Anúncios no rádio, comerciais na TV, um encarte de 10 páginas em papel especial na edição dominical (5/3), um campanha milionária. Para vender exatamente o quê? Nada, uma brincadeira marqueteira – ‘Tem gente que pensa inho. Tem gente que pensa ão‘.
O Estado de S.Paulo obviamente reserva-se o direito de situar-se na esfera do ão. Mas edição que lançou a campanha está mais próxima do inho:
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A manchete da primeira página (‘Reforma dos portos empaca na burocracia’) não podia ser mais burocrática+inha.**
Ainda na capa, para conquistar as boas graças dos exigentes publicitários, uma chamadinha levezinha e tolinha-inha-inha.**
Editoriais excepcionalmente mornos, padrão pós-Carnaval, inhíssimos.**
Na editoria internacional (pág. A-14) o sonho concretizado: uma matéria onde o infográfico ficou mais importante do que o textinho-inho-inho.**
Metade do caderno ‘Metrópole’ é ocupada por assuntos relacionados com comportamento. O noticiário de cidade evaporou-se – tadinho-inho-inho**
No outrora excelente ‘Aliás’, duas matérias de polícia, super-inhas.Acredite se quiser, os marqueteiros conseguiram fazer de um jornalão chamado Estadão, um jornalinho. Felizmente isso passa. O dinheiro desperdiçado é que não volta. Também a credibilidade.