Notícia no site Defesanet informa sobre o vôo do tenente-coronel Marcos Pontes à Estação Espacial Internacional, que não mais se realizará num ônibus espacial americano, devido ao acidente com o Columbia, que atrasou todo o cronograma da Nasa, e sim numa nave Soyuz, da Rússia. Varias vezes escrevi a este Observatório sobre a tendência de apologia aos Estados Unidos na mídia [‘Mídia assim com o Pentágono‘, ‘Boas novas omitidas‘ e ‘Soberania negligenciada‘].
No caso do nosso astronauta, enquanto ele estava na Nasa várias vezes foi entrevistado, repórteres iam até lá mostrar as maravilhas da Nasa. Agora ele terá que se deslocar até a Cidade das Estrelas, local onde são treinados os cosmonautas russos. Será que a Rede Globo vai mandar um repórter lá? Duvido, já que não mais nossos grandes irmãos americanos levarão nosso astronauta, e sim os malvados russos.
Merece destaque o fato de o último acidente fatal no programa espacial russo ter sido em 1970, e o foguete Soyuz ser considerado extremamente confiável, fato que nunca é contrastado com os acidentes da Nasa, pelo contrário, as naves russas são consideradas obsoletas pela mídia ocidental. Obsoletas mas não explodem. No último vôo da nave Discovery, na possibilidade de ela não poder retornar, noticiou-se que os astronautas americanos voltariam de carona. Carona com quem? Não foi dito quem mais, alem dos americanos, constrói naves que viajam até a estação espacial. Para quem não sabe, este país se chama Rússia, e suas naves não costumam explodir.
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Programador, Batatais, SP