Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Fatos e opiniões em mural virtual

O encontro geográfico entre as cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina) originou a internacionalmente conhecida tríplice fronteira, ou região trinacional, como alguns preferem. Devido às singularidades da localidade, muitos estereótipos e rótulos foram enlatados da região ao longo dos últimos anos e vendidos mundo afora via as ligeiras agências de notícias de plantão.

Talvez pela cobiça da velocidade da informação, muitos profissionais depositaram e ainda depositarão na enciclopédia da imprensa nacional e mundial adjetivos e rótulos que nem sempre são justos, quando se refere à fronteira que abriga a maior usina hidrelétrica do mundo, as fascinantes Cataratas do Iguaçu e recebe de braços abertos cidadãos de todas as cores e credos.

Diferente do personagem barbudinho Bin Laden, que a mídia persiste em sustentar que esteve na região, o que se pode notar, principalmente em Foz do Iguaçu, é que existem centenas de cidadãos honestos, criativos, trabalhadores e sonhadores. Como as senhoras Dolly, Sebastiana, Terezinha, Maria e Marli; e os senhores Gentil, Claudemir, Geraldo, Éderson, Manuel e Reinaldo. Cidadãos que foram entrevistados e ilustraram nos últimos 12 meses algumas das páginas do jornal mural e do website do Megafone.

Colaborações e conteúdos

Na quarta-feira (2/04), o Megafone (Rede Cidadania na Comunicação) completou seu primeiro ano de existência. Apesar das dificuldades econômicas, a equipe do veículo de caráter comunitário/participativo não desanimou, como alguns pessimistas vislumbravam. O Megafone continua firme e forte na sua gratificante missão de levar, principalmente aos iguaçuenses, além de informação, um pouco do olhar da história da cidade.

No Megafone, o leitor encontra distintas opiniões e posicionamentos a respeito dos fatos. A diversidade dos argumentos é, sem dúvida, um dos fatores que autenticam o veículo como participativo e democrático. Neste humilde trabalho de informar, o jornal conta diariamente com a colaboração de entidades, estudantes, professores, pesquisadores, profissionais liberais, leitores em geral, pais, mães e filhos.

Geralmente as colaborações são textos de eventos culturais/sociais, críticas, sugestões ou opiniões sobre diversos temas de preocupação da comunidade local. Outros conteúdos enviados constantemente pela rede de colaboradores do município são vídeos com temáticas gerais e músicas das bandas locais.

Afinando as notícias

O conteúdo editorial mais imediatista do Megafone está centralizado nas editorias de notícias e entrevistas. A seção fotografias é destinada aos amantes e aprendizes do retrato. Os espaços de áudios e vídeos têm bastante repercussão entre o público jovem. O espaço ‘Brava Gente’ é uma espécie de tablado para cidadãos exemplares na comunidade.

A memória e a história do município e dos munícipes é também uma das preocupações da Rede Cidadania na Comunicação – esses conteúdos são expostos nas seções, vale a pena, para lembrar, das antigas e baú do povo. Estas editorias buscam apresentar fatos históricos e refletir a importância do fato no atual contexto, ou expor algum episódio hilário ou pertinente do imaginário coletivo.

Somam-se aos conteúdos jornalísticos e históricos de Foz do Iguaçu o espaço de serviços de utilidade pública, com as seções ‘Cursos’, ‘Direito do consumidor’, ‘Preste atenção’, ‘Essa lei existe!’, ‘Campanhas’, ‘Seja voluntário’, ‘Leia também’ e ‘Institucional e parceiros’.

O que pode deixar o leitor do Megafone ainda mais contente e esperançoso é o fato de que o veículo revelou até o momento apenas suas primeiras garras, gritos e suspiros. A forma de expressão do Megafone aos poucos está ecoando em diversos segmentos da cidade, entre eles nas Associações de Moradores, igrejas, órgãos públicos, clubes, terminal de transporte coletivo, empresas, hospitais, faculdades, escolas, entidades filantrópicas, instituições culturais, bibliotecas e comércio.

A Rede Cidadania na Comunicação acredita que o jornalismo pode ser contemplado de forma mais simples, sincera e próxima das ansiedades da comunidade. Enquanto o jornalismo frívolo tenta desgastar e inverter a ordem da coerência, o boneco do Megafone segue sua caminhada, afinando suas notícias conforme os anseios da coletividade.

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Jornalista, especialista em Linguagem, Cultura e Ensino; Foz do Iguaçu, PR