A Press Complaints Comission (PCC), órgão que fiscaliza a imprensa no Reino Unido, solucionou no ano passado 41% a mais de casos de denúncias contra jornais britânicos do que em 2004. Em 2005, o órgão recebeu 3.654 queixas.
Na divulgação do relatório anual da PCC, Christopher Meyer, presidente do órgão, afirmou que o resultado foi ‘extraordinário’ e que a comissão conseguiu diminuir o número de correções ou esclarecimentos publicados ‘rotineiramente isolados no verso do jornal’. Segundo Meyer, mais de ¾ das correções e desculpas apareceram na mesma página ou um pouco mais adiante do artigo que recebeu a reclamação. Já as retificações que aparecem nas colunas de correções apresentaram um aumento de 82%.
Nada de multas
O órgão segue a política de não multar editores por erros, por considerar que o sistema atual de fiscalização é mais efetivo. ‘Eu considero que citar e envergonhar editores é uma sanção mais poderosa do que a habilidade de impor multas’, observa Meyer.
Desde que foi criado como um órgão independente para receber reclamações sobre a imprensa britânica há 15 anos, Meyer acredita que a PCC ‘mudou a cultura’ da indústria da mídia do Reino Unido. No entanto, o presidente afirma que o órgão ainda não é conhecido por grande parte do público britânico. ‘Eu peço aos editores que publiquem referências diárias a PCC’, diz Meyer. Informações de Stephen Brook [The Guardian, 25/5/06].