'Número Zero': Umberto Eco ambientou seu romance em uma redação de jornal em Milão. Mais precisamente em um grupo de redatores, reunidos ao acaso, que preparam um jornal.
Jornal de Debates
Ameaçar alguém com “se fizer isso, vou te f****” pode ser tudo, menos uma ameaça de estupro; e “filho da p***” não tem mais nada a ver com a mãe do interlocutor.
O jornalista Ricardo Boechat mandou o pastor Silas Malafaia buscar rola, causando razoável frisson nas redes sociais e proporcionando certo regozijo entre aqueles que abominam as posições defendidas pelos arautos do ódio.
Para centenas de milhares de brasileiros, o “despertar” político tem tudo a ver com a sua crescente intimidade com a internet.
O ritmo da modernidade é marcado pela intensificação da agitação em escala global, do ativismo e do falatório, característicos do estilo de vida em sociedades tecnologicamente desenvolvidas.
Cada vez mais são criados coletivos de mídia alternativa ou independente, especialmente de 2013 para cá. Costumam surgir a partir da crítica à concentração econômica e à hegemonia conservadora nos meios de comunicação.
Em artigo publicado nesta Folha em 18/6 (ver “O PT e o controle da mídia”), Regis de Oliveira, eminente desembargador aposentado e ex-vice-prefeito de São Paulo durante a gestão Celso Pitta, acusou o PT de buscar “mecanismos legais para subordinar a mídia”. A própria frase é estranha, em especial quando pronunciada por um ex-integrante do […]
O Podemos, enquanto partido, ampliou o leque. Incorporou ferramentas como o Reddit, um dos fóruns de discussão mais populares na internet.
Para desalento dos gestores públicos e privados, a origem dos problemas que comprometem a imagem institucional raramente se deve a falhas na comunicação. A reputação de uma empresa ou de um governo fica comprometida como decorrência de decisões administrativas e políticas desastradas.
É curto o passo entre a violência simbólica do estigma e a passagem ao ato violento. As condições psicossociais – antipatia, aversão, tolerância hipócrita, ódio confesso – já estão sempre dadas tanto no caso americano quanto no brasileiro.
As grandes empresas jornalísticas parecem não se dar conta ou dão pouca importância às tendências e rumos da mídia. Continuam achando que o mundo gira em torno do seu próprio eixo.
Neste texto quero apresentar as representações de educação presentes nos debates para a instalação do Plano Nacional de Comunicação, por meio da minha própria experiência como delegado na 1º (e até agora única) Conferência Nacional de Comunicação (Confecom [o encontro nacional da Confecom foi realizado de 14 a 17 de dezembro de 2009 no Centro […]
O que parecia um penitência pública capaz de reanimar o idealismo cidadão, converteu-se instantaneamente num jogo de cena, algo farsesco, leviano, oportunista.
Quem aguarda com ansiedade um discurso histórico de Obama sobre a urgência de uma América pós-racial provavelmente terá de se contentar com a leitura de suas futuras memórias, na condição de ex-presidente.
Convém não esquecer que o racismo é a mais antiga forma de terrorismo nos Estados Unidos. E também a de maior longevidade.
O conceito de “âncora” está ligado à credibilidade, mas bem mais do que isso. É ligado à maneira como o jornalista é capaz de falar com seu espectador.
A economia nacional derrete. E o jornalismo enfrenta um período de dúvidas existenciais do qual não sabe com que cara sairá.
Jornalistas deveriam saber que têm um papel pedagógico. Por isso, se o objetivo é elevar o nível do debate como forma de deter a espiral de violência em que vivemos, a atitude teria de ser outra.
Em outros tempos, a oposição no Brasil tinha bem mais do que discursos raivosos. Havia intelectuais de grande naipe e capacidade de argumentação que deixavam os adversários então no poder em situações difíceis.
O ódio de classe decerto tem a ver com a gana de varrer o PT da cena. Foi o que alimentou – até desembocar no golpe de 1964 – o antigetulismo que levou o ex-ditador a se suicidar 10 anos antes.