A influência que esses jornais apontados exercem ou exerceram sobre os resultados da eleição em São Paulo são irrisórias. O paulistano sabe votar. Como a grande maioria dos brasileiros, vem aperfeiçoando a cada eleição seu nível político. Não acredito que os jornais tenham tanto poder assim de ajudar ou deixar de ajudar um candidato. O que valem são os fatos, sobretudo se o candidato pretende se reeleger.
O que está em julgamento agora não é a Marta, mas a administração dela. Os jornais noticiam apenas aquilo que é fato, aquilo que corresponde ao que diariamente se ouve do eleitor. Não creio que nenhum jornal ajude nem ‘desajude’ ninguém. Marta perderá a eleição por ter sido incapaz de ganhar a confiança da maioria do eleitorado paulistano. E ponto final. O resto é invencionice, é coisa de gente que quer encabrestar o eleitor. Para a sorte dos paulistanos, não somos bobos, não aceitamos conclusões distorcidas e truculentas como essas contidas nesse artigo. Em tempo: voto em São Paulo, mesmo morando no interior (Itatiba).
Joel J. da Silva, professor, Itatiba, SP
Mais patrulhamento
Agora ainda temos que agüentar o patrulhamento de pesquisas patrocinadas e/ou ligadas ao PT. Parece óbvio que a candidata/prefeita seja alvo de críticas e comentários negativos, afinal de contas está exercendo cargo público. No mais, deve-se comparar a exposição dos dois candidatos: pela pesquisa, parece que Marta monopolizou a atenção da mídia. Infelizmente, não encontrou entre os jornalistas dos veículos citados os elogios que inflariam ainda mais o seu ego-gigante. Magoada, pode usar a língua de terceiros para tornar público seu desespero. Penso que seria melhor que a lei eleitoral não permitisse que ocupantes de cargos públicos permanecessem nos cargos durante a campanha, quem sabe a choradeira seria menor. O uso da máquina também.
Eduardo Costa, publicitário, São Paulo
Criticar o que, as olheiras?
E tudo isso não pode ser verdade? Ou seja, realmente as notícias sobre a Marta serem mais negativas porque ela produziu mais notícias negativas? Como exemplo, o governador não inaugurou nenhuma obra pedindo votos para o Serra, e o presidente, sim… deveriam os jornais buscar noticias negativas do Serra para contrabalançar isso? E se não houvesse notícia negativa, deveriam inventar ou talvez criticar as olheiras do Serra?
José Luis Sepúlveda, faturista, São Caetano do Sul, SP
Luiz Antonio Magalhães responde
A questão proposta é interessante. Em condições ideais, se o candidato X gerar mais fatos negativos que o candidato Y, a imprensa deveria revelar esta situação, o que não significaria favorecimento a nenhum dos contendores. No mundo real da eleição paulistana, no entanto, não foi isto que ocorreu. Além das olheiras de Serra, os jornais poderiam, por exemplo, ter feito matérias sobre o candidato a vice da chapa tucana, que foi secretário do ex-prefeito Celso Pitta. O vice sumiu da campanha e do noticiário. Não era pauta relevante? Da mesma maneira, a má vontade da mídia com a prefeita Marta Suplicy ficou evidente – como atestaram os números dos dois levantamentos reportados no artigo. E, ao que tudo indica, continua na cobertura do segundo turno: a Folha de S.Paulo, por exemplo, noticiou em primeira página que a ex-prefeita Luiza Erundina e o PMDB ‘negaram apoio a Marta’. Negaram também a Serra, mas isto a chamada da capa não esclarecia.
Exemplos como esses não faltam, de lado a lado. Não seria preciso inventar notícias para equilibrar o noticiário. A cobertura sobre a candidatura Serra foi acrítica, ao passo que a da candidatura Marta foi hiper-crítica. Como nenhum dos dois é santo, a única conclusão possível é a de que houve mesmo favorecimento dos grandes jornais aos tucanos. (L.A.M)
Hacen mal a la salud
Que se hace con esa gente, todos sabemos ‘el poder’ que tiene el Cuarto Poder, quien juzga estas actitudes? Hasta que somos bien ilusos, y queremos una prensa que haga lo imposible para ser imparcial. Yo a Uds. los miro siempre y los encuentro objetivos en las noticias. Tambien les digo, hay Cuarto Poder y Cuarto Poder, y tambien les digo, hay Cuarto Poder que hacen mal a la salud. ¿Esto que escribieron los jornais no puede ser catalogado como compra de voto?
Hugo Carlos Rehermann Capurro, ortopedia técnica, Santana do Livramento, RS