Leia abaixo os textos de segunda-feira selecionados para a seção Entre Aspas.
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O Estado de S. Paulo
Segunda-feira, 1° de junho de 2009
FIM DA GZM
Paulo Justus
Futuro da ‘Gazeta Mercantil’’ segue sem definição
‘O futuro do jornal Gazeta Mercantil, fundado em 1920, segue indefinido. Na sexta-feira, circulou a última edição sob a responsabilidade da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM). Até ontem ainda era esperado um acordo para a continuidade da publicação entre o empresário Nelson Tanure, da CBM, e o dono do título, Luiz Fernando Levy. Esse acordo, no entanto, não ocorreu, e o jornal não circula hoje. Levy informou, na sexta-feira, que iria se pronunciar hoje sobre o destino do periódico.
A CBM concedeu um mês férias para todos os cerca de 90 trabalhadores a partir de hoje. O grupo afirmou que vai tentar recolocar os profissionais em outras publicações da própria CBM (que é dona da Editora JB e da Editora Peixes) durante esse período. Caso não haja recontratação, deve conceder mais trinta dias de férias. Se até lá não houver recolocação, os trabalhadores serão demitidos.
Durante o fim de semana, os acessos ao site do jornal foram redirecionados para um comunicado em que a CBM reafirma o fim da responsabilidade sobre as marcas Gazeta Mercantil e InvestNews. O informe está hospedado no endereço eletrônico do novo empreendimento da CBM, o portal Investimento e Notícias, que entrou em funcionamento na semana passada. A expectativa por parte dos funcionários é que esse novo site empregue parte da mão de obra do jornal.
A associação entre Levy e Tanure, dono do grupo Docas Investimentos, ao qual pertence a CBM, ocorreu em 2003, por meio de um contrato de arrendamento do título Gazeta Mercantil. É esse contrato que Tanure pretende rescindir. O principal motivo para o fim do acordo é a herança de uma dívida trabalhista estimada em R$ 200 milhões. A Justiça considerou o arrendamento da marca como um forma de sucessão, o que atrelou o passivo trabalhista à CBM.
Isso possibilitou a cobrança de credores da Gazeta, que têm conseguido bloquear pagamentos direcionados ao jornal. No início do ano, a CBM deixou de pagar as parcelas de R$ 400 mil à Justiça, destinadas a acordos trabalhistas, com a justificativa de que os bloqueios de créditos a receber a deixaram sem recursos. A empresa chegou a pagar mais de R$ 4 milhões em acordos trabalhistas em 2008, de acordo com o Tribunal Regional de Trabalho de São Paulo.
Um dos bloqueios mais recentes foi o pedido da Justiça Trabalhista de São Paulo de penhora de ações e cotas societárias da empresa Intelig Telecomunicações, que foram compradas pela operadora de telefonia TIM por um valor estimado em R$ 650 milhões. A Justiça quer as ações como parte do pagamento da dívida trabalhista contabilizada nos processos contra a Gazeta Mercantil.
A juíza Maria Aparecida Vieira Lavorini, da 26.ª Vara do Trabalho, que determinou o bloqueio, junta o máximo de informações sobre Tanure e suas empresas, enquanto aguarda a penhora dos R$ 200 milhões em ações da Intelig. A penhora depende da entrega de uma carta precatória à Intelig, no Rio, que deve ocorrer hoje. A partir do recebimento do comunicado, Tanure terá cinco dias corridos para tentar o embargo da decisão. A juíza questiona os motivos que levaram a TIM a adquirir as ações, sabendo da situação e do endividamento trabalhista do grupo de Tanure.’
MÍDIA & IDEOLOGIA
Carlos Alberto Di Franco
Totalitarismo e intolerância
‘Dois episódios recentes, em Brasília e em São Paulo, desnudam a visão totalitária e a intolerância ideológica que dominam estratégias de longo alcance na formação das novas gerações.
Comecemos por Brasília. O governo quer que seja incluída nos livros didáticos a temática de famílias compostas por lésbicas, gays, travestis e transexuais. Ainda na área da educação, recomenda cursos de capacitação para evitar a homofobia nas escolas e pesquisas sobre comportamento de professores e alunos em relação ao tema. Essas são algumas das medidas que integram o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), documento firmado por representantes de 18 Ministérios do governo Lula.
O texto traz 50 propostas que deverão transformar-se em política de governo até 2011. São medidas em diversas áreas. Na saúde, o grupo prevê acesso universal a técnicas de reprodução assistida a LGBT em idade fértil e recomenda o fim da restrição imposta a essa população para doação de sangue.
‘É um marco na busca da garantia dos direitos e cidadania’, afirmou o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, durante o lançamento do plano. Das propostas apresentadas, algumas estão em andamento. É o caso do reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo e da criminalização da homofobia. Projetos com essas propostas tramitam no Congresso. ‘Se elas não forem aprovadas neste governo, serão no futuro. É só questão de tempo’, avaliou Vanucchi.
Vamos, caro leitor, a São Paulo. A Secretaria Estadual da Educação distribuiu a escolas um livro com conteúdo sexual e palavrões, para ser usado como material de apoio por alunos da terceira série do ensino fundamental (faixa etária de 9 anos).
O livro (Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol) é recheado com expressões chulas, de baixo calão. São 11 histórias em quadrinhos, feitas por diferentes artistas, que abordam temas relacionados a futebol – algumas usam também a conotação sexual. Uma das histórias faz uma caricatura de um programa de mesa-redonda de futebol na TV. Enquanto o comentarista faz perguntas sobre sexo, jogadores e treinadores respondem com clichês de programas esportivos, como o ‘atleta tem de se adaptar a qualquer posição’.
O governo de São Paulo afirmou que houve ‘falha’ na escolha, pois o material é ‘inadequado para alunos dessa idade’. Ótimo. Reconhecer o erro é importante. Mas, aparentemente, o governo entende que o conteúdo seria adequado para alunos de outra faixa etária. Lamentável! É assim que se pretende melhorar a qualidade de ensino? São Paulo, que foi capaz de produzir uma USP, assiste hoje à demissão do dever de educar. A pedagogia do palavrão e a metodologia da obscenidade estão ocupando o lugar da educação de qualidade. Espero, sinceramente, que o episódio seja pontual e que o governador José Serra, homem de sólida formação acadêmica, e seu secretário de Educação, o ex-ministro Paulo Renato, tomem providências definitivas.
Na verdade, amigo leitor, uma onda de intolerância avança sobre a sociedade. Discriminados assumem a bandeira da discriminação. O tema da sexualidade passou a gerar novos dogmas e novos tabus. E os governos, num espasmo de totalitarismo, querem impor à sociedade um modo único de pensar, de ver e de sentir.
Uma coisa é o combate à discriminação, urgente e necessário. Outra, totalmente diferente, é o proselitismo de uma opção de vida. Não cabe ao governo, com manuais, cartilhas e material didático, formatar a cabeça dos brasileiros. Tal estratégia, claramente delineada no discurso do secretário Paulo Vanucchi, tem nome: totalitarismo. O governo deve impedir os abusos da homofobia, mas não pode impor um modelo de família que não bate com as raízes culturais do Brasil e nem sequer está em sintonia com o sentir da imensa maioria da população.
Se tivessem aprovado o Conselho Federal de Jornalismo, uma frustrada tentativa de garrotear a liberdade de imprensa e de expressão, eu certamente não publicaria este artigo. Não conseguiram. Felizmente. Escrevo com absoluta liberdade. E outros que de mim discordem podem defender seus pontos de vista com a mesma liberdade.
A intolerância atual é uma nova ‘ideologia’, ou seja, uma cosmovisão – um conjunto global de ideias fechado em si mesmo -, que pretende ser a ‘única verdade’, racional, a única digna de ser levada em consideração na cultura, na política, na legislação, na educação, etc. Tal como as políticas nascidas das ideologias totalitárias, a atual intolerância execra – sem dar audiência ao adversário nem manter respeito por ele – os pensamentos que divergem dos seus ‘dogmas’ e não hesita em mobilizar a ‘inquisição’ de certos setores para achincalhar – sem o menor respeito pelo diálogo – as ideias ou posições que se opõem ao seu dogmatismo. Alegará que são interferências do pensamento conservador e liberal, quando um verdadeiro democrata deveria pensar apenas que são outros modos de pensar de outros cidadãos, que têm tantos direitos como eles.
Aborrece-me a intolerância dos ‘tolerantes’. Incomoda-me o dogmatismo das falanges autoritárias. Respeito a divergência e convivo com o contraditório. Sem problema. Mas não duvido que é na família, na família tradicional, mais do que em qualquer outro quadro de convivência, o ‘lugar’ onde podem ser cultivados os valores, as virtudes e as competências que constituem o melhor fundamento da educação para a cidadania.
Carlos Alberto Di Franco, doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, professor de Ética, é diretor do Master em Jornalismo (www.masteremjornalismo.org.br) e da Di Franco-Consultoria em Estratégia de Mídia (www.consultoradifranco.com) E-mail: difranco@iics.org.br’
INTERNET
Marili Ribeiro
Brasil exporta criatividade na internet
‘O desempenho do Brasil na conquista de prêmios em propaganda online na última década credenciou os profissionais do segmento a desbravar mercados no exterior. Há vários jovens talentos ocupando posições de destaque em outros países, em especial nos cargos de direção de arte, onde a barreira da língua é mais facilmente superada. Esses profissionais estão em agências de países como EUA, Inglaterra, Espanha, França, Dinamarca e Holanda.
No Festival Internacional de Publicidade de Cannes, o Brasil obteve 107 troféus em dez anos de premiação da categoria Cyber Lions, que julga os melhores trabalhos em publicidade para a internet. No mesmo período, os EUA, que lideram com folga os festivais de propaganda mundo afora, ganharam 128 troféus na mesma disputa
Mais do que isso, na competição paralela criada para incentivar os publicitários em começo de carreira, denominada Young Lions, os brasileiros têm feito bonito na apresentação de soluções para mídia online. Dos oito anos de existência dessa premiação específica, as duplas de brasileiros ganharam cinco. ‘Quase todos que ganharam não trabalham mais aqui, foram contratados lá fora’, diz Emmanuel Publio Dias, diretor de marketing e negócios da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Uma das razões para o sucesso dos brasileiros nessa área, segundo Dias, é que a internet ainda permite boas ideias aplicadas de maneira simples. Fabiano Rosa, 32 anos e há cinco meses em Madri trabalhando na filial da rede de agências Wunderman, é a prova dessa constatação. ‘Eles têm aqui banda larga de 20 megabits, enquanto no Brasil a gente dispõe de, no máximo, 8 mega. Mesmo assim, a propaganda interativa deles é mais atrasada. Vivem me pedindo soluções que no Brasil nem são mais usadas’, diz.
Nem todos os mercados que buscam os profissionais daqui estão no mesmo nível, mas a criatividade brasileira é valorizada pela rapidez na apresentação de alternativas, uma característica que encontra apoio na capacidade de improvisação do povo brasileiro. ‘Quando trabalhava no Brasil era tudo mais de um dia para o outro e os ajustes eram feitos no processo’, lembra Valter Klug, 28 anos e há dois anos vivendo fora – primeiro em Londres e agora em Miami, sempre a convite da rede de agências online inglesa Sapient. ‘Aqui eles são bem mais organizados e mais lentos. Chego a gastar o dobro do tempo na criação, mas também não há ajustes no período de implantação.’
Tanto Rosa quanto Klug são diretores de arte. Os dois passaram pelas tradicionais dificuldades de adaptação à língua do país que escolheram, mas nada que os tenha impedido de se arriscar e correr mundo. Rosa, por exemplo, tem planos de ficar um longo período fora e se vê trabalhando até na Suécia. Diz já ter recebido propostas, mas tem contrato por dois anos com a empresa que o levou. Nivia Masumi, de 25 anos, é outra que assumiu o posto de diretora de arte da butique virtual Muse, em Amsterdã, e não se intimidou. Tinha na bagagem, a seu favor, o fato de falar holandês, por ter morado no país por oito anos durante sua infância.
‘Os jovens brasileiros desse mercado online estão quase tão disputados quanto os craques do futebol que jogam no exterior. É um mercado ainda em forte expansão, apesar da crise global’, diz Eco Moliterno, vice-presidente de criação da Wunderman. ‘Eles vão com salários muito superiores aos que ganham aqui.’
A crise pode até ser um fator impulsionador da propaganda online. Em fase de contenção de gastos, muitos anunciantes restringem seus investimentos em marketing e correm atrás da internet, que tem preços inferiores às mídias tradicionais. Há ainda uma intensa busca de fórmulas que consigam se destacar em meio ao excesso de oferta do mundo online.
VOO SOLO
Entre os que foram para fora e agora já traçam voos solo está o diretor de arte Adhemas Batista que, apesar de seus 28 anos, tem carreira sólida na internet, iniciada por conta própria aos 15 anos. ‘Acho que o que abriu as portas para mim foi participar do projeto do site das sandálias Havaianas, porque esse trabalho ganhou destaque na mídia internacional e, a partir daí, os convites pipocaram. Recebi, de uma só vez, seis propostas’, lembra ele, que vive há três anos em Los Angeles, hoje comandando a própria agência, a Magenta, que faz trabalhos até para agências de propaganda do Brasil.’
TELEVISÃO
Keila Jimenez
Record salva festivais
‘A Record conseguiu R$ 16 milhões pela Lei Rouanet para salvar as imagens de seus famosos festivais de música, os gols lendários de Pelé, as primeiras séries nacionais e as imagens da construção de Brasília, entre outras relíquias.
A emissora já começou o processo de digitalização de seu acervo e a busca por empresas interessadas em patrocinar a iniciativa – com base no incentivo fiscal da Lei Rouanet – que pretende preservar imagens de quase 60 anos atrás.
No acervo há cenas do primeiro seriado nacional, o Capitão 7, programas como O Fino da Bossa, de Jair Rodrigues e Elis Regina, festivais de MPB e a Jovem Guarda, de Roberto Carlos.
Muitos dos gols de Pelé – imagens ajudaram a compor o filme Pelé Eterno – fazem parte desse acerco.
Há também poucos episódios da lendária Família Trapo (1967), com Jô Soares e Ronald Golias, uma vez que grande parte da série foi apagada com a chegada do videoteipe.
‘O processo inteiro de digitalização deve levar de dois a três anos, mas já começamos a trabalhar’, fala o diretor da Record Entretenimento, João Luiz Urbaneja.’
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Folha de S. Paulo
Segunda-feira, 1° de junho de 2009
MÍDIA & POLÍTICA
Fernando de Barros e Silva
O Bolsa-Mídia de Lula
‘O jornalista Fernando Rodrigues deu uma grande contribuição ao conhecimento da máquina de propaganda do lulismo. A reportagem que publicou ontem na Folha mostra como, na atual gestão, o Planalto adotou uma política radical e sistemática de pulverização da verba publicitária destinada a promover o governo.
Em 2003, a Presidência anunciava em 499 veículos; em 2009, foram 2.597 os contemplados -um aumento de 961%. Discriminada por tipo de mídia, essa explosão capilarizada da propaganda oficial irrigou primeiro as rádios (270 em 2003, 2.597 em 2008), depois os jornais (de 179 para 1.273) e a seguir o que é catalogado como ‘outras mídias’, entre elas a internet, com 1.046 beneficiadas em 2008.
O que isso quer dizer? A língua oficial chama de regionalização da publicidade estatal e a vende como sinal de ‘democratização’. Na prática, significa que o governo promove um arrastão e vai comprando a mídia de segundo e terceiro escalões como nunca antes neste país.
Exagero? Eis o que diz Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo e membro da Frente Parlamentar de Mídia Regional: ‘Cerca de 50% das rádios e dos jornais do interior pertencem ao comunicador. O dono faz o jornal ou o programa de rádio. Se recebe dinheiro, passa a ter mais simpatia e faz uma comunicação mais adequada ao governo. Há uma reciprocidade’.
Enquanto, na superfície, Lula trata de fazer a sua guerra retórica contra a ‘imprensa burguesa’, que lhe dá azia, no subsolo do poder a engrenagem montada pelo ministro Franklin Martins se encarrega de alimentar a rede chapa-branca na base de verbas publicitárias. É o Bolsa-Mídia do governo Lula.
Essa mídia de cabresto que se consolidou no segundo mandato ajuda a entender e a difundir a popularidade do presidente. E talvez explique, no novo mundo virtual, o governismo subalterno de certos blogs que o lulismo pariu por aí.’
Fernando Rodrigues
Lula, certeza única
‘Quando a popularidade de Lula caiu cinco pontos percentuais, há dois meses, frequentou os céus de Brasília a hipótese do ‘ponto de inflexão’ para o petista. Pela análise propagada, legítima, estaria em curso a inexorável trajetória crepuscular na taxa de aprovação de todo o presidente rumo ao fim do seu mandato.
A julgar pela pesquisa Datafolha publicada ontem, a inflexão, se é que houve, foi só um soluço. Por ora, está abortada. A popularidade de Lula segue como uma das únicas certezas sobre o cenário sucessório de 2010. Há dúvidas sobre quem serão os candidatos do PT e do PSDB e se a tese do terceiro mandato tem ainda alguma chance remota de prosperar. Mas inexistem pontos de interrogação sobre o poder de influência do atual presidente no processo de escolha do próximo ocupante do Planalto.
Certeza em política, manda a prudência, é algo a ser tomado com muito cuidado ou desdém. Um fator extra campo, para emprestar uma metáfora futebolística ao gosto de Lula, poderia muito bem ceifar a popularidade presidencial. Mas é necessário reconhecer que a gordura acumulada pelo petista confere a ele resistência para atravessar um eventual deserto. O momento, como se sabe, era outro, mas não custa recordar que nesta mesma época, em 2001, Fernando Henrique Cardoso tinha 19% de ‘ótimo’ e ‘bom’ no Datafolha. Lula está com 69%.
A resiliência inaudita do petista não surge por geração espontânea. Tampouco é fruto apenas da capacidade de comunicação do ex-sindicalista. Tudo é resultado de uma complexa estratégia de marketing. O governo brasileiro pré-PT sempre foi o maior anunciante do país. Agora, sob Lula, elevou essa condição ao paroxismo. Chega sozinho a 5.297 veículos de mídia impressa e eletrônica. O sabão em pó Omo ou políticos de oposição, por enquanto, não são páreo para Lula.’
PROPAGANDA
Luiz Lara e Dalton Pastore
60 anos da Abap
‘QUATRO ANOS apenas após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os países aliados ainda formalizavam a nova divisão do mundo e a industrialização brasileira mal engatinhava, um publicitário visionário -Armando Moraes Sarmento- reunia, no Rio de Janeiro, os representantes de 11 agências de publicidade e fundava a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (hoje Associação Brasileira de Agências de Publicidade).
Da semente plantada por Sarmento, em 1949, constituiu-se a base para o estabelecimento de uma indústria vigorosa, movida por motivações empreendedoras e uma inabalável vocação democrática e libertária: a indústria brasileira da comunicação.
No decorrer desses 60 anos, a Abap esteve permanentemente empenhada na organização da atividade, tanto no aspecto da viabilidade econômica do negócio quanto no estabelecimento das regras que definiriam a qualidade da relação das agências de publicidade com seus colaboradores, clientes, fornecedores e consumidores.
Em 1978, fez parte do núcleo fundador do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) -iniciativa pioneira que se converteria em emblema da capacidade empresarial, profissional e cidadã dos brasileiros para a autogestão de suas responsabilidades éticas.
Criado e implementado em plena ditadura com o papel de fazer valer aquele código, o Conar teve o mérito de desvencilhar dos critérios dos censores a avaliação do que as campanhas publicitárias poderiam ou não fazer chegar ao público. Com isso, o talento dos profissionais brasileiros ganhou asas, e nossa publicidade foi reconhecida internacionalmente como uma das mais criativas do mundo.
O Conar é um instrumento moderno, eficaz e democrático que, inclusive, defende a sociedade das distorções provocadas pela tendência dos governos à tutela dos cidadãos e cria as condições ideais para que os brasileiros, por meio do uso do bom senso, estabeleçam livremente, há mais de 30 anos, os limites da publicidade.
A autorregulamentação brasileira inspirou diversos países, que criaram seus códigos baseados no nosso. A Abap é também idealizadora e cossignatária do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), criado em 1998 para preservar o justo equilíbrio nas relações de interesses entre agências de publicidade, anunciantes e veículos de comunicação.
Num momento em que o Brasil via-se ameaçado de ser a bola da vez na abordagem dos birôs de mídia -grupos financeiros multinacionais, cuja modalidade de negócios consiste na compra antecipada e especulativa de grandes volumes de espaço nos meios de comunicação-, o mercado reagiu e selou as condições que preservariam a integridade econômica e a independência editorial de nossas televisões, rádios, jornais e revistas.
Iniciativa de salvaguarda da credibilidade da mídia e da saúde financeira das empresas, que define muito bem aquilo que a Abap defende e sempre defendeu: uma economia de livre-iniciativa, cadenciada pela melhor conveniência sociopolítico-cultural da sociedade brasileira.
Em 2008, a Abap realizou o 4º Congresso Brasileiro de Publicidade, 30 anos passados da sua última edição, acontecimento histórico que congregou todas as 33 entidades representativas de todos os segmentos relacionados à comunicação e reuniu o impressionante número de 1.650 participantes de todos os Estados, sob a bandeira da liberdade de expressão.
Quinze comissões deliberaram durante três dias e apresentaram um conjunto de teses voltadas às necessárias adequações do negócio aos novos tempos e ao aperfeiçoamento de suas relações com a sociedade.
Foi constituído o Fórum Permanente da Comunicação, com a missão de implementar aquilo que fosse democraticamente decidido e de se manter vigilante às ameaças daqueles que, recorrentemente, buscam fazer do intervencionismo estatal na comunicação um instrumento de controle da opinião pública. São esses alguns exemplos relevantes da dinâmica de atuação da Abap nessas seis décadas transcorridas.
Representando uma atividade econômica que gera mais de 30 mil empregos diretos e dezenas de milhares de indiretos e recolhe aos cofres públicos milhões de reais em impostos anualmente, a Abap mantém-se empenhada na ativação de um mercado saudável, efervescente, livre e democrático, espaço e oportunidade insubstituíveis para que empreendedores e trabalhadores brasileiros construam, com o uso de seus melhores talentos, um país economicamente mais competitivo e socialmente mais justo.
LUIZ DE ALENCAR LARA, 47, é diretor-presidente-CEO da agência Lew’Lara/TBWA Publicidade e presidente nacional da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade).
DALTON PASTORE JUNIOR, 58, é presidente do Conselho Consultivo da Abap.’
SPFW
Vivian Whiteman
Casting negro agita Casa de Criadores
‘A nova política de cotas para modelos negros, sugerida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e que deve entrar em vigor neste mês durante a São Paulo Fashion Week, já entrou para a pauta da moda. O tema apareceu com destaque na passarela da 25ª edição da Casa de Criadores, que terminou na última sexta-feira, em São Paulo.
No terceiro e último dia do evento dedicado a novos estilistas, a dupla Renan Serrano e Fernanda Ruivo apresentou um desfile-intervenção com casting composto somente por homens e mulheres negros.
Um vídeo simulando um ataque de hackers, com mensagens provocativas, interrompeu a vinheta institucional do evento enquanto modelos vestidos com roupas feitas de pano de chão entravam na passarela.
Apesar de o discurso carecer de reflexão e de organização -a dupla tentou estabelecer conexões entre a decadência do luxo, a pobreza e o preconceito racial-, a performance foi o ponto alto do evento.
Na edição passada da Casa de Criadores, em dezembro de 2008, Fernanda e Renan fizeram uma performance pichando roupas na passarela. Na época, estava pegando fogo a discussão sobre a prisão de uma estudante que pichou o andar vazio da 28ª Bienal de Artes de São Paulo.
Entre as coleções apresentadas para o verão 2010, os destaques foram as grifes João Pimenta e Purpure.
João Pimenta se confirma como o grande nome da Casa de Criadores, apostando em seu charmoso mix de alfaiataria e malharia. Seus caipiras, de botinas e calças curtas, têm uma elegância discreta, formatada em linhos e tecidos barrocos muito bem cortados e em algodão fluido.
Já a Purpure mandou bem no beachwear ‘à paulista’, com uma coleção sexy e divertida, inspirada na cantora Grace Jones. As peças são bastante versáteis; funcionam como maiôs e como bodies.
Rober Dognani, que vem apurando e sofisticando cada vez mais suas desconstruções sobre minivestidos, também merece destaque.
Oba-oba performático
Mas as duas estreias da vez decepcionaram. Milena Hamaní, apontada como revelação, tem boas ideias, mas ainda precisa trabalhar muito sobre suas modelagens se quiser competir no mercado beachwear.
A oNono, em contraponto à dupla Renan e Fernanda, caiu no tipo de oba-oba performático que deveria sumir dos eventos: a grife botou um grupo de modelos fazendo cara de paisagem no heliponto do shopping Frei Caneca. Difícil de ver as roupas, difícil de captar ali uma proposta de moda. Como diria Amy Winehouse, ‘no, no, no’.’
TODA MÍDIA
Nelson de Sá
‘Boom’, o retorno
‘Destaque ontem no site do ‘Wall Street Journal’, logo abaixo e em contraste com a concordata da GM, ‘Emergentes estão saindo da crise financeira global em melhor estado que os desenvolvidos’ e sua ‘saúde levanta as ações’. Uma coluna, também adiantada no site, acrescenta que as ações dos Brics ‘estão pegando fogo, mas os riscos continuam’.
E o ‘Financial Times’ ressaltou que as ações russas recuperam terreno junto aos outros três Brics, em reação iniciada na promessa da reunião do G20, de apoio financeiro aos emergentes.
Na ‘Newsweek’, Fareed Zakaria diz que os ‘tempos de boom voltaram’. Não nos ‘bastiões tradicionais de riqueza e poder, onde está difícil achar boas notícias, mas há um novo mundo lá fora’.
Cita as ações dos Brics e reforça, do Brasil, com o superávit em conta corrente e com os juros de 10,25%, ‘o que significa que pode cair ainda mais’.
IOF, O RETORNO
O ‘Valor’ deu na manchete do fim de semana e ecoa via agências, ‘Investidor deve voltar a pagar Imposto sobre Operações Financeiras’. É para aplicação em renda fixa, sobretudo títulos públicos, cujo IOF havia sido suspenso em outubro em reação à crise. E visa a ‘lidar com o fluxo de capitais estrangeiros’.
ANÁLISE & OPINIÃO
O jornalista Klaus Kleber e outros que simbolizaram a ‘Gazeta Mercantil’, antes mesmo da suspensão do jornal, abriram o site Análise & Opinião. No destaque da semana, ‘foi a fuga de dólares no fim de 2008 que trouxe a crise ao Brasil’, mas ‘não é o dólar que pagará as contas’, agora. Foca os juros.
‘MR. LOBÃO’ QUER TUPI
O ‘FT’ publica e o UOL traduz editorial que contrasta o ‘nacionalismo de recursos’ de Venezuela e México com a ‘atitude mais aberta da Petrobras, que agora ofusca suas irmãs ao norte’.
O jornal saúda que o ministro Edison Lobão, em sinal de ‘pragmatismo, não xenofobia’, tenha aceito em entrevista ‘abrir rodada de licenças para Tupi, convidando as companhias de petróleo privadas’, caso de BP, Shell. Em suma, ‘o projeto de Mr. Lobão de criar uma nova empresa deve ser implantado’.
CUBA Y ESTADOS UNIDOS
Nas manchetes on-line do ‘El País’ ao ‘Washington Post’, ‘Cuba e EUA retomam negociações’. É o que fala o Departamento de Estado, ‘na condição de anonimato’. Para o espanhol, ‘conversas podem abrir a porta para normalizar relações’.
Já o ‘WP’ cobra em editorial que os EUA não aceitem Cuba na OEA e critica Brasil e Chile por defenderem a proposta.
Colunista do ‘El País’, Moisés Naím, editor da ‘Foreign Policy’, lamenta longamente que os EUA priorizem Cuba e não o Brasil, com ‘presidente democraticamente eleito duas vezes e que goza dos maiores níveis de popularidade do mundo’. E que ‘é o país com maior êxito em reduzir a desigualdade… Enfim, um país que não é tão interessante como a fracassada ilha do Caribe’.
LULA, RONALDO E A FUNKEIRA
Sexta, Lula foi manchete do carioca ‘Meia Hora’, com uma entrevista que destacou as respostas sobre Ronaldo, que ‘não é traíra’ por trocar Flamengo por Corinthians, e a ‘popozuda’ Valesca. Ele ‘esnobou’ a funkeira, que ‘apareceu nua na ‘Playboy’ olhando foto do presidente’. Lula disse que ‘em dois ou três meses’ estreia coluna e, ‘se houver interesse do ‘Meia Hora’…’ Domingo, Fernando Rodrigues publicou na Folha que a regionalização da publicidade federal ampliou em 961% o número de meios, parte de nova estratégia de marketing. Sem ‘aumento expressivo no valor gasto, grandes veículos nacionais passaram a receber menos’ e ‘a diferença foi para pequenas rádios e jornais’.
NEUROCIÊNCIA
Também domingo, Julia Duailibi publicou no jornal ‘O Estado de S. Paulo’ que, ‘Para voltar ao poder, PSDB aposta até na neurociência’. Contratou Alberto Carlos Almeida, autor do controverso ‘A Cabeça do Brasileiro’, e busca ‘agenda que evite a terceira derrota consecutiva’. Tem flertado com o neurocientista Drew Westen e com o marqueteiro Dick Morris. Entre outras medidas, a legenda deve ‘engavetar o lema da ‘gerência’ usado em 2006 e focar na defesa de projetos e iniciativas sociais’.
‘JORNALISMO’
Como ‘Big Brother’, ‘A Fazenda’ é dada por Britto Jr., seu animador, como jornalismo e ‘cobertura de uma diversão’. Na estreia, contra venda de ‘meninas’ no ‘Fantástico’ e até Roberto Carlos, o ‘reality show’ perdeu o confronto de audiência, segundo o UOL’
TELEVISÃO
Elvira Lobato
‘TV pública é contraponto à caloria vazia da TV comercial’
‘Os Estados Unidos têm 356 estações de TV pública. Em relação ao Brasil, que conta com 199 emissoras educativas com concessão outorgada pelo governo, o número não chega a ser surpreendente. Mas a distância não está na quantidade de emissoras. As TVs brasileiras que se autodenominam públicas tiveram orçamento de cerca de R$ 500 milhões em 2008. As dos EUA receberam US$ 2 bilhões (R$ 4 bilhões). Aqui, elas dependem basicamente de recursos do governo. Lá, mais da metade da verba vem de doações.
A presidente da American Public TV, Cynthia Fenneman, esteve no Brasil, na semana passada, para participar do 2º Fórum Nacional de TVs Públicas. A APT é a segunda maior distribuidora de conteúdo para as TVs públicas -a primeira é a Public Broadcasting Service. Executiva com 33 anos de experiência em TV e com 12 prêmios Emmy (o Oscar da televisão americana) no currículo, ela julga a TV pública uma contraposição necessária às ‘calorias vazias’ das TVs comerciais.
FOLHA – O que justifica um país pobre gastar dinheiro com TV pública?
CYNTHIA FENNEMAN – Com o crescimento da programação extremamente comercial, que eu chamo de calorias vazias, nas emissoras privadas, a televisão pública torna-se imperativa, para expor pontos de vista diferentes, com viés educativo, para formar cidadãos. Para isso, é importante que ela tenha autonomia em relação ao governo e à propaganda comercial.
FOLHA – É possível ter autonomia e depender de recursos do Estado? Como é o modelo nos EUA?
FENNEMAN – Se somarmos todas as verbas destinadas ao sistema público nos EUA, o orçamento ultrapassa US$ 2 bilhões por ano. As fontes são as doações dos cidadãos e de fundações -responsáveis por mais de 50% do orçamento-, recursos do governo, patrocínios de programas, publicidade corporativa e venda de produtos culturais. A doação individual é de US$ 100 em média, mas há pessoas ricas que contribuem com até US$ 1 milhão. O governo não dá dinheiro diretamente a TVs públicas. Isso é muito importante. Os recursos são entregues à entidade que os representa, a Corporação para a Televisão Pública.
FOLHA – Há uma discussão no Brasil sobre a necessidade de eliminar a propaganda comercial nas TVs educativas. A publicidade é admitida na TV pública norte-americana?
FENNEMAN – Temos o patrocínio corporativo, mas a propaganda comercial não é admitida. No intervalo dos programas podem ser exibidos anúncios de 10, 15 ou 30 segundos. Um fabricante de carros que esteja patrocinando o programa pode mostrar o carro, de modo sutil, sem estimular a compra.
FOLHA – Por que a propaganda comercial é incompatível com a TV pública?
FENNEMAN – Para que as empresas não influenciem no conteúdo. Seria impróprio um anúncio exaltando um produto farmacêutico na TV pública, ou merchandising de produtos de consumo.
FOLHA – As emissoras comerciais contribuem financeiramente para os canais públicos?
FENNEMAN – Os EUA não seguem esse modelo inglês. Eu bem que gostaria. Fazemos algumas coproduções com emissoras comerciais, mas não são frequentes. O mais comum é a cooperação entre TVs públicas.
FOLHA – Nas TVs públicas dos EUA há programas recorrentes também na TV comercial. O que diferencia o conteúdo de uma e outra?
FENNEMAN – Nos propomos a oferecer entretenimento com consciência. Programas de gastronomia são apresentados por profissionais com longo background de especialização, que efetivamente ensinam a preparar o prato. Nas TVs comerciais há preferência por rostos bonitos. O interesse principal não é ensinar a cozinhar.
FOLHA – Seria uma TV menos glamorosa?
FENNEMAN – O glamour não é o foco central, o que não impede que se busque pessoas com apelo visual e estética.
FOLHA – A audiência é um assunto tabu para grande parte das TVs públicas brasileiras. Qual é a audiência das TVs públicas nos EUA?
FENNEMAN – A audiência média no horário nobre é 1,2%, mas chega a 5% em alguns programas nos fins de semana. É um bom desempenho. A audiência média dos canais HBO e History Channel é de 0,8%, e a do Discovery, 0,7%. Há 190 canais de TV nos EUA. A TV pública está em 15º lugar em audiência.
FOLHA – Como os canais públicos se comportaram na cobertura da gestão Bush? Há autonomia editorial?
FENNEMAN – No governo Bush, parte dos telespectadores reclamava que a cobertura era muito liberal, mas outra parcela reclamava do oposto. As emissoras buscam uma linha neutra. A pressão vem de congressistas que querem reduzir o repasse do governo para a TV pública com o argumento de que há áreas mais prioritárias. Contrapomos essa pressão apresentando ao Congresso aspectos positivos da TV pública.
FOLHA – Vocês já têm clareza sobre o modelo de negócios viável para as novas mídias, como a internet?
FENNEMAN – É um grande desafio. O que fazer quando os conteúdos passam a ser oferecidos gratuitamente na internet? O financiamento das TVs públicas foi pensado para os custos da TV tradicional.’
Daniel Castro
Macedo faz pregação a artistas da Record
‘Líder da Igreja Universal e dono da Record, o bispo Edir Macedo se reuniu na última terça com executivos e apresentadores (inclusive de telejornais) da emissora. Eles foram convidados para uma palestra sobre como conseguir sucesso, mas viram também pregação religiosa e autoajuda.
O encontro inédito foi no hotel Hilton, em São Paulo, e durou mais de três horas. Foi agendado pela Associação de Mulheres Cristãs. Dos apresentadores, só não estiveram presentes Tom Cavalcante e Celso Freitas, em gravações, e Eliana.
Segundo testemunhas, Macedo falou à elite da Record que só se consegue o sucesso acreditando em Deus e dando ao próximo. Fez longa defesa do dízimo e abriu para perguntas. O bispo demonstrou irritação com alguns membros da igreja, que fizeram longos testemunhos de superações pela fé.
A ex-apresentadora do ‘Jornal da Record’ Adriana Araújo perguntou sobre controle de natalidade. Foi a deixa para Macedo defender o aborto. Britto Jr., apresentador de ‘A Fazenda’, disse que leu todos os livros de Edir Macedo e quis saber se, por se considerar ambicioso, não correria o risco de se tornar egoísta. O bispo recomendou que o jornalista comece a doar urgentemente.
Ao final, Macedo afirmou: ‘Vocês, artistas da Record, têm de acreditar em vocês mesmos para dar audiência. Se eu fosse artista, iria arrebentar!’.
CANCELADO 1
Um jornal do Ceará publicou sexta-feira que a Globo irá gravar ‘Jogo Duro’ em uma área entre as praias de Lagoinha e Fleixeiras. Na verdade, essa seria a locação de ‘No Limite’ -’Jogo Duro’ será gravado a partir de quinta no Projac.
CANCELADO 2
O vazamento irritou o diretor de núcleo J.B. Oliveira. Ele diz que o Ceará não será mais cenário de ‘No Limite 4’.
TIME ECLÉTICO
‘Jogo Duro’ será um jogo em que os participantes terão de juntar a maior quantia de dinheiro em menor tempo dentro de uma área delimitada, onde tomarão sustos. Os oito participantes serão ecléticos. No primeiro episódio, haverá uma empregada doméstica e um homem de 60 anos.
RODÍZIO
Marcia Goldschmidt, Adriane Galisteu e Silvia Poppovic serão apresentadoras nesta semana do ‘Dia Dia’, da Band. Substituirão Lorena Calábria, que vai a Parintins (AM) gravar reportagens para o programa.
ORIENTE-SE
O AXN exibe hoje, às 21h, um especial sobre ‘Lost’. O programa recapitula parte da história do seriado, fala sobre o destino dos seis sobreviventes que saíram da ilha e sobre os que continuaram lá.
APRENDIZES
A Record foi líder no Ibope com o último capítulo de ‘O Aprendiz 6’, mas, na média de todos os episódios, a última edição teve desempenho discreto. Marcou 10,6 pontos, contra 12,4 de ‘O Aprendiz 5’. Só não ficou atrás do primeiro.’
Folha de S. Paulo
Semana termina dez temporadas
‘O canal a cabo Warner Channel exibe nesta semana os últimos episódios das temporadas de nove seriados, a partir de hoje e até sábado.
‘Cold Case’, por exemplo, termina sua sexta temporada hoje, às 21h. Na sequência, vem o final de ‘Eleventh Hour’, às 22h. Amanhã, das 20h às 22h, é a vez dos desfechos de ‘Big Bang Theory’, ‘Two and a Half Men’ e ‘Smallville’.
A segunda temporada de ‘Gossip Girl’, uma das séries de maior sucesso do canal, acaba na quarta, às 22h, com as festas de formatura dos personagens.
Na quinta, tem ‘The Mentalist’, às 21h, e ‘Supernatural’, às 22h. Sábado, é a vez de ‘Terminator’, à 0h. As classificações indicativas das séries não foram informadas.
O AXN também encerra um de seus seriados mais populares, ‘Damages’ (não indicado para menores de 16 anos), sobre uma advogada de Nova York interpretada por Glenn Close. O final da segunda temporada é amanhã, às 21h.’
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