Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Mudanças na grade

Em nota que publicou em seu blog no último sábado (14/2), Luís Nassif informa que, após conversas com BandNews, Record News e SBT, acertou levar para a TV Brasil (EBC) o programa sobre políticas públicas que diz ter tentado e não conseguido fazer na TV Cultura, emissora que deixou no final de janeiro. Segundo ele, nesses anos todos, optou por não procurar nada em tevê aberta para poder concretizar esse modelo, que só caberia nas tevês públicas. ‘Já estamos nos passos finais e, em breve, creio que colocaremos no ar – na tevê e na internet – uma experiência inédita, que trará muitos frutos para o País’, garante. Nassif informa ainda que, na TV Brasil, além do programa, participará algumas vezes por semana do jornal.


Alberto Dines, citado nominalmente por Nassif no blog – ‘Outro programa que sai da Cultura para a TV Brasil é o Observatório de Imprensa, do Alberto Dines, mais respeitado programa de discussão sobre a mídia no Brasil’ –, disse a J&Cia que o OI não está migrando para a TV Brasil: ‘O OI é um programa criado há 11 anos pela TVE e naturalmente incorporado à TV Brasil. Éramos caronas da TV Cultura e como tal muito mal-tratados e desconsiderados. Soube extraoficialmente que fomos excluídos da grade. Na prática já estávamos. Em São Paulo estamos agora ao vivo, às 22h40, também pelo Canal 4 da Net’.


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Da Cultura sobre o OI


Gabriel Priolli (*)


Prezado Alberto Dines,


Recebemos com espanto e decepção os seus comentários ao boletim Jornalistas & Cia, relativos ao tratamento que o programa Observatório da Imprensa teria recebido da TV Cultura, ao longo do período em que esteve abrigado em nossas instalações e em nossa grade de programação. Sobre esses comentários, temos a objetar o seguinte:


1) O Observatório da Imprensa jamais foi ‘carona’ na TV Cultura, nem temos memória de algum momento em que a sua equipe, apresentador incluído, tenham sido ‘muito maltratados e desconsiderados’. O programa foi incluído na grade de programação da emissora e recebeu recursos de produção, ao longo de vários anos, por força de um acordo da Fundação Padre Anchieta com a então existente Fundação Roquette Pinto, mantenedora da TVE do Rio de Janeiro. Sempre honramos os termos pactuados, oferecendo ao Observatório da Imprensa as melhores condições possíveis para a sua realização.


2) Os referidos recursos de produção cedidos pela FPA ao programa, que envolviam o uso de nossos estúdios e de nossas equipes de captação externa, tinham um custo aproximado de R$ 9 mil por edição, em valores de 2008. Portanto, a FPA dispendia com o Observatório da Imprensa, mensalmente, um montante não inferior a R$ 36 mil, cifra suficientemente expressiva para, por si só, demonstrar a consideração que o programa sempre nos mereceu.


3) A FPA decidiu suspender o acordo relativo ao Observatório da Imprensa por entender que os recursos nele empenhados poderiam ser melhor aplicados em outras opções de programação. Além do que, com o ingresso da TV Brasil na cidade de São Paulo e sua expansão em rede nacional, acreditamos que o público telespectador do programa já está bem atendido pelo sinal da emissora co-irmã, sendo desnecessária a sua replicação pela TV Cultura e emissoras coligadas.


4) Não houve comunicação ‘informal’ ao Observatório da Imprensa, de sua exclusão da grade de programação da TV Cultura. A comunicação oficial foi feita no dia 9 de fevereiro último, em resposta a consulta da produtora do programa em São Paulo, Rose Cornelsen, conforme mensagem anexa.


Atenciosamente, Gabriel Priolli


(*) Coordenador de Conteúdo e Qualidade, Fundação Padre Anchieta/TV Cultura


 


Alberto Dines responde


Assunto esclarecido pelo item 4: a comunicação ‘oficial’ foi feita a uma consulta da produtora do programa. Belíssima maneira de encerrar uma parceira de quase 11 anos. (A.D.)