Na sexta-feira (7/5), a capa do Estado O instante foi captado por um fotógrafo |
trabalho e conseguiu uma imagem de impacto
– embora saiba-se que fotos semelhantes são corriqueiras e correm
mundo em ocasiões de alta adrenalina nos mercados, seja nas bolsas
de Tóquio, Nova York ou Kuala Lampur.
O problema aqui está na interpretação
da imagem. O que parecia ser um momento de depressão de um profissional
de pregão, a ilustrar uma manchete negativa, era, na verdade, o
flagrante um corretor descansando no intervalo da hora do almoço.
Pelo menos foi isso que informou a legenda distribuída pela própria
Reuters a seus clientes:
‘A trader takes a break during
the lunch time on the floor of the dollar pit at the Futures and Commodities
Market in Sao Paulo, May 6, 2004. Brazilian stocks slumped more than
3 percent and the currency weakened to the psychologically-key 3 per
1 on Thursday morning, as a government defeat in the Senate highlighted
concerns about its ability to pass economic reforms and also on edge
over rising oil prices and the pace of U.S. rate increases. REUTERS/Paulo
Whitaker.’
O Observatório obteve a informação
de que o episódio foi mal recebido pela direção da
BM&F. A principal reclamação deu-se no sentido de que
a exposição de um profissional de pregão nessas circunstâncias,
parecendo deprimido quando apenas descansava, provoca reações
que podem variar da simples galhofa dos colegas a problemas maiores com
seu empregador. Por conta disso, a BM&F decidiu proibir o trabalho
de fotógrafos nas horas de descanso dos operadores, exceto no caso
de a matéria em pauta estar relacionada com lazer dos profissionais
que ali atuam.
Ainda a esse propósito, dois registros:
1) o volume de negócios na BM&F no dia 6 de maio (quando a
foto foi feita) registrou o dobro da média de 2003; 2) a edição
da Folha de S.Paulo do dia 7 deu a legenda correta: ‘Operador
da BM&F descansa no intervalo do pregão de ontem’.