Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Perfumaria disfarçada

Ao ler ‘A repórter vai à festa’ constatei como estou certa. Telejornal que vale a pena é o do Paulo Henrique Amorim. Pode ter infra-estrutura menor, mas não faz perfumaria disfarçada de jornalismo. O Sr. Gilson Caroni Filho poderia ter acompanhado outras edições. Quem sabe não poderíamos bater às portas do Procon.

Tereza Jesus Vianna de Mello, publicitária, Ribeirão Preto, SP



Melhor ir dormir

Vai saber o que a Ana Paula achou de tão maravilhoso num lugar devastado por Migs e outras máquinas de guerra… Se o propósito de tal reportagem fosse mostrar dicas de cosmetologia e ‘baladas pra lá de Bagdá’, viesse à noite paulistana. Talvez seja por isso que muitos colegas, assim como eu, vão dormir antes desta patacoada ir ao ar.

Ibrahim Matheus Cruz, estudante de Jornalismo, São Paulo



Turismo de ruínas

Muito bom o artigo sobre o Jornal da Globo. Será que a jornalista é paga para fazer uma espécie de turismo sobre ruínas fumegantes? Será uma arqueóloga equivocada? Pena que o Gilson Caroni Filho não tenha procurado se informar sobre os pendores da deslumbrada Ana Paula Padrão. Quem sabe ela não descobriria sua verdadeira vocação? Porque de jornalista ela passa longe. A jornalista viaja para que estejamos informados sobre o hit parade do Afeganistão? Exijo que ela volte lá e informe qual a tendência da moda para o próximo verão. Quem sabe não tem burca para jornalismo cara-de-pau?

Márcia Helena A. Ribeiro, advogada, Londrina, PR



Cuidado com o monstro

Até quando nós, ‘pobres mortais’, teremos que assistir a esse tipo de reportagem, hein? Percebo, embora ainda muito fraca, uma luz no final do túnel – nos últimos anos, as pessoas já se perguntam: será verdade o que estão dizendo no jornal, na televisão, no rádio…? O povo, como já disse alguém cujo nome me foge agora, é um monstro, portanto, os meios de comunicação devem urgentemente atentar para o que estão passando, pois do contrário poderemos chegar a um grau total de descrédito. Já imaginaram, esses responsáveis pelos grandes meios de comunicação, quando o ‘monstro’ não mais acreditar no que eles dizem?

Francisco Lima, funcionário público, Teresina



Cuidado com o tombo

Quando alguém abre a boca pra falar da ‘vênus platinada’ sempre tem aquele que diz: ‘Esse prefere é a ditadura!’ Quando outro se arvora em criticar e apontar qualidades fica no ‘ar’ uma dúvida: ‘Qual será seu interesse, um emprego lá?’ O Brasil vai aprendendo uma de suas maiores lições através do OI, que é derrubar o corporativismo. Isso mesmo, não é crime um jornalista comentar um trabalho que não gostou de outro em público! Não é pecado analisar aos olhos frios e lúcidos do conhecimento adquirido as falhas humanas existentes em qualquer empreita televisiva, radiofônica ou escrita! O Muro de Berlim caiu e foi uma festa ‘nas’ alemanhas; vamos aguardar e ver quanto tempo demora para que ‘caiam do muro’ profissionais que não entenderam ainda a importância do exercício de sua função para o crescimento e o fortalecimento de uma nação.

Que bom termos professores de senso crítico e valentia cívica como Gilson Caroni, porque civismo, decência e caráter deveriam ser heranças de qualquer nação para que seu futuro fosse menos nebuloso. Obrigado pela aula, professor.

Tony Luiz, radialista, Ubatuba, SP



Caras e bocas

Amei a matéria, nem preciso comentar, pois estou deveras saciada: nota 10 com louvor. Acho a Ana Paula Padrão pedante e cheia de caras e bocas, penso que faz qualquer coisa para aparecer como a melhor e mais corajosa, mesmo que isso custe explorar alguns desafortunados. A guerra, embora uma grande tragédia, serve para envaidecer pessoas e enriquecer alguns canalhas desse planeta miserável.

Maria das Graças Amorim Silva, funcionária pública, Manaus



Gostei de ver

Professor, não é porque mortes continuam acontecendo que as festas não sejam verdadeiras… Lembro-me de Ana Paula Padrão também mostrando que na festa as mulheres estavam afastadas, que não participavam. Mas isso parece que o senhor esqueceu de dizer. Cada um acaba sempre lembrando do que acha mais importante. Acho seu comentário válido pelo respeito à cultura deles, mas só queria lembrar que nem tudo é guerra por lá, do mesmo jeito que nem tudo é paz por aqui. Gostei de saber que aquela festa estava acontecendo, e gostei também de ver aquelas cenas.

Tatiana Maia



Gilson Caroni Filho responde

Tatiana, um artigo comporta várias interpretações. Embora discordemos quanto ao tema analisado, agradeço-lhe pela leitura. Abraços. (G.C.)