Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Voltei à sala de aula

Dines, depois de ler seu artigo voltei à sala de aula da PUC (66/68) e recordei seus ensinamentos jornalísticos. Lembrei também da minha formatura (13/12/68), quando você caiu nas mãos dos milicos somente por nos transmitir bem a profissão. Lembrei ainda da antiga redação do JB (68, 69…) e de sua luta contra os censores. Logo você, que tanto fez pelo JB, tinha que ser suspenso pelo herdeiro (que nem jornalista é) que mais sujeiras fez naquela casa. E que nos foi tão querida em outras épocas. Mas, os comentários favoráveis à matéria da omissão do inescrupuloso casal diminutivo estão aí. E são favoráveis. Dines, que bom ter tido você como professor e editor. Aprendi muito e aplaudo sua atitude em denunciar governadores sem caráter. Como sempre coerente.

Vera Perfeito, jornalista, Rio de Janeiro



O fecho é ‘genial’

Prezado Alberto Dines, ‘genial’ é o fecho da carta do Nascimento Brito. ‘Se estava incomodado com o Jornal do Brasil de hoje deveria ter interrompido sua colaboração há muito tempo’. Ora, se o senhor tivesse interrompido ‘há muito tempo’ sua colaboração com o JB, seria por causa de uma insatisfação pretérita, e não futura (como JB ‘de hoje’). A não ser que tivesse o dom de pitonisa, não é mesmo? Abraços e parabéns.

Helio Saboya Filho, advogado, Rio de Janeiro



Continuar a luta

Toda a minha solidariedade ao Dines. Sei que ele vai continuar lutando pela garantia da liberdade de expressão.

Maria Lucia Rangel, jornalista, Rio de Janeiro



Amor à profissão

Fiquei surpreso com a atitude da direção do JB. Mas, por outro lado, está claro que tais atitudes ‘ditatoriais’ permanecem, mesmo depois de passarmos por um regime militar no qual a liberdade de expressão era praticamente inexistente, leia-se rígida censura. A posição do JB faz-nos refletir sobre tais procedimentos no meio jornalístico. Afinal, temos ou não direito de criticar algo tão latente aos leitores, como a informação e sua divulgação? Mais uma vez Dines se torna ‘revolucionário’ na imprensa escrita. Parabéns pelo exemplo que nos faz acreditar, gostar, insistir, permanecer, discernir, continuar… a amar a nossa profissão de jornalista. Um abraço e força.

Marcelo Sirkis, jornalista, São Luís



Ainda acaba sem emprego

Caro Sr. Dines, o senhor foi demitido da Folha e agora do JB por motivos semelhantes, se não me engano. Se continuar assim, o senhor vai se transformar em modelo de decência, de correção e de competência profissional. Cuidado, assim acaba sem emprego e sem puxa-saco. Isto é um perigo. Apenas uma observação: não existe um termo em português correspondente a publisher? Abraços cordiais.

José Batista de Sales, professor, Três Lagoas, MS

Nota do OI: Caro José, a melhor tradução em português é ‘publicador’. E no fundo é isso mesmo. O termo em inglês significa também o dono do negócio, o chefe do board. Publisher denota melhor a figura do acionista controlador das operações de mídia. Publicador, pelo pouco uso, ainda não. (L.E.)