** Rebuliço ético na grande imprensa americana: José Antonio Vargas, competente repórter do Washington Post, engajado na cruzada para alterar a política imigratória dos Estados Unidos, confessou numa dramática matéria que forjou a sua nacionalidade americana – na verdade era filipino.
O Washington Post decidiu não publicá-la porque jornalista não pode mentir. O New York Times publicou-a com o inesperado desfecho propiciado pelo farisaísmo do concorrente.
Jornalista não pode mentir, está certo: mas a confissão não era mentirosa, o repórter sabia que ao contar a verdade sujeitava-se às penalidades da lei. Se não confessasse ficaria impune.
O artigo do ombudsman do Washington Post revela muita arrogância e preconceito contra repórteres agressivos. Quem errou? Todos erraram, inclusive os jornais brasileiros – com exceção do Globo –, que passaram ao largo de um dramático episódio que coloca na berlinda não apenas a credibilidade dos jornalistas, mas de toda a imprensa.
** Hackers com base no exterior atacaram diversos sites oficiais aparentemente como protesto contra o governo. Por mais justificado que seja este protesto é imperioso lembrar que os fins nunca podem justificar os meios. Pirataria e vandalismo só podem produzir mais injustiça e mais violência.