Lamentável a abertura do Roda Viva do dia 14/7/2004, na qual o entrevistado era o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT). No clipe inicial em que apresentam o convidado aparecem imagens do senador Eduardo Azeredo (PSDB), adversário regional do entrevistado. Parece que o conchavo tucano em torno da TV Cultura, da qual o ex-secretário da Cultura do governo Covas se tornou presidente num processo nebuloso, já está funcionando. Triste fim para o jornalismo da TV Cultura, que um dia já foi referência para muitas outras TVs.
Maurício Araújo, químico, São Paulo
E o Pasquim se foi…
Por que não o estilo do velho Pasquim, formal e fundamentalmente? Menor, mais barato e mais viável. Fui leitor e assinante daquele até seus estertores finais e me entristeço constatando que nos deixou na mão; tudo aquilo contra quem quixotescamente se voltava está aí, com toda força. Só o Pasquim se foi…
Ilton Dellandréa, aposentado, Porto Alegre
O Pasquim21 não acabou – Monique Cardoso
A novela sumiu
Quando uma novela estrangeira tem baixo ibope a emissora fala que tiveram problemas com a importação, e retiram no meio. Retiraram a novela Paixões ardentes do ar sem dar explicações aos telespectadores e não são punidos.
Ellen Roxana Cardoso Lucas, artesã, Sorocaba, SP
Ciência lúdica
O artigo é feliz quando trata da importância de desmistificarmos conceitos truncados, trazidos nos livros didáticos, como o fato do pescoço alongado das girafas apenas ao fator busca de alimento nos arbusto. Apesar de não ver nenhum problema em trazer exemplos que delineiem as diferenças conceituais entre duas teorias que tratam da mesma questão.
Gostaria, também, de pontuar que a seleção sexual também se configura numa seleção natural. A autora do artigo faz a seguinte declaração, no 30º parágrafo:
(…) ‘Estampar num livro, lado a lado, a explicação lamarckista e a darwiniana para o tamanho do pescoço da girafa produz como efeito imediato a adesão do leitor à teoria darwiniana, sem lhe dar oportunidade para reflexão, por absoluta falta de maiores subsídios. É, em outras palavras, manipulação.’
Penso que só um professor pouco informado e desconhecedor da história da ciência teria a atitude descrita acima, pois cabe ao profissional de educação estar sempre pontuando, para seus alunos, os momentos históricos nos quais essas teorias foram divulgadas e defendidas, como também, as condições tecnológicas de que dispunham na época.
Quanto à questão de explicar aspectos da ciência como se contam histórias, penso que seria a forma mais lúdica em que se poderia pensar para o ensino de Ciências nas escolas; talvez fosse uma possibilidade de os estudantes acharem esse estudo menos chato.
Porém, reafirmo o que disse anteriormente, é de suma importância desmistificarmos os conceitos truncados que ainda vêm sendo divulgados nos nossos livros didáticos. Mas, para tanto, é preciso que haja um corpo docente extremamente atualizado conceitualmente e que esteja produzindo o seu material didático, pois os livros didáticos ainda estão aí circulando com suas desatualizadas informações.
Lúcia Valois Leite
Girafas, mariposas e anacronismos didáticos – Isabel Rebelo Roque