Nascido em Campinas em 1862, Julio Mesquita começou como gerente de 'A Província de São Paulo', em 1888. De empregado passou a proprietário de 'O Estado de S. Paulo'.
Marcha do Tempo
É notória a contribuição dos gaúchos nas mais diversas áreas do conhecimento. No universo da Arte, um nome deixou sua marca indelével de criatividade e talento: Antônio Caringi Filho (1905-1981).
“O Dia Nacional da Imprensa no Brasil”, a partir da lei 9.831, de 13 de setembro de 1999, é comemorado em 1º de junho, quando começou a circular, em Londres, o 'Correio Braziliense ou Armazém Literário' (1808-1822).
Nossa economia, durante o período colonial e imperial, foi baseada no latifúndio monocultor e na mão de obra escrava, onde o status social era proporcional à quantidade de escravos que o proprietário possuísse para servi-lo.
Meu nome é Edward Kennedy, nada a ver com o xará irmão do presidente americano, que foi senador e veio para cá em 2009. Falou-se dos 70 anos do fim da Segunda Guerra e novamente fiquei esquecido. Todo jornalista que lida com notícia deve se lembrar que fritaram Ed Kennedy. Em maio de 1945 eu […]
E a grande imprensa perdeu agora magnifica oportunidade para levar aos leitores uma reflexão sobre a precariedade dos sonhos e promessas de um mundo melhor.
Gerenciadora da memória, nossa imprensa deixou escapar um marco importantíssimo na história da humanidade. Deixou para o dia seguinte o registro álgido das solenidades, passou para as gerações seguintes a sensação de que a História é um mero conjunto de histórias encerradas.
Fuzilado aos 37 anos por causar mais danos com a pena do que outros com a arma – e por ser maricón –, o poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca reviveu na espetacular montagem do Theatro Municipal de São Paulo. Mas a cobertura da mídia esteve aquém do merecido, com pelo menos uma crítica […]
Desde o século 16, o tráfico de escravos era uma prática sistemática no Brasil. Esta questão foi tratada de forma vanguardista no jornal O Noticiador (1832-1836), denunciando a presença do tráfico que estava proibida, desde o ano de 1831, devido à pressão diplomática da Inglaterra.
Na década de 1970, Portugal passava por momentos de ampla complexidade, sobretudo sob o ponto de vista socioeconômico, com reflexos no campo político. A guerra pela manutenção de seu retrógrado império colonial, iniciada ainda nos anos 60, não demonstrava sinais de que chegaria ao fim brevemente e a manutenção das então denominadas “possessões coloniais” denotava […]
No dia 25 de julho de 1975, o jornal paranaense O Dia reapareceu nas bancas de Curitiba após 52 anos. Na capa, a manchete “Terroristas Chilenos no Interior da Argentina” tratava da reunião de grupos de esquerda da região de Salta, na Argentina, e dava os nomes de 59 integrantes do Movimiento de Izquierda Revolucionária […]
Ao contrário do que sustenta a Comissão Nacional da Verdade (CNV), o ex-presidente Juscelino Kubitschek não morreu em acidente de trânsito, mas foi assassinado pela ditadura militar. O levantamento federal despreza evidências, testemunhos e provas da investigação da Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog (CMVVH) de São Paulo, de onde JK saiu para morrer em […]
Em 1976, morreram os ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek e, meses depois, Carlos Lacerda. A ideia de que tenham sido assassinados por agentes do governo militar se disseminou no imaginário coletivo. Quanto a Lacerda, sua família sempre acreditou que a morte se deu por problemas de saúde e nunca teve interesse em maiores investigações. […]
Quem defende as barbaridades cometidas pelo regime militar no Brasil costuma invocar os mortos pela ação dos que contestavam o regime. Assim, reduz-se tudo a uma contabilidade tétrica: meus mortos contra os seus. Pode-se discutir se a luta armada contra o poder ilegítimo foi uma opção correta ou não, mas não há equivalência possível entre […]
Em vésperas do Verão Quente, António de Spínola está exilado no Brasil e sonha com um regresso à frente de um exército invasor para expulsar os comunistas do poder. Numa reunião secreta com altas patentes do Serviço Nacional de Informações, no Rio de Janeiro, pede ao Brasil ajuda para preparar as suas tropas a tempo […]
Quinta-feira, 23 de outubro de 1975. A Congregação, órgão máximo do Instituto de Química da USP, está reunida para uma decisão importante: o que fazer a respeito da professora Ana Rosa Kucinski, desaparecida havia 19 meses. Em 22 de abril de 1974, Ana Rosa, de 32 anos, disse aos colegas que iria ao centro da […]
Não sei se já falei sobre isso, nesse canto de página. Mas a vasta “celebração” do golpe de 1964 na imprensa e na televisão, nesses últimos dias, me deu vontade de voltar àquele tempo. Só na memória, é claro, que no real aquilo não pode de jeito nenhum acontecer de novo no Brasil. Nunca mais. […]
Carlos Heitor Cony se lembra bem daquele 1º de abril de 1964. Seu amigo e vizinho, o poeta Carlos Drummond de Andrade, chamou-o para assistir à tomada do Forte de Copacabana pelas tropas golpistas. Cony quase recusou o convite, porque caía uma chuva fina. Quando desceu de seu prédio, encontrou o poeta com um guarda-sol […]
Quando cheguei em São Paulo, com pai, mãe e irmão, tinha 12 anos e a cidade 1 milhão e meio de habitantes. Vínhamos de um país ferido por uma longa guerra que a certa altura se tornara civil, ao cabo de uma ditadura de 21 anos. Tínhamos passado por bombardeios e até batalhas entre os […]
Estimado Mino Carta: Desde que registrei, neste espaço, os textos de bajulação sistemática da ditadura militar publicados sob a sua direção na revista “Veja”, em 1970, você dedicou-me dois editoriais, que apareceram em edições sucessivas de “CartaCapital” (4/4 e 11/4). São peças verborrágicas, odientas, patéticas. Compreendo seu tormento, mas creia-me: estou do seu lado. Esclarecendo […]