Gostaria de saber por que ninguém na imprensa falou sobre o direito de resposta que o Brizola teve no Jornal Nacional da Globo durante o seu segundo mandato de governador do Rio. Um momento histórico, em que o Cid Moreira leu a resposta de Brizola chamando a empresa de mentirosa. Se alguém tiver gravado isso gostaria de uma cópia.
Maurício Araújo, químico, São Paulo
Propaganda subliminar
Tudo bem que a TV Globo negue qualquer responsabilidade no caso Proconsult. Vamos admitir que tudo tenha ocorrido conforme dizem. Agora, já que se passaram 22 anos, não custaria nada alguém da Globo informar quem autorizou a veiculação de anúncios contendo propaganda subliminar combatendo o Brizola, como no caso assistido por mim: num intervalo da novela das 19h, em meio a um comercial de tênis, provavelmente devido a um defeito de montagem (colagem com durex) no filme que naquele tempo era passado no telecine, apareceu um fotograma com fundo amarelo e letras vermelhas que enchiam toda a tela, com os dizeres: ‘Fora Brizola!’
Esse processo de propaganda subliminar, proibido na maioria das constituições do mundo, foi utilizado pela Globo sem a menor cerimônia. Eu e várias outras pessoas conhecidas vimos esse anúncio, que durou menos de dois segundos.
Gregório Banar, militar reformado, Rio de Janeiro
Quem manda e desmanda
Parabéns, Eliakim, esta matéria deveria estar à disposição de toda a população, para que ela saiba quem manda e desmanda neste país. Pena que poucos tenham acesso à internet.
Sérgio Nascimento, administrador, Imbituba, SC
Horas sem parar
É impressionante o esforço do Sr. Kamel para defender a Globo. Ele me lembra a cena em que o marido pega a mulher na cama com outro e diz: ‘Querido, não é nada do que está pensando’. Só que o Sr. Kamel, em vez de ser sucinto como a mulher adúltera, tenta embrulhar o marido falando horas sem parar.
Humberto Crivellari, médico, Belo Horizonte
Leia também
A Globo se rende a Brizola – Eliakim Araújo [Entre Aspas]
Resposta a Eliakim – Ali Kamel [Entre Aspas]
Efusivos parabéns
Sr. Marcelo, meus efusivos parabéns. Tirou as palavras de minha boca.
Paulo César da Rosa Romão, gerente de serviços, Florianópolis
Leia também
Isenção: procura-se – Marcelo Idiarte
URN@ ELETRÔNICA
‘Você acha que os políticos sabem enfrentar a mídia?’ Certamente a pergunta se refere aos políticos brasileiros. Reconheço a dificuldade para se construir uma pergunta concisa. Tenho certeza de que induzirá a maioria a dizer que não. Mas fica outra pergunta: será que eles não sabem mesmo enfrentar a mídia? Exemplos como os de Brizola, Lacerda, Getúlio, Luiz Inácio, Jânio e outros tantos mostram que souberam muito bem enfrentar a mídia. Talvez porque os leitores terão presente um valor, ou seja, a visão de que os políticos não usam (ou enfrentam?) a mídia de forma politicamente correta. Poucos enfrentam, a maioria usa a mídia segundo os seus propósitos.
Orlando Pilati, professor, Curitiba
TIM LOPES, DOIS ANOS
No período da bulha que se desenrolou a partir da descoberta do assassinato do jornalista Tim Lopes, cheguei a declarar em conversas com amigos que quem matou Tim Lopes foi a própria Rede Globo ao expô-lo ao perigo, com a sua sanha de usar todos e tudo, inclusive com o aviltamento da verdade, da moral, da ética e da vida para obter seus resultados, principalmente financeiros, porque o jornalismo, para este grupo, é tão somente um instrumento para usar no comércio de notícias.
E é raro ver pessoas com a capacidade de Daniella Wagner, de percepção e interpretação da realidade, embora seu envolvimento familiar com a vítima tenha dado um impulso emocional ao artigo, o que é muito bom, em medida certa, para ampliar esta capacidade perceptiva emanada pela interação do ‘eu básico’ com o ‘eu superior’, não se sujeitando às quimeras do racionalismo puro do ‘eu médio’, como fazem os insensíveis que se julgam senhores das vidas e das vontades alheias. Estes peseudorracionais sobrevivem às custas dos mais reles comportamentos e da obtusidade social coletiva, que só fazem repetir o que os poderosos meios de comunicação lhes incute.
Paulo Roberto Figueiredo