O aumento no número de casos de difamação contra empresas jornalísticas no ano passado levou o Conselho Nacional de Imprensa da Tailândia a organizar um encontro entre 100 jornalistas representando 22 grupos de mídia para o debate de soluções ao problema, que a imprensa local considera como um ataque político a sua independência. A reunião rendeu a criação de um fundo para combater os processos legais e para dar início a uma campanha pela mudança da legislação sobre difamação no país. O fundo será aberto a contribuições do público.
‘A mídia na Tailândia enfrenta uma situação crítica. Em vários incidentes, a liberdade de expressão tem sido ameaçada, o que faz com que o direito do público a informações seja ameaçado também’, afirmou o Conselho em uma declaração após o encontro.
O primeiro-ministro do país, Thaksin Shinawatra, representa uma das maiores ameaças à imprensa local. Entre diversos processos abertos por alguma alta figura política ou por alguma grande companhia ligada ao governo, está o recentemente instaurado pelo primeiro-ministro contra um executivo de mídia, no valor de US$ 12 milhões. A Shin, maior empresa de telecomunicações da Tailândia, fundada por Thaksin, abriu dois processos por difamação no ano passado contra o jornal Thai Post pedindo mais de US$ 9 milhões de indenização.
O primeiro-ministro, que é acusado por seus oponentes de ser intolerante a críticas, defende seu direito de processar. ‘As pessoas têm o direito a privacidade, e este direito não deveria ser desrespeitado. Se acontecer, elas devem defendê-lo pedindo que um tribunal decida por elas. Isto é um processo democrático’, afirmou em uma coletiva de imprensa. Informações da Reuters [6/10/05].
Revista japonesa admite plágio
A revista semanal japonesa Shukan Kinyobi admitiu ter copiado partes de reportagens de dois dos maiores serviços de notícias do país. Em cartas assinadas pelo editor-chefe, Hajime Kitamura, a revista se desculpou pelo plágio às agências Kyodo e Jiji. A matéria em questão, publicada na edição de 16/9, tinha como tema o Partido Democrata Liberal. Algumas frases do texto foram copiadas de notícias publicadas alguns dias antes pelas agências. A revista não é assinante de nenhuma delas. O plágio foi descoberto depois que um leitor atento notou as ‘coincidências’, o que levou a uma investigação interna. Informações da UPI [6/10/05].