Sou jornalista. Isso bem antes de encarar quatro longos anos de faculdade. Comecei na comunicação profissional em 1991.
Ao longo destes 18 anos de profissão, vivi a comunicação e observei como a informação é instrumento de libertação, com consequente maior participação popular no contexto social.
A exigência do diploma e a vontade de me aprimorar me conduziram aos bancos da faculdade.
Foram quatro anos de dedicação, sacrificando a família, a vida e, em várias ocasiões, a saúde.
Hoje sou surpreendido com o julgamento do STF. Sem entrar no mérito da questão, pergunto: o que faço agora com o meu diploma? E o tempo e dinheiro investidos?
Mais uma vez, os barões da comunicação impõem o que querem em nome de um jornalismo rendido ao poder econômico que vive de apresentadores biônicos e estrelas da hora. Qualidade na informação? Pra quê? Basta um jornal com uma mulher pelada na primeira capa e pronto!
Quanto a mim, vou continuar e quem sabe ano que vem volto para os bancos da universidade, desta vez para me aventurar num curso de História (?).
Como já dizia o poeta: ‘Brasil, mostra tua cara. Quero ver quem paga pra gente ser assim.’
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Jornalista, Rio de Janeiro, RJ