Nem toda matéria jornalística fica para a posteridade. Ela, dificilmente, pode ser entendida como um bem durável porque o seu ciclo de vida está restrito ao período determinado pela periodicidade da mídia que a contém. São poucas as matérias que atingem o status de fonte histórica para oferecer ao público uma explicação convincente sobre o fato relatado.
Por ser um produto de consumo imediato, que representa um momento e um episódio na vida das pessoas e das organizações, o trabalho de comunicação de fatos deve ser muito bem avaliado pelo profissional que tem a incumbência de fazê-lo. Acima da técnica de comunicar está o domínio de dois outros importantes critérios que ampliam o poder e a responsabilidade do comunicador, que são os princípios éticos e a capacidade de representação, mediada pelos valores da fonte e dos receptores.
A obra de Rivaldo Chinem, caro leitor, trata de algumas representações e principalmente dá a abertura necessária para transformar a atividade de assessoria de comunicação em uma especialidade imprescindível a todas as corporações que tenham a firme determinação de cumprir o seu papel em uma sociedade cada vez mais complexa.
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Professor da ECA-USP