Saturday, 21 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O ‘povinho’ da piada

Seria útil repensar aquela piada que narra o diálogo entre Criador e criatura, no qual esta última pergunta por que ao Brasil não fora dada nenhuma grande catástrofe, ao contrário de outras terras. O Criador então alerta para que se aguarde para ver o ‘povinho’ ele botaria ali. Felizmente acho que o tal ‘povinho’ foi parar mais ao norte, naquela porção de terra contínua, banhada pelos oceanos Atlântico e Pacífico e pelo Golfo do México. Enfim, cada povo tem o governo e a mídia que merecem, ou será o contrário?

Enildo Bernardes, técnico em manutenção de aeronaves, Vila Velha, ES



Miudeza não interessa

Aos brasileiros não interessam as miudezas da política norte americana; nos interessa saber quem é o presidente desse ou daquele pais e se ele e bom para nós ou não. Muito mais importante é o futuro do Brasil e suas eleições limpas. Mais importante é a união comercial entre os países da América do Sul, em defesa dos conhecidos prepotentes exércitos do norte e seu chefes belicistas. A União dos Estados Federativos da América do Sul é muito mais importante para os Estados-membros e seus povos do que caitituar um povo que não nos conhece, não gosta, ou mesmo odeia – por exemplo, sobre a entrada no país de brasileiros x entrada de argentinos. Por essas e outras é que a imprensa brasileira precisa sofrer filtragem de comportamento.

Adolpho Paulo Krueger, coordenador de projeto, Rio de Janeiro

George W. Bush, a indulgência da mídia – Carlos Eduardo Lins da Silva



Ossétia em Portugal

Cá em Portugal não chega a haver discussão: é Ossétia, de forma pacífica… Um abraço.

Assis Coelho, relações-públicas, Lisboa

Onde se deu o massacre das crianças? – Deonísio da Silva



Arma dos civilizados

Concordo com o Sr. Ricardo Camargo, de Porto Alegre, e cito não só o Corão, mas a Bíblia, que está repleta de citações semelhantes. O terrorismo não é privilégio do Islã, infelizmente os mais civilizados têm se mantido graças a tais subterfúgios desde longo tempo, basta ver a história das colonizações européias. Infelizmente, estamos colhendo os frutos plantados há vários séculos e regados com o sangue dos oprimidos. Ninguém suporta viver sob pressão por muito tempo e se revolta, quando não pode combater de igual para igual usa os meios que tem à mão. Ao meu ver, a única forma de acabar com o terrorismo é a mesa de negociação, com respeito e vontade de acertar as diferenças. Afinal somos os únicos animais que sabe falar e preferimos sempre o modo mais difícil. Como disse Luther King: ‘ Se continuarmos com essa política de olho por olho acabaremos todos cegos’. Pensemos, acabemos com os preconceitos. Pedir amor entre inimigos é demais, mas respeito já é o bastante.

Ronaldo Pedreira Silva, professor, Salvador



Mal antigo

Tem razão o leitor Ricardo Camargo ao chamar a atenção para o mal das generalizações simplificadoras. O que chamamos hoje ‘terrorismo’ nasceu há mais tempo. Talvez, há mais tempo, não incomodasse tanto os países hegemônicos. Talvez até os envolvesse em alguma ocasião de seu interesse. Não posso concordar com o método terrorista. Mas também não me cego ao fato de que há um componente muito grande de desespero nessas ações. Desespero que provoca desespero. Desespero de quem acredita que só assim, atingindo as vísceras do poder, a base mesmo de valores do poder hegemônico, poderá fazer-se ouvir. Afinal, o que querem esses homens?

Luiz Paulo Santana, Belo Horizonte