Não passei pelo tempo da ditadura (graças a Deus), então não posso falar com propriedade sobre, mas creio que hoje vivemos algo um pouco semelhante, só que em vez de militares temos como ditadores um mercado capitalista, grandes empresários portadores de concessões, que só pensam em ganhar dinheiro, não se importando com os meios, transformando assim os meios de comunicação em feira de troca e venda.
Thiago Martins, estudante de Comunicação, João Pessoa
A onça reagiu
Dines, não acho que você foi vítima; às vezes, quando a gente cutuca a onça com a vara curta, se machuca. Espero que consiga algo melhor, sucesso. A TV Cultura, por andar com dificuldades no caixa, está usando o recurso da propaganda comercial. Isto pode interferir na liberdade de expressão. Não seria possível a TV Cultura passar a usar o modelo da britânica BBC?
Wagner Moreno, taxista, São Paulo
Que tal inventar?
Sobre o artigo de Dines, gostaria de me deter na ‘imprensa do leitor’, e dizer que se ela ainda não existe é porque não há interesse em que o leitor comum divulgue sua opinião, relate sua realidade e use um veículo de maneira mais ativa, constante e ampla. Se isso ainda não existe, que tal inventar? Há na Coréia, no Japão e nos EUA weblogs coletivos aos quais o leitor comum envia matérias, que são editadas e colocadas no site. Há outras experiências também com jornais impressos destinados a comunidades específicas, feitos pelos componentes destas comunidades.
Com a experiência de Dines está mais do que na hora de tornar concreta a participação efetiva do leitor. Se isso não pode ser feito na grande imprensa, crie uma alternativa. Com toda a importância que o Observatório tem para uma leitura crítica da mídia brasileira, seria interessante mostrar algo prático no sentido de criar formas de o leitor comum não apenas participar, mas também de ajudar a fazer.
Erica Franzon, jornalista e pós-graduanda em estudos do Jornalismo, Florianópolis
Até demorou
Até que o Tanure demorou, não acho natural, apenas lógico. É mais um caso de jornalofobia, mal de que padecem nossos patrões. São todos iguais e cruéis. Demorou também meu singelo apoio. Vamos tentar desenvolver a teoria do neologismo acima, pela procura de um termo melhor. O conceito, que importa, é que nossos patrões nos temem como os senhores dos escravos temiam a senzala, misto de nojo e admiração perversa. Será que dá uma teoria? De qualquer forma isso não os desculpa. Abaixo a truculência de quem vive de nossas linhas, e muito bem melhor que nós, diga-se de passagem.
Fausto José de Macedo, jornalista, São Paulo
Sem opção
Sou leitor do JB há mais de 30 anos. Infelizmente o jornal está ficando uma porcaria; pior que no Rio não há opção.
Procopio Papanis, analista financeiro, Rio de Janeiro