet estão perto do fim. ‘Acredito que jornais irão vender assinaturas na rede. Você terá que pagar para ter o seu jornal favorito online’, defende. Este mês, Murdoch anunciou que planeja começar a cobrar pelo conteúdo dos sítios de seus jornais ‘no prazo de até um ano’. Seu grupo é proprietário de publicações como o Wall Street Journal, New York Post, Times of London, Sun e The Australian. O sítio do Journal já cobra por acesso ao conteúdo. Murdoch acrescentou ainda que o futuro dos jornais será nos aparelhos digitais e que talvez bastem de 15 a 20 anos para que os veículos de comunicação sejam completamente eletrônicos. ‘Acho que em dois ou três anos seremos apresentados a algumas tecnologias e em 10 ou 15 todos irão adotá-las’, prevê. Informações da AFP [29/5/09].