Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

A prontidão e o perigo

** Jornalismo pode ser uma profissão arriscada. Que o diga o repórter cinematográfico da TV Globo, Luiz Claudio Azevedo. Na terça-feira (9/8), ao voltar de uma matéria, se deparou com o sequestro de um ônibus no centro do Rio. Câmera em punho, fez imagens exclusivas do tiroteio. Mas o risco deve ser bem avaliado, para que o profissional não se transforme em alvo.

** A revista piauí deste mês traz o relato de um fotógrafo do jornal O Dia, do Rio de Janeiro, que junto com uma repórter e um motorista do jornal foram torturados por milicianos. Eles estavam infiltrados em uma favela e foram descobertos. O caso foi há três anos, mas a vida desses profissionais nunca mais foi a mesma. Um furo pode custar caro, é só lembrar do que ocorreu com o repórter Tim Lopes.

** A onda de protestos e indignação que corre o mundo tem merecido reflexões e interpretações muito pertinentes nos grandes jornais, assinadas por filósofos e analistas consagrados. Mas na imprensa brasileira diminui cada vez mais o espaço oferecido aos próprios jornalistas para exercer plenamente a sua função. Em seu lugar, nossos jornalões preferem políticos, celebridades e empresários para fazer aquilo para o qual não estão habilitados. Quem perde é o leitor que paga para receber o melhor.