Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cherie Blair diz que não sentirá falta da imprensa

Ao deixar Downing Street nesta quarta-feira (27/6), após a renúncia de seu marido ao cargo de primeiro-ministro britânico, Cherie Blair não perdeu a chance de se despedir da mídia. ‘Adeus, não acho que sentiremos falta de vocês’, afirmou aos repórteres, cinegrafistas e fotógrafos que seguiram os passos da família nos últimos dez anos.


Logo após posar para uma última sessão de fotos com Tony Blair e seus quatro filhos nos degraus da residência oficial, Cherie se posicionou diante de uma câmera de televisão próxima para pronunciar, sorrindo, suas últimas palavras como ‘primeira dama’.


Antipatia


Esta não foi a primeira vez que a senhora Blair perdeu a pose diante da imprensa. No ano passado, em evento do Partido Trabalhista em Manchester, um repórter a ouviu dizer ‘bem, isto é uma mentira’, em resposta a comentário de Gordon Brown – então ministro das Finanças, hoje nomeado premiê – sobre o ‘privilégio’ que era trabalhar para seu marido. Cherie negou a frase posteriormente, mas o estrago já estava feito.


No fim de 2006, convidada a discursar para alunos de jornalismo de uma universidade de Londres, Cherie demonstrou toda sua antipatia pela imprensa, afirmando que jornalismo não é um ‘chamado nobre’ e que os jornalistas ‘não têm ética’.


A mulher de Tony Blair tem motivos para tanta antipatia. Na década em que seu marido ocupou o cargo de premiê, Cherie foi vítima de inúmeros ataques pessoais da mídia, principalmente nos primeiros anos em Downing Street, quando artigos nada agradáveis sobre suas roupas, cabelo e aparência eram constantemente encontrados nos jornais. Informações de Hélène Mulholland [Guardian Unlimited, 27/6/07].