Wednesday, 13 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1313

Informador e formador

Há muito tempo não lia jornalismo científico de tão alta qualidade: bem-informado, informador, formador, equilibrado e corajoso. Ulisses Capozzoli está de parabéns. Nós, estamos de parabéns.

Henrique Fleming, professor universitário, São Paulo



Práticas seguras

Tive a oportunidade de ler na íntegra o artigo do Sr. James Lovelock, exemplo de ponderação e lucidez. Realmente o tempo que nos resta não é suficiente para esperarmos pelo ideal – energia eólica, solar ou outra forma de ‘energia limpa’ amplamente disponível – mas talvez (talvez) tempo bastante para tentarmos o possível –, e a energia nuclear seria a alternativa factível aos combustíveis fósseis. A cobrança de práticas seguras por parte das ‘autoridades nucleares’ nunca será excessiva; a mera desqualificação (por vezes beirando a histeria) dessa fonte energética não é a postura esperada de quem queira ter uma visão ampla do binômio energia/ecologia.

Adriano Carvalho, médico, Belo Horizonte

Energia nuclear e a preservação da Terra – Ulisses Capozzoli



MÍDIA & INTERNET
Acredite, mas confirme

Cultivar o hábito de checar as informações nunca é demais para o jornalismo. Recentemente, recebi um e-mail de um colega, indignado, comentando em tom de denúncia um certo serviço de engraxataria que a Câmara dos Deputados estaria contratando a um custo altíssimo, que daria para pagar centenas de bolsas-família ou atender dezenas de comunidades no Fome Zero. Obviamente, também fiquei indignada. Mas antes de repassar para toda a minha lista pedi explicações à ouvidoria da Câmara, que me respondeu rapidamente, de forma contundente (até disponibilizando as contas), negando as afirmações do e-mail.

Essas informações falsas, mas de fácil acesso na internet, só contribuem para diminuir a importância do jornalismo para a sociedade, muitas vezes incrédula, mas que ainda tem a imprensa como referência.

Déborah Martins, jornalista, São Luís

A mentira é sempre verossímil – Alexandre Cruz Almeida



Texto raso sobre Orkut

Fazia tempo que não lia um texto tão ruim quanto esse que Marcelo Marthe escreve para a revista Veja. Um texto raso que só trata da ferramenta Orkut, cita seu sucesso mas não o explica com o devido cuidado, como fazem Juliana Vilas e Mariana Barros no texto ‘Sociedades paralelas’, em que levantam as questões da desigualdade econômico-social brasileira que acaba por determinar uma exclusão digital. Dessa maneira torna-se possível explicar no texto de maneira um pouco mais científica o Orkut – seu sucesso e sua problemática.

José Tarciso Furquim Filho, estudante, Bragança Paulista, SP

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Gincana da popularidade – Entre Aspas



ESTADO-PASTOR
Texto sóbrio e bem escrito

Antes de tecer qualquer comentário a respeito de artigo de Muniz Sodré, tenho que admitir que fui levado a conferi-lo pelo número de comentários feitos a seu respeito, bem como a sua gravidade; imaginava um texto preconceituoso, recheado de impropérios dirigidos à comunidade evangélica.

Porém, o que li foi um texto sóbrio, bem escrito, que fez senão comentar uma realidade, a de um estado que, diante de uma rebelião, e sem o menor controle, ou estava apelando ao sobrenatural, ou a fazer o jogo dos amotinados. O artigo de Sodré merece elogios, a não ser por uma pequenina, porém necessária observação – a polêmica Lei de Darwin, que realmente, não é lei, é uma teoria que visa explicar como se dá o processo de evolução dos seres vivos (sendo a evolução um fato, como concorda a comunidade científica, na qual tomo a licença de dizer que estou inserido); e, como qualquer teoria científica, é passível de discussões no meio científico, o que não implica descrédito.

Fora este detalhe, que renderam comentários sobre a evolução que me entristeceram, o texto é muito bom e de forma alguma justifica a reação violenta, infantil e sobretudo descabida de uns poucos evangélicos que se sentiram ofendidos por serem citados num artigo sem serem elogiados ou enaltecidos. O que vi nos comentários foi tudo o que podia se esperar de fundamentalistas: cega intolerância.

André Marconato, estudante, Americana, SP

Do État-gendarme ao Estado-pastor – Muniz Sodré