Em nome da redação do Extra, em especial do Eucimar de Oliveira e do Bruno Thys, gostaria de agradecer suas observações sobre a cobertura do massacre da Casa de Custódia de Benfica. Como você afirma no artigo, a fórmula é aquela que sempre procuramos seguir e fazer do jornalismo um compromisso com a sociedade.
Sobre nossa circulação, algumas informações: no último IVC, o Extra aparece como o terceiro maior jornal em circulação no país: foram 7,2 milhões de exemplares vendidos em abril. Perdeu no período apenas para a Folha (9,6 milhões) e para o Globo (7,8 milhões). O Dia, nosso concorrente direto, está com 5,6 milhões.
O perfil de nossos leitores, segundo relatório do Marplan (4º trimestre/2003), é semelhante ao de nosso concorrente, O Dia. A penetração por classe social é a seguinte:
Classe A – 20% Extra e 23% O Dia
Classe B – 40% Extra e 40% O Dia
Classe C – 34% Extra e 25% O Dia
Classe D/E – 19% Extra e 15% O Dia
Octavio Guedes, editor-executivo
Em nome do respeito
O artigo do Dines ‘Benfica e Haiti’, no JB de 5/6/04, foi mais um primor, gerando inclusive algumas cartas de leitor publicadas. A contundência do texto é plenamente justificada e menos que proporcional à pusilanimidade da ‘dupla rastaqüera’.
A publicação em 8/6/04 nas ‘Cartas ao JB‘ da medíocre resposta – ‘Dines (…) hasteou a bandeira do golpismo ao defender o impeachment’ –, do secretário de comunicação da dupla, sem abrir espaço para a réplica do Dines, é efetivamente estranha.
Embora eu não seja do ramo jornalístico, sempre noto que, quando é questionada matéria assinada, os veículos da imprensa sempre abrem espaço para a réplica do articulista. O que teria havido desta vez? A redação do JB procurou o Dines antes de publicar a carta do secretário? Teria havido desencontro?
Este sábado (12/6/04) não vi a matéria do Dines. Senti muita falta. O que faz o JB leitura melhor e mais interessante do que o Globo são justamente articulistas como Dora Kramer, Leandro Konder e Alberto Dines.
Espero que o JB e o Dines fumem um cachimbo da paz em nome do respeito aos leitores.
Claudio Janowitzer, consultor financeiro, Rio de Janeiro
Somados não dão meio
Dines, esses caras do JB somados não dão meio Alberto Dines. Perdão, não dão um-terço de Alberto Dines. Como diz o outro: ‘Fala sério, ninguém merece’. Abraços e saudades.
João Areosa, jornalista, Rio de Janeiro
Prosperam as nulidades
Hoje o apresentador Clodovil Hernandez abriu seu programa diário oferecendo-o ao jornalista Alberto Dines, em solidariedade ao fato já conhecido (demissão do JB). Leu o texto famoso de Rui Barbosa (‘de tanto ver prosperar as nulidades…’), acrescentando que antes de Rui o texto é de Cícero. Eu senti na pele aqui em Ubatuba o que é ser perseguido por não ser servil e estou desempregado na cidade desde janeiro porque o poder constituído fechou todas as portas para a única voz da cidade que opinava e contrariava esse mesmo poder. Sofremos, sim, e respeito muito a dor desse profissional fantástico que é um exemplo para todos nós que seguimos ou tentamos seguir os passos corretos e decentes; mas tenho certeza de que se caímos fazemos isso de pé, e Alberto Dines é o combustível para a sobrevivência de um jornalismo sério, que aqueles que se dizem profissionais precisam e devem seguir.
Tony Luiz, radialista, Ubatuba, SP
Meros subordinadinhos
É inacreditável que Dines tenha sido demitido do JB por causa deste texto. Onde está o compromisso primordial do jornalismo? Creio que estamos relegados a meros subordinadinhos bem mandados. Dines, meus sentimentos, pois sei que suas contas podem ficar pendentes, mas parabéns pela sua coragem de cobrar um pouco de ética da imprensa carioca.
Fatty Diniz, jornalista, Petrópolis, RJ