A Folha de S. Paulo e o Globo noticiaram em seus cadernos de economia (quinta-feira, 24/1) o aumento da circulação de jornais em 2012 segundo a contagem do IVC (Instituto Verificador de Circulação).
A Folha deu mais destaque e puxou o título para o fato de ter conquistado a liderança. A reportagem não explica com a clareza requerida que o IVC audita a circulação digital (distribuição pela internet, via assinatura ou compra avulsa, de edições do jornal). A matéria do Globo é mais clara. Informa também que o avanço se deu exclusivamente no meio digital, o que é atribuído pelo IVC ao avanço da venda de tablets, que tornam mais cômoda a leitura em dispositivos móveis.
O avanço, que se verifica continuamente desde 2003, com uma pequena queda em 2009, é uma notícia importante. O produto é basicamente o mesmo, ou seja, uma edição preparada por uma redação de jornalistas. A distribuição digital é mais barata (mas não tanto como imaginam alguns ainda extasiados com o meio digital, que requer pesados investimentos em tecnologia).
A Folha apresenta um quadro de líderes de mercado em que aparecem jornais que custam mais de R$ 2 com os que custam até R$ 0,99 e entre R$ 1 e R$ 2. O IVC, entretanto, faz listas separadas. Não dá mesmo para juntar alhos e bugalhos.