O Corinthians é o maior vencedor da Copa São Paulo de Juniores (nove títulos, o último conquistado dia 25 passado, no Pacaembu, contra o Botafogo de Ribeirão Preto), num torneio realizado anualmente e que reúne cerca de 100 times, entre os quais os 20 da série A do Brasileirão. É natural que a cada ano […]
Artigos de Silvia Chiabai
Quer esquecer a pieguice de Em Família, a presunção tecnoglobalizóide de Geração Brasil e o rosário de tragédias dos telejornais? Seus problemas acabaram: impossível não se deixar arrebatar pelo colorido circense e a caipirice charmosa de Meu pedacinho de chão, novela das seis da Rede Globo, escrita por Benedito Ruy Barbosa em 1971, mas reciclada […]
A pena de Laerte, personagem de Guilherme Leicam/Gabriel Braga Nunes emEm Família, nova novela das nove da Globo, por tentativa de homicídio, não poderia ser mais branda: apenas um ano de prisão. O personagem, que comete o crime tomado pela raiva e pelo ciúme, é também premiado pelo curso dos acontecimentos: viaja para a Europa, […]
A tarefa do Guia Quatro Rodas Brasil não é nada fácil: selecionar e classificar hotéis, restaurantes e passeios em 12.600 lugares de 900 cidades do Brasil, e ainda publicar mapas das regiões. Seu lema é “a gente vai antes para você ir melhor”. As implicações político-econômicas desse gênero de publicação são evidentes: uma simples menção […]
Concordo com Carlos Brickmann, de que o que considero verdadeira campanha difamatória promovida pela mídia contra Chico Buarque, por sua posição a favor das biografias autorizadas, se configure “patrulhamento ideológico” (ver aqui). Mas há outras razões para isto. As biografias são um reduto de trabalho para jornalistas de todos os setores e matizes. Dependendo da […]
Ainda que prometa um destino “de princesa” para a Perséfone deAmor à Vida (Globo), dificilmente os gorduchos esquecerão as humilhações a que o autor Walcyr Carrasco submeteu a personagem vivida por Fabiana Karla na novela das nove. Fabiana é comediante e não foi escalada por acaso. Carrasco pretendia fazer o público rir das aflições de […]
Já na abertura percebe-se que não se trata de uma novela para públicos como o de Avenida Brasil (viciados em adrenalina): as ilustrações artesanais repletas de lirismo oriental de Luciana Grether Carvalho vêm coadjuvadas por música (indecisa entre o meigo e o singelo) especialmente composta por Gilberto Gil. E o título resgata o acento da […]
Já na abertura percebe-se que não se trata de uma novela para públicos como o de Avenida Brasil (viciados em adrenalina): as ilustrações artesanais repletas de lirismo oriental de Luciana Grether Carvalho vêm coadjuvadas por música (indecisa entre o meigo e o singelo) especialmente composta por Gilberto Gil. E o título resgata o acento da […]
Multidões nas ruas não me impressionam: o nazismo levou o povo alemão em peso às praças e avenidas de Berlim e grandes cidades germânicas nas décadas de 1930 e 1940, iconografia que pude estudar nos filmes de Leni Riefenstahl durante minha tese de doutorado (“Telejornalismo: estética do engodo”, PUC-SP, 1994). O que se vê agora […]
Não vi a entrevista de Paul Breitner à ESPN, mas conheço a retórica que o torna o guru dos jornalistas eurocêntricos: “O Brasil não joga bola há 20 anos”. A bovina crônica esportiva brasileira (salvo raras e honrosas exceções, como Luiz Zanin, do Estado de S.Paulo) não se dá ao trabalho de lembrar que a […]
Não faz muito tempo, me queixei aqui da falta de talentos literários na crônica esportiva (“Futebol brasileiro carece de defesa com estilo”) e de como a ausência de um Nelson Rodrigues era proporcional à carência de craques no gramado. Confesso que a interrupção do blog de José Roberto Torero, um dos melhores cronistas em atividade, […]
O último desafio da mídia esportiva é encontrar motivos para a fraca bilheteria do futebol brasileiro (os campeonatos europeus estão “bombando”, em termos de público). E os eurocêntricos já acharam a resposta: o nível fraco das competições disputadas aqui. Como toda solução sem complexidade, o argumento sucumbe aos fatos: como o Flamengo, que vinha jogando […]
A morte do garoto Kevin Espada desencadeou uma histeria (euforia?) anticorintiana na mídia esportiva (tema que já abordei neste Observatório em “Mídia e paixão clubística”, partes I e II). Como objetividade nessa área é difícil de encontrar (Cláudio Carsughi, do UOL, e Paulo Júlio Clement, da Fox, são dois raros exemplos de imparcialidade), a alegria […]
Na sua alegre adesão aos vencedores e a tudo que lhe pareça superior, nossa mídia esportiva adora incensar o garoto Neymar. Assim, basta o craque dar um drible mais criativo e pipocam nos blogs e colunas neologismos, crônicas derramadas e poesias concretas sobre o feito do jogador. Quando ausente porque bem marcado ou perde um […]
Segunda-feira, 4 de fevereiro. Todos os sites e telejornais do dia noticiam o escândalo de corrupção em jogos de futebol apurados pela Europol, que envolve vários países do mundo, principalmente da Europa. No entanto, na ESPN, emissora famosa por sua politização, o programa Linha de Passe de segunda (21h) não faz sequer menção ao caso […]
Horário de verão, público masculino, audiência evangélica. Estes são, a meu ver, os fatores que dão a Salve Jorge (Globo, 21h) os cerca de cinco pontos a menos na aferição média do Ibope em relação à sua antecessora, Avenida Brasil. O que, portanto, não justificaria a artilharia quase unânime dos críticos especializados à novela de […]
Ninguém nega que o fator psicológico é fundamental para a vitória em qualquer esporte. Ele pode ser resumido até em um quesito: autoconfiança. O autor João Emanuel Carneiro satirizou a questão através de um personagem da novela Avenida Brasil: Adauto usava chupeta ainda adulto. Na hora de bater um pênalti, um jogador adversário, sabedor de […]
“Para nos vencer, o alemão ou o suíço teria de passar várias encarnações aqui. Teria que nascer em Vila Isabel ou Vaz Lobo. Precisaria ser camelô no Largo da Carioca. Precisaria de toda uma vivência de gafieira, de cachaça, de malandragem em geral” (Rodrigues, Nelson. Em: O futebol em Nelson Rodrigues:o óbvio ululante, o Sobrenatural […]
A felicidade não se compra (Frank Capra, 1946) é um clássico bem-humorado e sensível do tipo que raramente se vê hoje em dia (passa de vez em quando no Telecine Cult), mas não interessa às novas gerações porque a cópia não foi colorizada nem seu ritmo é o de ação contínua, típica das produções comerciais […]
Da imaginação fértil e da perspectiva comercial de traduções livres é que surgiram versões para o português de títulos de filmes clássicos, como Os brutos também amam, cujo original é Shane (1953), O pecado mora ao lado, The seven year itch (1955), Assim caminha a humanidade, Giant, (1956), Amor, Sublime Amor, West Side Story, (1961) […]