Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Artigos de Tiago Lobo

E agora, imprensa?

Estou perplexo. Já escrevi aqui sobre a conduta desregrada de uma imprensa inquisidora que condenou uma jovem torcedora do Grêmio à fogueira da opinião pública. Ela errou e teve que responder pelos seus atos. Mas isso não incluía perder o emprego, ter a casa atacada e queimada, ser vítima de agressões etc. Agora, isso acontece […]


A RBS e os jornalistas

Quando o então jurado do grande Prêmio Esso de reportagem Milton Coelho da Graça publicou um belo texto neste Observatório sobre a polêmica premiação do jornalista Renan Antunes de Oliveira, com “A Tragédia de Filipe Klein”, eu pensei que nós, jornalistas, tivéssemos aprendido alguma coisa. A premiação contestada pela grande imprensa se deu, principalmente, pela […]


O jornal e a utopia metropolitana

Zero Hora dá aula de como cavar a própria vala. Suja, rasa, sem lápide, para ser enterrada como indigente. E só eles, enquanto negociam vinhos, pirulitos e “negócios digitais”, não se dão conta do que perdem. Independente dos motivos, grandes nomes que faziam valer a leitura daquelas páginas mal acabadas foram seguindo seu rumo. Altair […]


O ‘making of’ de uma grande matéria

Fui ver como é que os grandes trabalham e acompanhei um repórter vencedor de um Prêmio Esso nacional durante a produção de uma reportagem – descobri que Renan Antunes de Oliveira é igualzinho a todos nós. Primeiro é o mito da reportagem. Sua preocupação era com água, chave, i-Pad, comida, internet, celular, carro, gasolina, pedágio, […]


Quando a imprensa esquece seu código

A imprensa está descontrolada. Rasgou a ética e tornou-se marginal. A cobertura dada à jovem torcedora do Grêmio que dirigiu insultos racistas ao goleiro Aranha, do Santos, é um retrato, com técnicas do hiper-realismo, que recria um movimento medieval de caça às bruxas. Pela imprensa, ela foi acusada, apedrejada e queimada na fogueira da opinião […]


Ser jornalista pode doer

Descobri que ser jornalista dói na alma e intriga a consciência. É uma espécie de vício e competição absurda, consigo mesmo, pela busca de histórias cada vez melhores, mais bem contadas e apaixonantes. Este processo é fisicamente desgastante e exaustivo para a mente, mas ao final de sua efemeridade oferece um êxtase tão profundo que […]


Sobre o papel social do jornalismo

Penso que o papel do jornalista, na sociedade do consumo, é interpretar e traduzir informações. Não cabe a ele apenas informar. Devido à saturação da informação, cabe ao jornalista interpretá-la, atribuindo-lhe sentido e precisão na produção de um bem intelectual que dê ao receptor a possibilidade de refletir e, também, de interpretar. É aí que […]