O jornalista iraniano Yaghoob Mirnehad, acusado de terrorismo e sentenciado de morte, foi executado no dia 4/8 na cidade de Zadehan, afirmou o judiciário do Irã. Segundo reportagem da AP [5/8/08], o repórter foi acusado de envolvimento com o grupo Jundallah (‘Brigada de Deus’), que opera na fronteira do Irã com o Paquistão, onde lançou uma série de ataques contra soldados e policiais iranianos.
Mirnehad trabalhava para o diário de Teerã, Mardomsalari. Ele também presidia uma organização de caridade focada em educação infantil. Em 2007, foi preso em Zahedan. O porta-voz do judiciário, Ali Reza Jamshidi, disse que a sentença de Mirnehad não tinha ligação com sua profissão, sem dar mais detalhes. A emissora estatal Press TV reportou em seu sítio que outro membro do Jandallah foi executado junto com o jornalista.
A região em que o grupo Jundallah opera é um ponto chave no tráfico de narcóticos no país. O governo acusa o grupo de ter ligações com a al-Qaeda. O líder Abdulmalak Rigi afirmou que o grupo luta pelos direitos dos muçulmanos sunitas num Irã sob governo xiita. Jamshidi não especificou qual era o papel de Mirnehad no grupo.