Às tentativas de difamação contra William Waack, Helio Gurovitz e Fernando Rodrigues não se deve responder apenas com solidariedade aos jornalistas. Deve-se jogar o jogo das leis. Abrir processo contra os difamadores, em toda a cadeia de responsabilidades, desde o Wikileaks até o “Informe JB”, seus comentadores e redes sociais que reproduziram a “informação”.
ABI, Sindicato dos Jornalistas e outras instituições deveriam tomar a iniciativa. Também a OAB é interessada direta na proteção aos direitos mais elementares vigentes em regime democrático, inscritos no artigo 5º da Constituição.
Mas as empresas em que trabalham deveriam ser as primeiras a se mobilizar, sob pena de transmitir a seus empregados a dúvida sobre o respaldo profissional a que têm direito.
Valores morais
A sociedade toda tem interesse no esclarecimento jurídico dessas situações. O anonimato, por exemplo, é proibido pela Carta de 1988. A concepção ali presente é a de que não há censura prévia, mas há eventual responsabilização a posteriori. A ser decidida nos tribunais. Para isso, cada linha publicada, ou publicizada, como alguns preferem, precisa ter autoria conhecida. Seja qual for o meio de comunicação. É sonsice fingir que a internet escapa desse âmbito.
Uma ironia da vida é que esses jornalistas têm, devido à própria função que exercem, um estoque colossal de informações não passadas adiante por falta de confirmação incontrastável. Jornalistas estão acostumados a perder a possível notícia em nome de seus valores morais e para preservar sua credibilidade.