Que bom tê-lo de volta, Leitor. Sem Weis este Observatório perde a metade da graça. E vão me desculpando todos os outros observadores, mas eu sou um caso de concordância explícita com as opiniões e com a elegância desse Leitor.
Helena Palmquist, jornalista, Belém
905 fotos e uma recusa no New York Times – Luiz Weis
Brazucas desinformados
Chega a ser ridículo um jornalista brazuca não checar o número de mortos com fontes do Oriente Médio. Existem dezenas de jornais online de lá, com textos em inglês. Alguns exemplos: www.gulf-news.com/; www.khaleejtimes.com/; www.dailystar.com.lb/, só para ficar em três deles…
Marcel Leal, empresário, Itabuna, BA
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A verdade dos números – Carlos Brickmann
Todos usaram
O terrorismo não é um fenômeno atual. Sempre existiu e não é nem nunca foi uma prática exclusiva de mulçumanos. Todos os povos colonizados ou oprimidos usaram o terrorismo na luta de libertação, como por exemplo, a resistência francesa contra os nazistas, os americanos contra os ingleses, os israelenses contra os ingleses etc. O xador pode ser rotulado de ‘símbolo religioso ostensivo’, pois é um símbolo tanto quanto a cruz, o terço, o véu das beatas, a estrela de Davi, o solidéu, os berloques e as cicatrizes do candomblé. Tampouco ‘todos os terroristas do mundo são mulçumanos’. Bush não é muçulmano, Putin não é muçulmano, Sharon não é muçulmano e todos praticam o pior terrorismo do mundo – o terrorismo de Estado. (…).
Roberto Bittencourt, aposentado, Rio de Janeiro
Omissão lamentável
Dines certamente é um homem bem-informado, e por isso não creio que realmente acredite nessas coisas terríveis que anda escrevendo. O nazismo, é sabido, contou com a tolerância e até mesmo a simpatia de inúmeros aristocratas europeus e big bosses americanos, além, é claro, do apoio dos stalinistas. Minimizar a violência de Nagasaki e Hiroxima é demais para qualquer um com um mínimo de bom senso. Omitir os milhares de iraquianos civis mortos é lamentável. Será que a mídia está querendo fazer média com alguém?
Roberto Bittencourt, aposentado, Rio de Janeiro
Só a mídia é capaz de vencer o terrorismo – Alberto Dines
Sem complexidade
O artigo é péssimo, maniqueísta, sensacionalista e redutor. Não aborda o problema em sua complexidade. Mas o mais espantoso é vê-lo publicado num site que se pretende lugar de discussão e de um jornalismo crítico e, na medida do possível, isento.
Júlia Enone, jornalista, Rio de Janeiro
Como continuar acreditando? – Giulio Sanmartino
Tendência anti-semita
É incrível a tendência anti-semita na mídia atual, vide recente artigo publicado pelo jornalista Milton Temer no JB. De acordo com Temer, o terrorismo árabe é uma propaganda criada pelos próprios judeus. Será que ele também compartilha do pensamento de que o Holocausto foi uma propaganda sionista e nunca existiu? Qualquer forma de terror tem que ser punida, inclusive a prática de defender um erro utilizando outro. Não há registro de que o governo de Israel tenha apoiado em nenhum momento de sua história os terroristas do Hamas, do Hizbolah ou bin Laden para combater correntes nacionalistas ou de esquerda no Oriente Médio, conforme insinuou o artigo.
É lógico que numa guerra sempre há vítimas inocentes, mas uma coisa é certa, o exército israelense com toda a sua suposta ‘tirania’ nunca se utilizou da inocência de crianças e jovens para usá-los como ‘homens-bomba’, com a ilusão de que chegarão ao paraíso. Nem tão pouco esses jovens são educados com armas e com o único propósito na vida de odiar e eliminar uma nação. Certamente os judeus não quiseram copiar o exemplo europeu de extinguir as nações indígenas da América, como citou Temer. Se assim quisessem certamente já o teriam feito, pois é indiscutível a soberania israelense frente ao povo palestino.
Denise Wasserman, jornalista, Rio de Janeiro