Acho muito importante relembrar as glórias do passado. Só não concordo com que se detone o que de bom que a emissora tem ou teve nas últimas décadas, programas pioneiros no ramo e de qualidade como o Alô, Daisy, que não é só uma revista feminina, mas também um jornalístico e informativo, o Rio de toda a gente, o MusicShow… Endeusa-se muito um passado sem dúvida maravilhoso, glorioso, mas que por questões ideológicas a mídia também ajudou a detonar, confundiu a emissora com o governo. O grande problema é confundir a Nacional com o governo; daí, como não se podia bater no governo, pau na Nacional, e é assim até hoje. Mídia e esquerda festiva detonam também a Nacional.
Isabel Pinheiro, funcionária pública, Santa Maria, RS
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De bom tom
Com certeza a reabertura da Rádio Nacional ajuda a revitalizar o mais popular veículo de informação do nosso país. Toda a história dessa mídia deve ser sempre lembrada, e matérias como essa servem exatamente para isso. A cultura da comunicação necessita da existência do rádio, e iniciativas como essa são sempre de bom tom.
Rafael Teixeira Rodrigues, estagiário, Cruzeiro, SP
Sem substituto
Olá, quero iniciar esta mensagem dizendo que não consigo ficar uma semana sem ler o que cada jornalista escreve no OI. Dificilmente encontro um espaço onde posso refletir sobre a área que escolhi como profissão, que tenha um olhar crítico com relação à imprensa nacional. Não se trata de ‘falar mal ou bem’ da mídia, mas é importante ter uma visão realista dela, seja boa ou ruim. Ao ler o texto do Deonísio sobre o rádio, senti que deveria pelo menos escrever algo sobre o assunto. O rádio teve e tem grande influência em minha vida. É através dele que me mantenho informada de tudo o que acontece.
E podem ter certeza: ele não será substituído tão facilmente. Pois nenhum veículo é tão imediato e ‘portátil’ quanto o rádio. Você pode obter informação (desculpem o clichê) a qualquer hora e em qualquer lugar. Trabalho numa rádio, mas isto não é um subterfúgio para ‘defender’ a área que escolhi. Pelo contrário: o fato de conhecer seus mecanismos e sua estrutura de perto me permite ter uma visão mais ampla e clara de sua relevância.
Camila Matos, estudante de Jornalismo, São Bernardo do Campo, SP
Pompa merecida
Parabéns ao nosso articulista Deonísio pelas considerações. A Rádio Nacional foi um ícone na mídia brasileira e merece toda a pompa e circunstância. Entretanto, em meados da década de 90, o rádio sofreu um baque violento com a falta de verbas – a televisão para o anúncio comercial era e é mais atrativa – os malditos satélites e as programações em rede ‘para todo o Brasil’. Num primeiro momento, quiseram integrar o país numa grande comunidade global, como já havia previsto Marshall McLuhan e conseguiram um ‘nada’ enorme.
Passado este terror midiático de quinta, o rádio sempre dá a volta por cima, começa-se a trilhar o caminho inverso saindo da globalização e retornando para o local ou o ‘glocalizado’ – as rádios comunitárias são prova disto, tanto que fiz um estudo sobre e apresentei recentemente no congresso Folkcom [VII Conferência Brasileira de Folkcomunicação] em Lajeado, RS. O ouvinte, que é o principal termômetro da emissora, programa ou radialista, agradece. A rádio pode ter ‘x’ potência, locutores com belas vozes, tudo muito bonitinho, mas, se não agradar ao seu produto final, o ouvinte – o que é difícil, pois, o ouvinte de rádio é de uma paciência e simpatia, sem limites – está fadada ao insucesso.
Quanto à aproximação dos políticos: é inevitável. O rádio é extremamente envolvente e imediato, portanto, um canal de ligação perfeito até o público.
Gil Horta Rodrigues Couto, radialista/estudante de Jornalismo, Juiz de Fora, MG
O valor do rádio
Sempre fui e serei apaixonada pelo radio AM. Achei muito interessante a matéria e creio que seja uma ótima oportunidade para que todos sintam o valor que o rádio tem, pois é o único meio de comunicação democrático, capaz de levar aos mais distantes e difíceis locais o conhecimento, a informação, o lazer, sem precisar de recursos: com um simples radinho de pilha qualquer pessoa terá oportunidade de ouvir e comunicar-se com a rapidez que outros meios teriam dificuldade.
Ana Maria Lima de Oliveira, estudante, Fortaleza