Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Iniciativa inteligente

Somente um meio de comunicação como a TV Cultura tem uma iniciativa tão inteligente. Isto sim, é uma atitude de cidadania, e não o controle da imprensa que este governo que aí está quer fazer. Quanto ao profissional escolhido, não preciso fazer nenhum comentário, pois trata-se de um ser humano da mais alta qualidade.

Francisco Thomé Filho Thomé, técnico de segurança do trabalho e juiz de paz, São Paulo

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Papagaios e poleiros

Até que enfim aparece uma voz sensata, com uma proposta que agrada aos leitores e espectadores dos órgãos de informação, pois resguarda os direitos dos profissionais do jornalismo e separa os papagaios de pirata do poleiro que não lhes pertence. A verdade nua e crua: quem necessita de vigilância e disciplina ética são os jornalões e as ‘fábricas’ de imagens.

Marcos Pinto Basto

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Nos olhos dos outros

O que leva os jornalistas a temerem a criação do CFJ? Medo de censura? Acho que não. Os jornalistas sérios e éticos não têm medo, porém o corporativismo da categoria faz com que se associem nas críticas à criação do conselho. Sem o conselho não há regulamentação, fiscalização do exercício da profissão por profissionais habilitados ou licenciados, querem ‘liberdade’ para continuar a escrever sem responsabilidade. A própria imprensa prega o controle para o Judiciário, por que não então um conselho de jornalismo? Pimenta só arde nos olhos dos outros?

Felipe Koury, engenheiro civil, Belém



Outra pérola do Times

O fim do texto ‘Artigo explica polêmica do CFJ’ é uma pérola. ‘Ultimamente, (Lula) passou a ser comparado ao presidente venezuelano Hugo Chávez – que tem uma péssima relação com a imprensa de seu país.’

Não seria o contrário, a imprensa venezuelana é que teria uma péssima relação com o seu presidente? A verdade é que a imprensa venezuelana e a brasileira são semelhantes: os seus proprietários ‘defendem o seu’ e tá todo mundo – o patronato em geral, a ANJ, a SIP e toda essa canalha – se lixando para liberdade de imprensa, ética, censura. O negócio, a imprensa, é comercial. Ponto. Aos jornalistas que assim o desejarem resta essa interminável ‘guerrilha’ nas redações para driblar os interesses dessa gente e manter uma postura ética. Até a próxima demissão…

Quanto ao Larry Rohter, e por extensão o NYT, eles estão com a cara da imprensa venezuelana (e acho que majoritariamente a do Brasil também): uma máfia de comunicação e seus lacaios.

Marcos Cesar Gouvea, jornalista, Londrina, PR



O Brasil faz escola

O Brasil faz escola… e dessa vez seu aluno é a Venezuela. Achei um artigo sobre a regulamentação da profissão do jornalismo na Venezuela parecido com o que existe no Brasil (www.sipiapa.org/pressreleases/chronologicaldetail.cfm?PressReleaseID=1183). Talvez ele possa ajudar a esquentar o debate sobre o surto de regulamentação do jornalismo.

Carlos Eduardo Entini



E o leitor, como fica?

Nélson Breve, em ‘Espião de Deus ou pistoleiro de aluguel’, nos mostra bem como o leitor é tratado, no Brasil: com absoluto descaso. Ele diz que, no início do ano, repórteres da sucursal de Brasília de ‘um grande jornal’ (penso que ‘um jornal grande’ seria mais apropriado) sofreram censura interna (foram proibidos de questionar a política econômica do governo – ou de Antonio Palloci, como prefere Nélson Breve). Qual o nome do jornal? Nélson Breve não diz. E por que não diz? Para evitar ‘constrangimentos’ aos jornalistas censurados. E o leitor (sobretudo o do ‘grande jornal’) como é que fica? Desinformado. Ou melhor: enganado. E isso numa semana em que proprietários de jornal fizeram candente defesa da ‘liberdade de imprensa e da liberdade de expressão’. E isso num saite (à Millôr Fernandes) cujo mote é ‘você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito’.

Se o nome do jornal fosse dito, os leitores poderiam tomar alguma atitude (não comprar mais o dito cujo, por exemplo). Mas, enganados, nada podem fazer. Se no próprio OI os leitores não conseguem saber o nome de pelo menos um dos falsos defensores da liberdade de imprensa e de expressão, onde poderemos saber, então? Onde poderemos nos informar?

Rogério Ferraz Alencar, técnico da Receita Federal, Fortaleza