O Pentágono anunciou na semana passada que autorizou o uso de Twitter, Facebook e outras redes sociais no Exército, alegando que os benefícios são maiores que as preocupações sobre segurança, noticia Phil Stewart [Reuters, 26/2/10]. ‘A proposta desta política é reconhecer que precisamos tirar vantagem destas ferramentas 2.0’, afirmou David Wennergren, secretário-assistente do Departamento de Defesa.
A decisão, que vem em um momento em que são grandes as questões de cibersegurança, aplica-se apenas para a rede não protegida do Exército e pode influenciar nas forças armadas, incluindo a Marinha, que proíbe redes sociais nos computadores do trabalho. As redes sociais vêm se tornando cada vez mais importante para o exército americano. O almirante Mike Mullen, por exemplo, tem mais de 16 mil seguidores no Twitter. O secretário de Defesa Robert Gates acredita que o uso de mídias sociais pode ajudar o Pentágono a interagir com os membros do exército, muitos deles na faixa dos 20 anos. Críticos, no entanto, alegam que há riscos de vazamento de informação, de abertura do sistema para hackers e também de sobrecarga na banda larga da rede do Departamento de Defesa.
A nova política continua proibindo acesso a sites de pornografia online, apostas e que incitam o ódio. Além disso, permite que comandantes temporariamente limitem o acesso à rede se a banda larga estiver sobrecarregada. ‘Há dois imperativos. Um sobre a habilidade de compartilhar informação. O outro é sobre a segurança – temos que ser bons em ambos’, afirmou Wennergren. ‘Há mil maneiras de se comprometer uma missão – ao mandar um email ou um por telefonema. O melhor é treinar as pessoas, para que elas saibam o que pode e o que não pode ser revelado’.