O semanário CartaCapital assume-se como o único veículo que pratica um jornalismo decente e equilibrado. Tem todo o direito. Mas quando é obrigado a citar este Observatório da Imprensa caem por terra suas intenções e pretensões.
A última amostra de uma longa série manipulações está na matéria ‘O poder que emana da tela’, da edição nº 435 (de 14/3, págs. 31-33). O texto ignora que a única ação efetiva tomada na esfera judicial contra aberração dos parlamentares/concessionários é de autoria deste Observatório e está nas gavetas da Procuradoria Geral da República (PGR) há quase dois anos.
O minucioso e demorado cruzamento de dados que resultou neste inédito relatório foi coordenado pelo professor Venício A. de Lima [ver aqui], mas para fazer justiça ao seu autor, CartaCapital teria que citar este OI. Impensável.
É preciso lembrar que antes da denúncia levada à PGR, as repórteres Elvira Lobato e Laura Matos, da Folha de S.Paulo, produziram nos últimos anos rigorosos levantamentos comprovando as irregularidades. Registrar este trabalho precursor significaria legitimar uma parte da mídia impressa desvinculada de interesses na esfera eletrônica. Impensável.